O Sentido da Vida

O Bem e o Mal

Antes que possamos falar de fazer o "bem" ou fazer o "mal", precisamos entender melhor o que cada uma dessas palavras quer dizer.

É claro que todos sabemos, superficialmente, do que se tratam os conceitos de bem e mal, mas precisamos analisar um pouco melhor para que possamos trabalhar com estes conceitos com mais precisão.

Vamos começar com a definição do "bem". Afinal, o que significa "fazer o bem", ou ainda, o que significa "ser bom"?

Imaginem um sujeito sozinho. Completamente isolado de qualquer outra pessoa. Ele poderia ser bom? Como ele poderia fazer o bem se não houvessem outras pessoas com as quais ele pudesse interagir?

Para que possamos compreender o significado do "bem" precisamos sempre considerar um grupo de indivíduos, e não uma pessoa isoladamente, já que, é impossível ser bom sozinho. Afinal, se você não estiver convivendo com ninguém, como você poderia ser bom ou mal? Não é possível!

Em outras palavras, para se fazer o "bem", precisamos de outras pessoas. Pessoas para as quais nós possamos fazer o bem.

Fazer o bem, sempre indica que estamos nos relacionando com outra pessoa. Mas o que significa fazer o bem para uma pessoa?

Existem inúmeras formas de se fazer isso, mas, basicamente, "fazer o bem" significa que estamos fazendo algo positivo para a vida de uma pessoa. Qualquer coisa que a ajude uma pessoa a resolver um problema, eliminar desconfortos, aliviar sofrimentos, ou simplesmente que faça uma pessoa se sentir melhor do que estava.

Fazer o bem é exatamente o oposto de ser egoísta, ou seja, "fazer o bem" é ser altruísta. Nossos instintos mais básicos nos dizem o que devemos fazer para nascer, crescer, sobreviver e reproduzir. Nascemos "sabendo" como suprir nossas necessidades básicas. Sendo assim, para sermos altruístas basta que façamos às outras pessoas, aquilo que gostaríamos de fazer por nós mesmos.

É fácil fazer algo "positivo" para nós mesmos. Fazemos isso sempre que podemos, mesmo sem nos dar conta. Sempre buscamos nos alimentar bem, buscamos uma posição confortável para descansarmos, evitamos nos machucar, evitamos passar desconfortos físicos, como frio e fome. Naturalmente sabemos como fazer o bem para as pessoas que nos são mais próximas. Uma mãe sabe instintivamente como fazer um bebê se sentir bem e confortável.

Sabemos fazer o bem para os nossos filhos e para aqueles que amamos, contudo o grande desafio em ser uma pessoa realmente "boa" é saber fazer isso para pessoas que não fazem parte da nossa família ou do nosso grupo social.

Tratar um desconhecido com o mesmo "amor" com que você trata um filho ou um irmão não é tarefa fácil, mas não é nada impossível de ser realizado também.

Agora que entendemos um pouco melhor e definimos algumas características do "bem" temos mais facilidade em entender o que é o "mal".

O "mal", ao contrário do "bem", é tudo aquilo que tenta impedir uma pessoa de realizar os princípios básicos da vida, ou seja, tudo aquilo que tenta impedir uma pessoa de nascer, crescer, sobreviver e reproduzir.

O bem constrói enquanto o mal destrói.

Muitas vezes fazemos o mal sem nos dar conta. Pois somos naturalmente egoístas.

É mais fácil ser mal do que ser bom. Pois para sermos maus, só temos que ignorar os outros indivíduos e nos preocuparmos apenas com nós mesmos. Enquanto que para ser bom, muitas vezes temos de abrir mão da nossa vontade de nos satisfazer para ajudar à outros, sem ter nenhuma garantia de que seremos recompensados por isso.

Se você levar sua vida sem jamais se preocupar com o bem-estar de ninguém que não faça parte do seu grupo social, vai estar sendo uma pessoa má, mesmo que não faça mal diretamente à ninguém. Pois da mesma forma que o frio é apenas a ausência de calor, a maldade é a ausência de bondade nas suas atitudes.

Quando colhemos um recurso da natureza, pensamos nos benefícios que isso vai nos trazer, mas nem sempre nos damos conta de que estamos impedindo outras pessoas que obterem aquele recurso. Essa é uma forma indireta de fazer mal para os outros. Pois não temos consciência de que estamos prejudicando, e não estamos causando um dano diretamente.

Outra forma de fazer o mal, é causar um dano ou prejuízo diretamente. Agressões físicas ou verbais, ofensas, retirar algo que pertence à outra pessoa (roubo), retirar a liberdade de uma pessoa, matar. São formas diretas de prejudicar as pessoas, ou seja, fazer qualquer coisa que impeça uma pessoa (ou qualquer outro ser vivo) se seguir com suas necessidades básicas (nascer, crescer e se reproduzir).

A falta de educação, ou seja, falta de respeito com as regras de convívio social, são também formas diretas de se agredir uma pessoa. Furar filas, desrespeitar sinais de trânsito, não tratar uma pessoa com o mesmo respeito com a qual ela te tratou, são agressões, pois ofendem, machucam as vítimas das suas ações.

Tendo falado um pouco sobre estas duas formas fundamentais de interagir com os outros, fica a critério de cada um decidir que tipo de pessoa queremos ser. Afinal, a vida não vem com manual de instruções, sendo assim, só quem pode decidir de que forma sua vida deve ser vivida é você mesmo!