Capitulo I

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Divulgação do Primeiro Capítulo para Divulgação do meu novo Trabalho!

Segundo Capitulo será postado entre Junho/Julho

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      — Realmente, é algo que devemos tomar todo cuidado do mundo. Os cálculos matemáticos foram feitos de modo bem sistemático. Confiamos muito na figura de Paul Jason, no entanto, sua avançada idade faz com que tenhamos certa preocupação com a base teórica, mas, estamos realmente confiantes e nada, nada, dará errado. — A jovem cientista enfrentava de modo enérgico e firme todos os microfones da mídia. Aquele experimento era algo de suma importância para a humanidade e a desconfiança por uma mulher comandar toda aquela pesquisa ainda era gigantesca.

      No meio da multidão, um homem levanta a mão e pergunta a cientista:

      — Queres dizer então que o nobre doutor Jason é alguém incompetente? A senhora tem noção da besteira que está proferindo senhorita? Jason possui quatro Prêmios Nobel! E a senhora? Saiu das fraudas agora!

      — O senhor tem noção do que está falando? — Indagou a jovem cientista, retirando os óculos e os colando sobre a bancada.

      — Doutora Aliester. Não sejamos tolos! Até a pouco tempo a senhora utilizava o tudo de vórtice de Ranque-Hilsch! Um mecanismo com quase 200 anos como ar condicionado! E diz que está preparada para realizar tal experimento? Precisamos de ações concretas e imediatas! Não podemos ficar perdendo mais tempo com experiências que nem ao menos dão errado, quem diz que darão certas! Olhe em sua volta! O Sol parece a cada dia estar mais perto do nosso planeta! Todos os dias circundam boatos de que o planeta Mercúrio já nem existe mais, logo será Vênus e em pouco tempo seremos engolidos por esse maldito Sol! Nossos filhos morrem de fome e sede! O ar mais puro que temos, é carregado de elementos tóxicos! A radiação já tomou conta de todo o mundo. Enquanto isso, a senhora doutora Aliester, brinca de ser cientista! Brinca com as nossas vidas e com esse planeta!

      No vigor dos seus trinta anos de idade, foi a primeira vez que a física experimental Aliester ficou tão pressionada. Realmente, aquele homem tinha razão, no entanto, Jason já era um físico velho e suas ideias poderiam estar realmente refutadas. Tinha consciência também do pandemônio planetário. Não era apenas a Terra que sofria, mas todos os lugares do universo sofriam com desequilíbrios cósmicos que nem os maiores especialistas conseguiriam responder o porquê aquilo estava ocorrendo.

      — Em pouco tempo, vocês saberão quem está correto, se és este homem ou eu! — Aliester virou-se e deixou aquele local, precisava tomar providências e não havia mais tempo para esperar.

      Aliester adentrou em um carro e pediu para o motorista seguir para o centro de pesquisa.

      Rapidamente chegaram ao destino e assim que o veiculo parou, um homem abriu a porta.

      — Seja bem vinda senhorita!

      — Agradeço a gentileza senhor Presidente, no entanto não tenho tempo para conversas tão inúteis!

      — Porque tanto estresse doutora?

      — Não sabe como fui importunada a pouco, e tudo isso por sua causa!

      — Não seja imatura doutora, a senhora está sendo muito bem paga para fazer isso!

      — Eu sei senhor presidente, por isso, em pouco tempo, podemos colocar esse experimento em prática.

      — Ótimo. Se não for pedir muito, poderia me mostrar e explicar como tudo vai ocorrer?

      Sem dizer nada a cientista seguiu para um galpão, sendo seguida de perto pelo presidente. Após caminhar, adentraram naquele gigantesco galpão, onde apenas uma grande maquina poderia ser vista.

      — Senhor presidente, creio que essa maquina poderá salvar a humanidade. Trata-se de uma maquina que poderá abrir algo parecido com um buraco de minhocas, no entanto para isso, precisamos utilizar um acelerador de partículas para criarmos como um buraco negro e teremos que testar a hipótese do objeto teórico do Buraco Branco proposta por Einstein na Teoria da Relatividade.

      — O que seria esse Buraco de Minhocas doutora?

      — Tem certeza que és inteligente mesmo a ponto de ser um presidente? Mas não me responda. Pois bem, esse buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do continuo espaço-tempo, a qual é, em essencial, um atalho através do espaço e do tempo. Esse buraco deve possuir ao menos duas bocas conectadas a uma única "garganta". No entanto, esse buraco deve ser transponível, caso contrário, a viagem da matéria não é possível.

     — Senhora Aliester, mas e a força gravitacional do Buraco Negro que precisas, creio que sabes muito bem que tal força pode desintegrar uma pessoa instantaneamente. Como vai fazer?

      — O senhor respondeu sua pergunta. O Buraco Negro é uma região onde nada pode escapar, nem se quer a luz escapa devido sua força gravitacional enorme. O Buraco Branco tem o tempo invertido, logo, é uma região que nada pode cair. Assim, em uma ponta, teremos um buraco que desintegra a matéria, do outro lado, temos um buraco branco, que cria a matéria.

      — A ideia é interessante, mas aonde quer chegar com isso?

      — Se isso der certo, podemos tentar transferir o buraco branco para outro lugar, outro planeta e assim podemos salvar parte da população.

      — Parte da população?

      — Sim presidente. Parte da população. Como pode perceber, sempre tratei de tudo no modo hipotético. Não sabemos por quanto tempo vamos conseguir manter o buraco de minhoca ativo se realmente der certo, por isso, creio que o senhor já deve ter em mente quais pessoas salvar primeiro. Precisamos ter pessoas capazes de colonizar outra parte desse universo, pessoas braçais, mas também precisamos de pessoas capazes de transmitir conhecimento.

      — Doutora, existe a possibilidade de a experiência dar errado?

      — Certamente!

      — E se der errado?

      — Bem, estamos jogando com a sorte. Se der certo, tudo bem, mas o certo pode também dar errado as vezes. Pode ser que nem ao menos criemos algo, por outro lado, podemos criar algo e o que criarmos não dar certo. Podemos ficar aqui, sair daqui ou destruir esse planeta todo, sem salvar nem uma formiga sequer.

      — Confesso que isso me deixa um tanto quanto assustado doutora.

      — Não fique presidente, é algo necessário.

      — E algo diferente pode ser criado? Se sim, o que seria doutora?

      — Como eu disse, estamos brincando com a sorte. Pode ser um vórtice seja criado.

      — Vórtice?

       — Sim, um vórtice. O vórtice presidente é um escoamento giratório onde as linhas de corrente apresentam um padrão circular ou espiral. São movimentos espirais ao redor de um centro de rotação. Seu surgimento pode se originar pela diferença de pressão de duas regiões.

      — Mas isso não seria apenas com fluidos?

      — Aparentemente sim, no entanto...

      — No entanto o que doutora?

      — No entanto, presidente, pode ocorrer uma espécie de vórtice temporal, que poderá sugar tudo e todos...

      — Para onde doutora?

      — Para algum lugar... Algum lugar...

BJ133 - A EsperançaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora