O Mundo Mágico: O Verdadeiro Mundo

Feliz Aniversário

Sammy sentiu milhares de gotas quentes de suor percorrerem cada centímetro do se corpo.

Ao abrir os olhos viu que tudo se passava de apenas um sonho, ou um pesadelo. Nunca tivera um sonho tão simples, aterrorizante e muito real. Levantou de sua cama que estava molhada pelo roupão e o suor que escorreu pelos seus membros, foi em direção a janela abriu. O que viu era algo que via todos os dias, árvores, a casa dos vizinhos e seu planetário que ficava no quintal. Como de costume acordou as sete horas, tomou um banho quente, foi até o espelho e penteou seus longos fios castanhos para trás e foi em direção ao seu guarda roupa. Ao abri lo, pegou uma camisa branca de algodão, um moletom vermelho de muitos fios, uma calça preta da Pool e um tênis cano alto da All Star, vestiu os e desceu para o café da manhã. Descendo as escadas ouviu o bater da porta da frente, não havia ninguém na casa a não ser a Alado que estava roçando a perna de Sammy agora.

Chegando na mesa da cozinha achou um bilhete sobre uma caixa de papel quadrada de cor bege. Ao abri la, tinha um bolo de chocolate e sobre este havia um bilhete:

"Feliz Aniversário meu amor, felicidades e muita saúde. 17 anos viu? Responsabilidade agora, mais do que nunca. Dei uma saidinha, já já estou de volta, tomei seu café da manhã e me espere. Me liga qualquer coisa. Beijos te amo. 

Mamãe"

Aquelas poucas palavras, foram sinceras o bastante para deixar uma lágrima escorrer pelo seu rosto pálido. Sammy sempre teve uma mãe que o amou, lutou por seu bem estar e pelos seus direitos. Hoje tinha tudo o que tinha. Mas tem um presente que até agora ninguém pode lhe dar, conhecer seu pai. Ao sentar na mesa e se servir de uma fatia de bolo, imaginou onde estaria seu pai. Sua mãe contou que no dia do seu aniversário de um ano, seu pai a chamou e disse:

-Eu não posso mais ficar aqui. Eu te amo, mais não dá mais, você me entende. Estou deixando tudo o que tenho para partir. Eu nunca te deixaria... eu vou voltar Victória, cuide do Sammy, Aslan protegerá vocês.

Sammy nunca entendeu o motivo da viagem de ida sem do seu pai. Sua mãe não esclarecia e Sammy não gostava de perguntar, por ser uma pergunta que descascava milhares de ferias em seu coração. as únicas informações que tem dele é que sua voz era grossa e imperativa, seus cabelos grisalhos eram bem definidos, o amor pelo único filho era forte demais, todas suas atitudes foram tomadas para o bem e que um dia ele iria entender. Sammy imaginava o por que que, largar sua mulher e seu filho de uma ano seria algo bom e por amor, apenas espera uma boa explicação. Mudando radicalmente de pensamento, foi até a cozinha pegar uma lata de cerejas em calda.

Ao pegar o abridor e forçar na parte superior da lata, acabou se cortando com uma lasca pontiaguda que o abridor havia deixado.

-Ai, que merda! - exclamou Sammy, ao ver  sangue escorrer pelo seu dedo indicador esquerdo.

Foi até uma das gavetas do balcão da cozinha e apanhou o pequeno kit de primeiro socorros de sua mãe e fez um curativo que o deixou mais aliviado. Pôs algumas cerejas no seu prato e voltou a comer o bolo deixado por sua mãe, quando ouve a campainha tocar. Quando Sammy abriu deu de cara com Lara e seu marido Jonas, junto com Aslan e Anne cantarolando juntos:

-Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida... - devido ao susto o aniversariante não havia percebido o pequeno cupcake com cobertura de glacê que havia nas mãos macias de Anne.

-Ah, a vela... - falou Anne tirando a vela do bolso e afincando no cupcake, tentando ignorar o esquecimento.

-N-nossa gente, m-muito obrigado. - gaguejou Sammy