Capítulo 50

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A princípio não consigo reconhecer.
Mas quando ela rir, eu descubro quem é.
Rose Earl. Colunista no New York Times e blogueira famosíssima.
Só pra constar, ainda estou agarrada ao meu chefe. Ele não me soltou.
"Tia... O que está fazendo aqui?" Me surpreendo quando o Jonas, diz tia.
Nunca tinha prestado atenção que eles tem o mesmo sobrenome. E mesmo que fosse, poderia ser comum, quantos, tem Taylor, Springfield, Parker e nem tem grau parentesco.
"Não falei que viria querido? Cheguei da Espanha ontem. Estava com saudades. E que hora mais oportuna... Sua namorada é linda... Até que enfim heim, Jonas querido!"
"Tia... Não..."
"Não precisa ter vergonha, estão ótimos."
A mulher saca o smartphone fone e tira uma foto nossa. E ainda diz: sorria!!!
"Tia Rose, por favor..." Enfim Jonas solta minha perna e quase caio de tão bamba.
Minha pressão está baixa...
"A foto ficou ótima. Tão fotogênicos..."
A mulher mexe no celular e a cada segundo estou mais fraca.
"Pronto! Acabei de postar no meu blog. Seu romance secreto foi descoberto, Jonas Earl. E já tem 100 curtidas."
Tudo escurece...


~Jonas~

Quando vejo Becky fazer os primeiros movimentos, levanto feito um foguete do sofá e me ponho ao lado dela.
Tadinha...
Ela abre os olhos e se assusta ao me ver. E mais ainda quando ver o soro em seu braço.
"Onde estou?" Pergunta sonolenta.
"Graças a Deus você acordou. Eu sabia que estava bem, mas que angústia... Você não acordava nunca."
Estava realmente preocupado. Achei que fosse um desmaio bobo. Mas tem mais de 40 minutos ficou desacordada.
"Porque estou aqui. Sr. Earl... Preciso..."
"Calma Becky. Está tudo bem. Você só desmaiou em minha casa e a trouxe pra cá."
"Minha mãe, ela sabe? - balanço a cabeça afirmando. - Deus!! Ela deve está preocupadíssima."
"Não se preocupe. Ela sabe que você está bem e que pra ir embora só precisa acordar. Mas antes disso, preciso te dizer uma coisa. Precisamos conversar na verdade."
"Sobre?" Ela se senta e arruma o cabelo.
Não tinha percebido que Becky era tão linda...
"Sobre agora sermos namorados."
"Namorados? Que porra é essa?"~Becky~"Não podemos ser namorados..." Falo.
"Eu sei. Isso é impossível. Mas a cidade toda acha que somos."
"O senhor é meu chefe. E..."
"Você tem namorado... Já pensou em como vai explicar isso a ele?"
"Não... Quanto a isso..." Estou atordoada.
Estou com aquele sensação de está sonhando. Levanto-me e cambaleio um pouco.
"Deveria comer alguma coisa." Jonas diz se aproximando.
"Eu estou bem. Isso é um pronto-socorro?"
"Sim Becky. Deve comer alguma coisa."
"Eu estou bem Sr. Earl, só quero sair daqui e ir pra minha casa. Minha mãe deve está preocupada. Droga! Eu tinha aulas pra dar hoje..."
"Becky, acho que você não entendeu.."
"Não Jonas. Você não entendeu. Nós não namoramos e nunca iremos. Apenas diga sua tia que isso tudo é um grande mal entendido. Ela apagará a foto e será uma notícia fria em uma semana."
"Você age como se fosse simples."
"Mas é simples." Pego minha bolsa e já caminho em direção a porta.
"E o beijo? Não significou nada?" Paro meu passo surpreendida por aquelas palavras.
"O senhor estava bêbado. Incrível como consegue se lembrar." Caminho em direção a porta.
Não posso ficar mais nem um minuto perto desse homem. 


~Jonas~

"Não aja como se não tivesse existido aquele momento." Agarro seu braço para impedir que saia.
Porquê ela age como se não tivesse acontecido nada?
Essa droga de beijo não sai da minha cabeça. E estou morrendo de vontade de fazer isso de novo.
Com ela bem aqui. Foda-se se é um pronto-socorro.
"Me solta, Sr. Earl. Já não chega eu está num hospital e ter uma guerra em minha cabeça?"
"Rá! O pior aqui sou eu mocinha. A cidade inteira acha que somos namorados. A foto bombou... Tem noção do que isso significa?"
"Não significa nada. Porque não somos nada. O senhor é apenas meu chefe. Agora me solte, por favor. Preciso ir pra casa."
"Você não vai a lugar nenhum. Não antes de conversarmos."
"Não há nada que conversar... Se a foto bombou, que se dane... Não temos nada Sr. Earl. Apenas diga a sua tia e peça que acabe com essa história."
Ela está indo.
E eu estou parado sem fala. Não posso deixar que isso aconteça.
"Quero que seja minha namorada."
Ela se vira assustada.
"O que disse...?"
"Exatamente o que ouviu. Seja minha namorada..."

Sim senhorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora