Afterlife: Mundos

Bônus: Apenas Dance Comigo

Hey there, readers

Este é um pequeno conto bônus escrito pela @CarolinaANF. Estou postando aqui antes da grande estreia de Afterlife: Mundos, que acontece na semana que vem, para vocês matarem um pouco da saudade de Týr. (E se não conhecem a Brianna, vou deixar o link do livro original de onde ela vem para que passem a conhecer "O Florescer do Fogo").

Espero que gostem e até semana que vem!!

***

Eram dez horas da manhã na cidade de Lima, no Condado de Allen, estado de Ohio. Faltava uma semana para as férias de inverno e o corpo estudantil do Stoneheart High School mal podia esperar para a chegada do final de semana, quando eles dariam adeus aos estudos por uma semana.

– Ei, Brianna! – A garota de cabelos castanhos e corpo esguio ouviu alguém a chamando pelo corredor. A menina trancou seu armário e virou-se para ver quem a chamava.

– Ah, é você, Joe! – Ela falou com desinteresse. – O que quer? Você não deveria estar encerando o chão por onde minha irmã passa ou algo do tipo?

– Eu não a vi na aula hoje. – O garoto loiro respondeu se encolhendo em reação ao tom de voz da menina. – Queria saber se você a viu? – Ele perguntou encolhendo-se ainda mais e fazendo uma careta. Brianna poderia jurar que se ele encolhesse mais ficaria menor que sua irmã que era a garota mais baixinha que ela conhecia.

– E eu lá tenho cara de babá de rebelde sem causa? – Brianna falou e saiu para o refeitório, onde seus amigos a esperavam para tratar dos últimos detalhes do Baile de Inverno que aconteceria no próximo final de semana.

Considerando que a amiga não havia aparecido para as aulas da manhã e que sua irmã, Brianna, não sabia dela, Joe só pode concluir que Týr, mais uma vez, havia enrolado os pais para matar aula. Ela começou a fazer isso todas às vezes em que um baile do colégio se aproximava desde que ainda era uma novata no colegial e isso não mudou quando chegou ao último ano.

Týr odiava a ideia de se vestir e se arrumar para agradar a algum moleque do colegial do qual ela nem lembraria o nome daqui a dois ou três anos. Há três anos, quando ela começou o colegial, uns engraçadinhos fizeram uma aposta para ver quem conseguiria ser seu par no baile da primavera; após rejeitá-los várias vezes e expulsá-los repetidamente da sua presença, ela acabou batendo em um dos pretendentes mais insistentes, que foi parar na enfermaria do colégio com um braço torcido e cinco dedos marcados em uma das faces. Isso rendeu uma suspensão de três dias para ela, por isso, desde então, ela evitava ao máximo os corredores de Stoneheart sempre que uma dessas ocasiões se aproximava.

Joe resolveu faltar à última aula do dia e ir procurar por sua amiga. Estava acabando de atravessar o jardim da escola quando sentiu uma mão tocar em seu ombro, ao se virar ele deu de cara com Zack, o garoto mais popular do colégio. Zack era tão alto quanto Joe, mas seu porte atlético de jogador de futebol americano o fazia parecer intimidador, isso somado ao seu rosto de traços marcantes e o cabelo negro rebelde fazia com que todas as meninas de Stoneheart se arrastassem a seus pés. Todas, menos Týr. Eles eram grandes amigos quando crianças; chegavam a ser inseparáveis, até que depois da morte do pai, seis anos atrás, ela se afastou de todo mundo, inclusive de Zack. O único com quem ela ainda conversava era o nerd esquisito que a seguia para todos os lados quando começaram o colegial, também conhecido por Joe.

– Cadê a Valentina? – Zack foi direto ao assunto.

– Desculpa, cadê quem? – Joe perguntou confuso.

– Týr. – Zack falou a contragosto, ele achava o nome dela lindo, não via necessidade em criar um apelido. – Onde ela está? Era para a gente se encontrar para finalizar o trabalho de literatura juntos, mas ela me deu bolo.