Prólogo

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A Era do Gelo infernizava quase todos os planetas do Mundo Mágico.

Uma nevasca varria todo o chão de um planeta quase abandonado, cercado de mortes e dor. O Planeta dos Feiticeiros não era mais o mesmo. Agora estava em guerra com o Rei do Gelo, que por estar em vantagem, planejava dominar tudo e a todos que conseguisse. Já havia dominado parte do Planeta das Fadas, recrutado milhares de ogros e gnomos para trabalhar em sua fortaleza fria e sanguinária, difícil era o deter com tanto poder em sua mão. O gelo estava por todas as partes e tudo quase ele podia dominar. A Rainha do Fogo negara a todos em ajudar, era egoísta queria apenas proteger seu reino, os demais seres se escondiam, lutavam, imploravam aos Deuses por ajuda, más já estava na segunda Era Gelada, até agora, nada havia detido o Rei e seu exercito. Os Deuses haviam esquecido dos seres mágicos? Não havia poder o suficiente para lutar? Ou esse barbudo com coração de gelo iria dominar todos os planetas e seres? Restava esconder-se, esperar ou lutar.

Victória, a ser real, tentava ouvir atentamente a cada palavra que seu marido, Roberto gritava. Era um plano radical, que os levariam de volta ao Mundo Real e resolveria quase todos os seus problemas.

-É um pouco complicado demais, mas precisamos ir agora, ele está chegando ao nosso vilarejo em menos de quinze minutos. Matará tudo e a todos. A melhor solução é essa - Roberto segurava as mãos de Victória dentro da casa de barro e palha que os dois haviam construído a pelo menos 5 meses atrás no vilarejo dos feiticeiros - Pegue apenas o necessário e aqueça nosso filho, iremos ficar bem. Quando eu voltar é pra partir. - Roberto saiu correndo pela porta da frente da pequena casa.

Ao ver seu marido saindo as pressas, Victória correu aflita ao quarto em que dormia com ele e pegou casacos grossos, um par de bota e vesti os. Quando ouviu um estalo ao seu lado, que a assustou. Era apenas seu bebê recém nascido, Sammy, que tinha suas maçãs ruborizadas ao acordar de um longo sono. Sua mãe o tomou no colo, o agasalhou com panos grossos e peludos e correu os olhos por todo aquele quarto que construíra e dissera que ia ser para sempre, porém, não ocorreria assim. Saiu em disparada a porta, a espera de seu marido.

Quando saiu correndo pela porta de madeira de sua casa, Roberto enfrentou a forte nevasca e tentava distinguir o ocorria no meio dela, tinha seu coração a bater a todo vapor, milhões de pensamentos a sua cabeça: tinha de cuidar da sua família indefesa, um exercito pronto para os matar corria rumo ao vilarejo que residia, estava sendo perseguido por feiticeiros da lei que o acusavam de ter infringido várias leis do Mundo Mágico. Agora havia encontrado uma solução que ficava a noroeste de sua casa. Um mago esperto sempre saia de suas ciladas, havia criado duas porções que o tornou um grande criminoso, mas que naquele momento o ajudariam muito. Passava por feiticeiros, magos e gnomos que corriam de suas casas e corriam desesperados em busca de uma saída para a vida. As grandes arvores cobertas pelas neves sussurravam que a morte estava perto.

-Roberto! - berrava Lara sobrevoando com muita dificuldade sua cabeça - Eu sei que você tem uma solução me ajuda! Por Favor! - A Fada tentava se proteger da forte nevasca, sua voz acompanhada de choros e berros, tentava permanecer no ar com suas finas asas.

Lara não era a única que precisava de ajuda, todos ali estavam a beira da morte e a procura de como sobreviver. Mas Roberto tinha que ajudar, Lara é uma amiga, uma Fada que o ajudou em muitas enrascadas, além do mais estava com seu filho Aslan nos braços.

-Vem, me siga até o poço do infinito, eu tenho um plano - Roberto dizia em grande alvoroço a Lara, - Rápido! - e saiu correndo junto a Fada para o poço.

