Vivendo Com Um Nerd || Z.M.|| [REVISANDO]

Capítulo 5 | Exame

Foto Acima do Gabriel
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***Pov's Malu***

Quando ouvi o médico dizer que se não houvesse uma transfusão de sangue com ela em menos de vinte e quatro horas ela morreria eu, sinceramente, pirei não sabia se eu saia correndo, se abraçava ainda mais o Pedro, se chorava, se gritava. Eu estava confusa; eu estava sem chão, só de pensar na possibilidade de perder a minha mãe. Eu não posso perder a minha mãe, não agora.

Olho para o Pedro e ele está me olhando, seu olhar era totalmente de compaixão e piedade, como se ele tivesse pena de mim, o que provavelmente ele tem. Eu não sabia o que fazer, mas parece que ele sim sabe, pois ele me abraça ainda mais forte, de um jeito que faz com que eu me sinta protegida, amada e principalmente fazendo que eu não me sinta sozinha, fazendo com que eu ache que nada daquilo poderia acarretar uma tragédia que aos meus olhas era eminente.

Pedro: Fica tranquila, eu não vou deixar nada de mal acontecer com você ou com a sua mãe. Vai ficar tudo bem - Ele diz essas palavras e um conforto bate em mim, não sei de onde veio ou como apareceu, mas sei que me pegou de jeito e me fez bem, muito bem.

A essa altura do campeonato, meu pai já havia chegado ele e o meu irmão o André. Meu pai está conversando com o médico e o André está como eu sem saber o que fazer, mas diferente dele eu tenho o Pedro pra me amparar e ele não tem ninguém. Ele parece estar em choque, mas também não o culpo ele não é todo dia que se recebe a notícia, a péssima notícia de que sua mãe está no hospital e corre risco de vida.

André: E o que vai acontecer com a minha mãe agora?

Médico: Nós vamos checar o banco de sangue do hospital e ver se há sangue compatível com o com o da sua mãe, assim que fizermos isso eu trago notícias.

André: Obrigado.

Médico: Disponha.

Meu Deus, eu nunca pensei em estar nessa situação, nesse estado, nunca pensei que uma faca e um caco de vidro pudessem fazer um estrago tão grande, nunca pensei que eu pudesse me encontrar abraçada ao Pedro e que o pior eu nunca pensei gostar disso, nunca pensei precisar tanto de um abraço e nunca pensei que minha mãe precisaria fazer uma transfusão de sangue e da doação das pessoas pra isso.

Todos os dias eu vejo na televisão propagandas e mais propagandas de pessoas pedindo para as outras doarem sangue para pessoas que passam por isso todos os dias e eu do jeito que eu sou sempre pensava "Doar sangue? Que nada, pra que? Isso é tudo mentira. Sabe-se lá o que vão fazer com ele" e hoje eu estou num hospital no mesmo estado que essas pessoas, passando pelo drama de ver a minha mãe precisando de doação, isso serve para nós vermos que tudo no mundo tem um propósito e que nada deixa de ser importante; e o pior é que ninguém for compatível com ela, ela pode acabar morrendo.

Agora eu me encontro chorando nos braços dele, quem eu sempre desprezei e que eu sempre disse que odiava com todas as forças, agora eu estou pagando a minha língua da forma mais perfeita possível, pois eu sempre disse "Eu te odeio, eu não preciso de você e nunca vou precisar" e nesse momento do que eu mais preciso é dele, de estar em seus braços, agora eu preciso dele como um rio precisa de água.

Se a vida tivesse uma boca, ela provavelmente estaria gritando pra mim "De quem você nunca precisaria mesmo?" nesse momento a vida deve estar rindo e dando altas gargalhadas de mim, a pessoa que sempre faz da vida dos outros um inferno, passando por um e o único anjo que quer me ajudar é o Pedro, aquele que eu sempre procurei magoar, agora é a única que não sai do meu lado.

Eu: Pedro?

Pedro: Sim Malu.

Eu: O Que vai acontecer com a minha Mãe se não houver sangue compatível?