70 - Cartão Postal

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Alfonso: voltem logo – terminando de arrumar as malas no porta malas, estava triste mas não queria demonstrar, mas ela notou.

Anahí: serão apenas duas semanas – depositando um selinho nos lábios dele – eu te amo.

Alfonso: eu também te amo. – sorrindo fraco, voltando sua atenção a David – nada de dormir tarde, e nem desobedecer a sua mãe certo? – como detestava ver os olhos do filho arregalados por medo, mas era preciso.

David: sim papai, vou sentir saudades – o abraçando, não queria se afastar do pai, mas queria muito ver seus avós, o que tornava aquele momento mais difícil.

Alfonso: quando voltar vou preparar uma surpresa para você – ele piscou e um sorriso nasceu nos lábios do filho – cuide dela, agora você é o homem que a protege – arrumando o cabelo dele que nem estava bagunçado, apenas por força do hábito.

David: irei cuidar sim – batendo continência com um sorriso contido nos lábios.

Anahí: vamos meu amor, para não chegarmos tarde – ele assentiu entrando no carro – se cuide está bem, não faça nada que eu não faria – enlaçando seus braços no pescoço de Alfonso que ria com uma sobrancelha erguida.

Alfonso: sim senhora – a beijando num beijo doce, a segurando pela cintura, não a queria soltar, não queria que ela fosse, mas logo ela finalizou o beijo com um selinho.

Anahí: duas semanas – rindo, se soltando dele, entrando no carro e logo dera a partida, o observando até que a imagem dele sumiu dos retrovisores.

David: está triste? – disse mexendo no celular, a conhecia melhor do que ninguém e aquela expressão no olhar dela e aquele sorriso forçado não o convencia.

Anahí: só preocupada com o seu pai, mas iremos nos comunicar durante a viagem – ele assentiu ainda mexendo no celular, ele não gostava de rede social, estava jogando um RPG online, ela negou com a cabeça ele era viciado igualmente ao pai.

+

Uma semana se passou se arrastando, o relógio parecia que não passava as horas, a única coisa que fazia o tempo passar um pouco mais rapidamente era o trabalho.

Liam: sabe da Megan? – estava sentado na cadeira a frente a mesa do luxuoso escritório de Alfonso, que apenas o encarou como se ele estivesse falando que encontrou um rato morto na lixeira – estou preocupado, ela está aprontando alguma.

Alfonso: não entendo o que tanto te incomoda, Deus atendeu minhas preces e a jogou no inferno – Liam negou com a cabeça o encarando quando Christopher adentra a sala.

Christopher: Alfonso, está um verdadeiro pandemônio lá em baixo, muitos jornalistas e todos querem saber sobre a sua relação com uma garota morta na Inglaterra – ele engoliu o seco, por essa não esperava ela realmente jogara a merda toda no ventilador.

Só para se certificar ele caminhou até a janela do prédio e viu vários jornalistas parados em frente a empresa, seu nome, a empresa, tudo o que tinha estava por um fio, e como o que está ruim sempre pode piorar seu pai entra na sua sala, com sua mãe logo atrás e Maite que estava branca feito papel, apertava as próprias mãos com força.

George: dá para me explicar que diabos é isso? – jogando duas revistas e três jornais todos com ele na capa com títulos "empresário assassino", "o rei dos jogos é um drogado", "seria ela a única vítima do bad boy dos games?" e antes mesmo que ele pudesse responder Dakota entra na sala com um pacote escrito urgente.

Dakota: senhor Herrera, este pacote chegou a pouco e como está escrito que era para ser entregue com urgência... – sendo interrompida por ele que tomara o pacote das suas mãos.

Ao abrir o pacote se depara com cartão postal da Inglaterra que estava escrito "a diversão começou, vamos jogar um pouquinho Alfonso?" ele rangeu os dentes ao ver várias fotos do filho no colégio, no shopping com ele, e uma última o fez engolir o seco, ele com Anahí em New Jersey tomando sorvete numa pracinha.

Alfonso: meu filho não! – jogando o pacote contra a parede com as fotos voando pela sala – se ela encostar um dedo num fio de cabelo do David eu mato ela! – caminhando a passadas largas até o cofre da empresa, pegando uma pistola prata.

Kristin: Alfonso largue essa arma agora! – ele negou com a cabeça a colocando na cintura, pegando dois pentes de munição e as colocando nos bolsos.

Alfonso: a sua queridinha armou este circo, ela está ameaçando a vida do meu filho o que querem que o eu faça? – George que estava preocupado com o nome da empresa logo se esqueceu ao ver as fotos do neto espalhadas por todo escritório.

George: vá, e faça o tiver de ser feito, eu acalmo as coisas por aqui – ele assentiu indo para garagem as pressas, porém notícia ruim corre logo.

Naquele mesmo momento Anahí estava abrindo uma caixa com o cenho franzido ao notar uma foto de uma garota morta, duas fotos de dois homens presos que ela desconhecia, mas a terceira fez seu coração parar, Alfonso mais jovem abraçado a eles largados embaixo de uma arvore com um cigarro entre os lábios rindo enquanto o amigo soprava fumaça, e logo veio reportagens de jornais da Inglaterra onde citava o nome dele, um boletim de ocorrência com o depoimento dele, lágrimas veio aos seus olhos e um David completamente assustado apareceu com um celular em mãos.

David: o papai é assassino? – ela negou com a cabeça chorando e o abraçou forte não estava acreditando no que estava acontecendo.

Enrique: já viu a TV Anahí? Estão falando do digníssimo senhor mudado – disse com ironia e um veneno que ela já conhecia, estava tentando convencer o pai desde quando chegara mas tudo fora por água abaixo, ela negou com a cabeça se separando de David e pegando a caixa de cima do balcão da cozinha.

Subiu as escadas correndo chegando ao seu antigo quarto pegou a lixeira de metal e colocou a caixa lá dentro, colocando fogo em seguida, não queria que David visse nada daquilo, ela tentara o proteger, mas errou feio, fora para seu refúgio de sempre a casa da árvore se deitando no tatame se afundando nas almofadas.

Marichelo: precisava dizer isso a ela? Não vê que está sofrendo? – negando com a cabeça e caminhando até o quarto dela, e como esperava ela não estava lá e a janela estava aberta, ela estava na casa da árvore.


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