O Mago olhava a tudo aquilo, feiticeiros correndo em direção ao exercito com suas varinhas, gnomos correndo na direção oposta, Magos criando monstros para tentar deter o Rei do Gelo e salvar suas famílias. Tentando imaginar alguma maneira de ajudar a todos aqueles que estavam ao seu redor, eram seres mágicos que o ajudaram tanto a esconde lo de seus erros, que não deveriam sofrer tudo o que estava prestes a acontecer. Ao olhar para o céu branco e pouco nítido percebeu flechas de gelo vindo na direção do vilarejo. Fechou os olhos, apenas esperando a dor o consumir ou a sorte o proteger. Sentiu apenas um ser o encobrir. Ao abrir seus grandes olhos castanhos claros, viu milhares de gotas vermelhas preencherem o vago chão esbranquiçado, depois gritos de dor, horror e o terror da morte.

-Você está bem? - perguntava um feiticeiro que havia criado um campo de proteção o bastante para protege los.

Roberto o ignorara, havia caído, vasculhando se sua ajuda ainda valeria a aqueles que foram brutalmente assassinados pelas flechas de gelo pontiagudas. Ao seu lado, jazia caída uma jovem feiticeira, seus olhos esverdeados mostrava uma inocência que fora retirada de forma impetuosa, sua cabeça balançava procurando ajuda.

-Sai, saí - surgia um jovem feiticeiro com um toque de esperança nos olhos, empurrando Roberto de perto da feiticeira caída, - Helena, Helena... He-Helena - berrava pela morte. Em um pulo o jovem voou pela imensidão da neve.

Voltando ao seu plano Roberto pulava os corpos das vítimas, e corria em direção ao Poço do Infinito, tentava ignorar a possibilidade de uma daquelas flechas tenha chegado até sua casa. Ao avistar a fada e o poço, correu mais rápido até alcançá la.

-Eu quero que você vá na frente, rápido! Mas antes você terá que tomar o Perda Total, se quiser ir. - dizia Roberto com lágrimas e sangue espalhado pelo rosto.

-Faço tudo para nos salvar. - dizia Lara com o pequeno Aslan nos braços.

-Aqui. - disse Roberto entregando um frasco de vidro com uma porção verde dentro, - Tome, espere um minuto e pule. - com a outra mão apanhou um outro frasco, que derramou um líquido azul escuro dentro do poço. – Espere pelo menos um minuto e pule! – Roberto saiu correndo de volta para a casa.

No caminho de volta, piso no braço de um gnomo que havia sido acertado por uma das flechas, quase vomitou ao ver metade do cérebro daquele ser para fora do seu pequeno crânio. Ao avistar sua mulher e seu filho ficou feliz por ter os visto sem nenhum aranhão, pegou o bebê dos braços de Victoria para facilitar a rapidez até o poço.

Os olhos de Victória lagrimavam ao ver tanto sangue e maldade misturado em um só ato, como era um ser real, não estava acostumada a ver uma cena tão perturbadora quanto aquela. Suas botas marrons estavam cheias de sangue de pessoas inocentes. Quando chegaram ao poço olharam um ao outro aterrorizados.

-Lara já foi com Aslan, não podemos mais ajudar ninguém. Pegue nosso filho. – disse passando o bebê para os braços de Victória.

Victória ajeitou os longos casacos felpudos, inclinou a perna para dentro do poço, segurando o bebê com todo cuidado e mergulhou de volta ao seu Mundo. Roberto olha para trás a cerca de trinta metros de si, vê gigantes ogros brancos, arqueiros e um feitiço correndo em sua direção. Deu apenas tempo de se arquejar e atirar se na escuridão do poço. O que ouviu depois foi um estrondo de tijolos e um poder aniquilador, mas o que viu era que estava com duas mulheres e dois bebês no Mundo Real.

O Mundo Mágico: O Verdadeiro MundoWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu