Elizabeth Wolf

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Acho que depois de todo esse tempo saber que sairei daqui é estranho, saber que as noites que orei para que ela sobreviva foram totalmente em vão.

Minha mãe, faleceu a alguns dias atrás, não fiquei triste, afinal ela já estava sofrendo pelo câncer, eu já sabia que isso iria acontecer, mesmo não querendo realmente acreditar nisso.

Os Montenegro como disse o advogado, ficaram comigo até que eles finalmente achem um parente próximo, o que eu particularmente acho impossível.

Não sei quem é, ou quem foi meu pai, ele foi ausente a minha vida toda e minha mãe se recusava a falar dele e eu também não a pressionava, afinal, talvez ela não soubesse quem ele realmente foi, talvez ela não quisesse que eu saiba.

Saio do enterro segurando o guarda chuva totalmente ensopado pela chuva que estava caindo, pessoas falsas conversavam e quando o padre finalmente parou de falar saíram e voltaram para suas vidas medíocres, eram pessoas que não a conheciam, que provavelmente nem sabiam o nome dela.

A limousine preta na qual o motorista prometera me levar a residência montenegro parou em minha frente, entro na mesma, ele fazia perguntas como "Você aceita algo?" "Quer parar um algum lugar?" Eu não respondia, queria chegar logo a tal residência que me abrigará nesse próximo mês.

Ao parar, percebo que estávamos mais longe do que eu esperava, mas não reparei na rota já que estava concentrada na música triste que passará na rádio.

Ele abre a porta e eu saio dando de cara com uma residência parece que saída de um filme de suspense.

Os tons de cinza e marrom cobriam as paredes, e o jardim frio e sem cor dava um toque um pouco triste ao local, era como uma casa abandonada mas ao mesmo tempo com vida.

O motorista se encaminha novamente ao carro dando saída dali, encaminho-me para a porta e vejo uma aldrava em forma de leão, bato na porta que faz um eco e alguns pássaros voam me fazendo ficar um pouco assustada.

Um velhinho corcunda e com cara de quem guardou rancor por muito tempo abre a porta, dando um sorriso estranho me dando visão de seus dentes podres.

???- Senhorita Wolf, estávamos a sua espera, entre.

Dou lhe um sorriso amarelo e entro na casa ouvindo a porta se fechar atrás de mim, olha para o haul principal da casa, um tapete vermelho sangue cobria o chão, por cima dele apenas uma mesa e um vaso de planta em cima da mesma, duas escadas faziam um arco na sala, dando subida para um espaço livre com um piano e o que eu acho que fossem os quartos.

???- Vamos?

Faço sinal positivo o seguindo ainda admirada com o tamanho e a beleza do haul, ele começa a andar mancando e fazendo um barulho estranho.

Ouço um barulho e olho para o lado vendo uma porta aberta, pela mal iluminação da casa o quarto estava totalmente escuro, a única coisa que brilhava eram pequenas bolinhas verdes claro, que pareciam estar me encarando.

Ele chega a uma sala de estar, um tapete verde musgo e três sofás ocupados pretos, além de um piano no canto, junto com um tocador de discos e um projetor de filmes, a parede principal tinha um estante de livros que a cobria completamente.

Vejo um homem que parece estar entre seus 50 a 60 anos sentado em um dos sofás, e uma mulher que estava quase chegando lá lixando as unhas, outra mulher de mais ou menos 20 anos escolhendo um livro na estante e uma criança de mais ou menos 5 a 7 anos tentando sem sucesso tocar o piano, antes mesmo de eu pisar na sala já percebem a minha presença me olhando todos com um olhar de caçador, chego a estremecer um pouco.

???- Você chegou!

₩₩₩

Oi gente, refazendo a história aqui kkk

Adotada por vampiros Onde as histórias ganham vida. Descobre agora