Capitulo 01°

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Megan

Estava saindo da locanda onde eu trabalho... não é um trabalho dos sonhos mais ele me sustenta e é isso que importa.

Já estava bem escuro, não sabia que ia sair tão tarde hoje. Eu tinha dito a Carla que iria chegar cedo, mais não deu. Carla é uma amiga que divide uma casa comigo...quer dizer "um espaço" já que aquilo não é digno de ser chamado de casa. E sim ela sabe que sou uma loba, e não se importa. Estamos no século XI, o mundo sobrenatural para os humanos é normal.

Estava caminhando até minha "casa", a locanda não era tão longe da onde eu morava.

Olho para os lados e sinto que não estou em um território que eu pertença. Estou em um território dos sanguessugas, melhor eu sair daqui o mais rápido possível.

Logo chego em casa. Abro a porta e dou de cara com uma Carla muito linda e arrumada.

ㅡ Uau. ㅡ coloco a mão na boca e ela da um sorriso. ㅡ Você está linda. Vai sair com quem?

ㅡ O nome dele é Vinicius. ㅡ ela fala com os olhos brilhando. ㅡ Ele é legal, lindo, perfeito.

ㅡ Ta bom, chega. ㅡ digo rindo. ㅡ Já entendi.

ㅡ Faz um favor para sua amiga? ㅡ ela faz uma cara de piedade. Confirmo com a cabeça. ㅡ Vê se você consegue sentir o cheiro dele.

Olho para ela sem entender nada. Eu até poderia sentir o cheiro dele se eu soubesse quem ele era pelo menos. Mas para não decepcionar minha amiga fiz o que ela me pediu. Inspiro com a cabeça erguida e sinto um cheiro horrível. Tinha um vampiro por perto.

ㅡ Não senti nada. ㅡ ela me olha com uma expressão triste. ㅡ Bom eu vou me lavar. Boa sorte no encontro.

///

Já tinha alguns minutos que eu estava acordada mas parecia que tinha alguém sentado em cima de mim pois eu não conseguia levantar de jeito nenhum, ou podia ser só a preguiça mesmo...é com certeza é a preguiça.

Com muito custo levanto. Tomo um belo de um banho demorado para ver se minha preguiça vai embora junto com a água. Termino e visto uma roupa qualquer. Vou até o quarto de Carla mais ela não estava. Procurei ela na casa toda e nada dela.

Pelo meus calculos já se aproximava das 15:00 horas da tarde. Será que ela não dormiu em casa? Bom esperarei, se der à hora de eu ir para a locanda e ela não tiver aparecido eu irei procura-la.

...

Deu horário para eu ir trabalhar, então me arrumo. Já estava a caminho da locanda e nada da Carla aparecer.

ㅡ Carla a onde você se meteu? Você está bem certo? ㅡ murmúro comigo mesma.

A locanda não estava muito movimentado então aproveitei para perguntar para as pessoas sobre Carla, ela é simpática então tem várias pessoas que a conhece, mais nenhuma sabia me dizer onde ela estava. Já tinha perdido as contas das pessoas que perguntei sobre ela.

Já tinha dado a minha hora para ir embora. Eu estava em frete ao bar pensando onde a Carla poderia estar. Estava pronta para sair e ir para casa mas então ouço algo estranho, estava longe mas consegui ouvir.

Os gemidos estava nítido e abafado, e não era gemidos normais...era de....medo e desprezo.

Sigo os gemidos até que me encontro a trás da locanda, em um beco, estava escuro então fiquei com minha visão de loba para que eu possa ver o que estava acontecendo.

ㅡ Vinicius....Para....ㅡ não pode ser...era a voz da Carla.

Procuro ela e quando vejo eu fico paralisada. Um garoto estava sugando o sangue dela.

Meu sangue ferve. Avanço em cima do imbecil. Ele me olha com aqueles olhos vermelhos sangue, e parecia estar arrependido ou até mesmo com medo. Parecia que ele não estava no comando de seu corpo.

Me transformo pela metade e rosno em seu rosto, em um movimento rápido, rápido até de mais, ele morde o meu braço. Saio de cima dele e passo minhas unhas em sua barriga a rasgando, repito o movimento em seu braço, perna, costa e rosto. Ele me olha  furioso..... Mais uma vez ele faz um movimento rápido e morde meu pescoço, em seguida minha perna e mais uma vez meu braço. E do nada o mesmo some.

Olho para Carla que estava jogada no chão. Ela estava totalmente seca, sua bochecha tinha perdido o tom rosado, seu rosto estava mais branco do que uma folha de um livro sem uma história. Não tinha sangue em seu corpo. O infeliz tinha a matado sem misericórdia. O ódio me consumiu e meu desejo de matar os vampiros só aumentou. Uvei com a dor no peito de ter perdido não só uma amiga, mais uma irmã. Peguei o corpo de Carla e levei para a praça onde alguém pudesse a encontrar.


Fui para casa e quando entrei no meu quarto uma dor invadiu meu coração. E acabei caindo no chão.

Cada parte do meu corpo parecia estar sendo destruída por dentro. Eu gritava de dor. Aquilo era horrível. O que estava acontecendo?

Meu corpo parecia estar travando uma guerra com ele mesmo. Eu sentia algo se esparramado em todo meu corpo e aquilo estava me matando, literalmente. Era o veneno do vampiro. Maldição, Maldição, Maldição...mil vezes Maldição.

O veneno estava se esparramado pelo meu corpo, meu corpo estava tentando se curar e eu esperava do fundo do meu ser que meu corpo conseguisse expulsar todo veneno daquele maldito, ou caso ao contrário isso não aconteça irei caçar ele até o fim do mundo e quando o encontrar iria esquarteja - lo e deixarei cada parte de seu corpo em cinzas.

E foi assim que começou minha jornada como uma Híbrida..

Data de Publicação:
11 de Maio de 2016

Híbrida 3° - Adam WalkerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora