2 - Philip Williams

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Reparo que algumas carroças estão paradas ao pé do grande parque, presumo que sejam os táxis, por isso vou até eles.

— Desculpe senhor — saúdo o homem que está sentado no banco da carroça, e ele olha para mim com uma cara maravilhosa.

— Bom dia madame — cumprimenta-me o homem tirando o chapéu — Deseja uma viagem pela ilha?

— Desejo sim, obrigada. — o cavalheiro salta do banco donde estava, e abre-me a porta da carroça, ajudando-me a subir com o auxílio da sua mão.

— Durante a viagem, eu irei dizer-lhe alguns pontos importantes por onde passarmos, de acordo minha senhora?

— Com certeza.

Começamos a andar, e eu admiro as maravilhas da ilha onde me encontro. As pequenas habitações vão-se aproximando de mim de cada vez que os lindos e formosos cavalos que conduzem a carroça movem-se pelas estradas estreitas da cidade.

— A senhora é nova por estas bandas? — pergunta o homem arranjando um assunto.

— Sou, sim. Vivo em Inglaterra, mas vim de barco até cá para começar a viver com a minha irmã — minto. Este discurso foi exatamente o mesmo que a minha irmã usou para explicar que era nova num planeta da outra galáxia.

— Certo, isso explica o seu sotaque. Oh, este edifício em construção chama-se Flariton Building, estima-se que a sua construção termine em 1902 — diz o homem a apontar levemente enquanto estamos a passar pela Broadway.

Terminamos a visita pouco tempo depois, parando no mesmo sítio em que paramos antes, ao pé do denominado Central Park.

— São 5 dólares — diz o cavalheiro a ajudar-me a sair da carroça.

Tento procurar o pagamento, contudo não trouxe qualquer dinheiro, por isso vejo-me aflita.

— Tem os 5 dólares, madame? — pergunta o homem a olhar para as minhas mãos.

— Tenho, só que estão aqui perdidos algures. Só gostava de os ter na minha mão — encolho os ombros — Oh, aqui estão. Um bom dia para si, cavalheiro — dou-lhe o pagamento.

— Um bom dia também para si, madame. Foi uma honra poder mostrar-lhe a nossa cidade.

— Agradeço-lhe imenso. Bem haja! — respondo, afastando-me da carroça em direção ao grande parque.

Sento-me no famoso parque da cidade a admirar a relva e árvores tão bem cuidadas.

Quando estou de olhos fechados, um moço bem parecido senta-se ao meu lado. Aparenta descender de uma família endinheirada, por causa do rico relógio de outro que trás no seu bolso.

— Saudações, madame — diz o homem, com uma voz grave e engraçada.

— Boas tardes — respondo.

— Qual a sua graça? — pergunta, e eu rio-me do seu comentário.

— Elizabeth, Elizabeth Dunn — estendo-lhe o meu braço, e ele beija levemente a luva que me cobre os dedos.

— Não tenho palavras para lhe descrever a honra que sinto por estar na sua companhia — a sua resposta faz-me corar — O meu nome é Phillip Williams.

— Muito prazer.

— A menina... a menina está aqui sozinha?

— O que quer dizer com isso? — pergunto confusa.

— Sabe, uma senhora tão linda como você não iria estar sozinha nas ruas.

— Mas estou. Sozinha e abandonada neste mundo cruel e mortal — ponho o antebraço na testa para aumentar a minha representação.

— A menina é uma boa atriz. Devia pensar em ir atuar no teatro da cidade. — diz, de forma séria.

— Oh, as atuações não são para mim.

— Quer falar um pouco, enquanto damos um passeio? — pergunta o cavalheiro.

— Adoraria — sorrio.

Começamos a andar.

— Então, a senhora é nova na cidade?

— Sim, sou de Inglaterra, mas vim para cá para viver com a minha irmã.

Ele explica que o seu pai é um magnata do ouro, no Texas. Fiquei de parte confusa, por saber que existem minas de ouro no Texas.

— Desejo que a casa de Manhattan seja exatamente igual de como a encontrei pela primeira vez— Sussurro e encolho os ombros.

— Disse alguma coisa? — pergunta.

— Não, apenas me lembre de uma coisa. Continue.

Lembrei-me de por a casa como estava para o caso de eu querer levar o Phillip para lá. Ouvi dizer que o modo de relacionamento dos humanos é muito mais excitante do que em Veramer.

A Empregada Extraterrestre Kde žijí příběhy. Začni objevovat