cap 2

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O som do despertador ecoa na minha mente e me acorda para mais um dia cansativo naquela maldita escola. Como de costume, faço minha rotina diária e visto um dos meus vestidos. Eu sou uma garota vaidosa, não nego, no entanto todos na escola se vestem como se estivessem indo para uma festa, então não chamo muita atenção. Apenas coloco um vestido rosa bem clarinho que ia até o meio das minhas coxas, e calço um tênis branco.
Após passar um pouco de maquiagem para tentar tirar a cara de morte, pego minha mochila e desço. Desculpem o desânimo, é que odeio segundas feiras. Já no meio da escada escuto a voz do meu irmão, como sempre, animado.
Lá estava ele e meu pai. Assim que me vê, me dá um sorriso meigo e volta a comer seu cereal com frutas.

- bom dia, família - digo com voz de sono.

- bom dia, querida. - meu pai responde e volta sua atenção novamente para o jornal.

- olá, Kira - fala o meu irmão com um sorrisinho.

- senhorita Kiara, o que deseja comer? - diz Cida, nossa cozinheira.

- bom dia Cida. Não precisa me chamar de senhorita - sorrio - por favor, pão com nutella e suco de laranja - completo.

Ela sorri envergonhada e volta para a cozinha. Depois de terminar meu café, eu e Théo nos preparamos para sair.

- onde pensam que vão? - meu pai nos olha- voltem aqui e dêem um abraço no seu velho pai - ele ri.

Théo suspira aliviado, e voltamos juntos para nos despedir dele. Como todos os dias, Théo passaria na casa de alguns amigo antes de ir para a aula, então nunca íamos juntos. Pego as chaves do carro, e prossigo o caminho.

(...)

Assim que chego na escola, vou direto para a minha sala e me sento na última cadeira, perto da janela. A vista dava para o jardim da escola, eu adorava isso. Aos poucos vejo a sala ser preenchida pelos alunos, e como sempre, sou recebida por olhares fúteis das populares da escola. Na verdade, o termo correto seria putas mesmo, alguma sempre acabava traindo o namorado ou se metendo em polêmicas. Ninguém disse que o ensino médio seria divertido. Fala sério, isso parece uma selva onde temos que nos esforçar para sobreviver.
Não demora muito para que a primeira professora entrasse e começasse a lotar o quadro com matéria. Coloco meus fones discretamente e começo a copiar.

Sinto meus nervos ficarem tensos do nada, e meu instinto ser ativado. Levanto o olhar e confirmo o que pensava. Logan tivera entrado na sala, e por algum milagre divino, nem sequer notou minha presença. Suspiro aliviada e volto minha atenção para o jardim do outro lado da janela. Eu sempre tive um amor imensurável pela natureza.
Depois de exatas duas horas e meia, o sinal toca indicando a hora da próxima aula. Agradeço mentalmente, não aguentava mais escutar sobre relações químicas. Lá estava eu quando uma das garotas do grupinho do mal me aborda.

- preciso que faça esse trabalho para a aula de história - ela fala como se fosse uma ordem, e joga o livro na minha mesa.

Fala sério, não é o fato de eu andar sozinha que automaticamente aparece "nerd solitária que faz tudo por atenção" estar escrito na minha testa!. Por céus, só a Deusa sabe o quanto essas situações são ridículas e inacreditáveis, por um segundo eu até esqueci que sou apenas uma estudante desesperada para fugir do ensino médio, e não uma escrava pessoal dessas almofadinhas com aplique capilar e unha de gel. Como elas conseguem fazer isso todos os dias? parece que essas malucas tem um modelo mais bizarro que o anterior para cada dia da semana!.

- então eu acho melhor você começar logo - jogo o caderno dela de volta para ela e sigo meu caminho, ignorando o que sei lá o que ela estava reclamando.

Posso ser sim, o alvo de muitos ataques. Mas eu nunca disse que não reagiria a alguns deles. Na verdade, depende muito do meu estado de espírito, e hoje eu definitivamente estou de mau humor.
Fui em direção ao meu armário, e quando olho no reflexo do meu espelho vejo Logan se aproximando. Isso é um assunto delicado. O pai dele é uma pessoa imponente, e eu jamais me perdoaria se algo acontecesse ao meu pai, porque Logan foi reclamar de mim para o querido papaizinho.
Fecho o armário para sair dali o mais rápido possível, mas a tentativa foi mal sucedida. Ele segura o meu pulso com tanta força que eu tenho certeza que ficou a marca da mão dele. Com o impulso, bato de costas na parede de armários, e me preparo para mais uma bomba.




________________Personagens_____________


Filho do alpha da alcateia em que a família Cortez vive.

Te Amo Meu Alpha - 1° Volume.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora