Subi os degraus que chega na casa de minha tia e ajeitei a bolsa no ombro, respirando fundo bati na porta e gritei a chamando. Sorri ao ouvir a resposta e os passos apressados atrás da porta. E em seguida minha tia, descabelada e com um pano de prato na mão, abriu a porta com um largo sorriso.
Carolina: Oi tia! - a abracei e ela me apertou.
Paula: Oi Cah! Achei que você não vinha! - disse me balançando de um lado para o outro no abraço.
Carolina: Ah, mas joguei a preguiça de lado e vim passar o dia com a senhora!
Paula: Ai que bom! Estava preparando a comida, entra! - me puxou para dentro e fechou a porta em seguida.
Carolina: Huum que bom, porque estou com fome! - sorri e ela gargalhou.
Paula: E quando você não está com fome?! - disse rindo.
Carolina: E aí?! Onde estão Nina e Maurício?
Paula: Maurício está lá embaixo na casa da vó e Nina foi na casa da amiga. - sentei-me no sofá e tirei os tênis.
Carolina: Ah, queria falar com ela.
Paula: ...Eu também queria que você conversasse com ela sobre o que aconteceu e que tentasse colocar um pouco de juízo na cabeça oca dela. - sentou a meu lado.
Carolina: Sim, sim. Queria falar com ela sobre isso, talvez ela me entenda por termos quase a mesma idade.
Paula: Tomara... ela não podia ser igual a você?! - fez drama e colocou a cabeça no meu ombro, me fazendo rir.
Carolina: Sei lá, mas agora a única coisa que a senhora tem que fazer é tentar aconselhar ela, porque o de pior já aconteceu. - ela me encarou nos olhos.
Paula: Eu sei, eu sei. Mas é que as pessoas falavam e não queria acreditar...
Carolina: Entendo... Bem, vamos mudar de assunto porque não quero a senhora triste! - ela sorriu.
Paula: Você não existe Cah... Ai meu Deus, a comida! - saiu correndo para a cozinha, me fazendo gargalhar alto.
Carolina: E vó Fátima tá ai? - tirei meu celular da bolsa e o desbloqueei.
Paula: Tá sim, mas acho que vai sair daqui a pouco. - colocou a cabeça na porta da cozinha.
Carolina: E Nando? - disse indo até a cozinha e me encostei na soleira da porta.
Paula: Foi na casa da irmã dele pra resolver alguma coisa lá.
Carolina: Ah tá.
Paula: Ah, fiz umas trocas lá no trabalho e vou folgar esse final de semana e vou pra ilha, quer ir junto?
Carolina: Huum, quero! Estou sem fazer nada em casa, puro tédio. - fiz cara de entediada.
Paula: Ótimo! Nós vamos na sexta.
Carolina: Tá bom, e quem vai?
Paula: Só nós mesmos. Eu, Maurício, Nina e minha mãe - vó Fátima - , Nando não sei porque talvez ele vá trabalhar.
Carolina: Ah, certo. Eu vou!
Paula: Oba! Pega ali um prato para colocar sua comida.
Carolina: Já tá pronta?! - arregalei os olhos e fui em direção ao armário.
Paulo: Claro! Aqui é vapt-vupt! - gargalhei e peguei o prato e os talheres.
Carolina: Queimou? - olhei dentro da panela sorrindo.
Paula: É o que?! Você acha que eu sou mulher de fazer comida queimada! - gargalhei e a entreguei o prato.
Carolina: Será que tá bom? - disse sorrindo, quando ela me entregou o prato com a comida.
Paula: Tá me confundindo com sua tia Mirian?! - falou rindo e gargalhei com ela.
Logo ela sentou-se a mesa e almoçamos juntas em meio a conversas e gargalhadas. Adoro vim na casa de minha tia Paula, porque ela é alegre e divertida me fazendo rir sempre.
Assim que acabamos de comer, fui para a sala e fiquei sentada no sofá mexendo em meu celular e ás vezes olhando para a TV que passava o jornal local.
Conversava animadamente com minha melhor amiga, quando ouvi passos pesados e lentos subindo os degraus. Engoli em seco e encarei a porta por alguns segundos, até os passos cessarem e voltei meu olhar para o celular.
E então a porta se abriu e apareceu um Maurício vestido apenas com uma bermuda folgada e cabelos bagunçados. Automaticamente mordi o lábio inferior e o encarei, que estava parado na porta me olhando.
Maurício: E aí Carolina. - falou baixo, em um tom rouco.
Carolina: Oi.
Maurício: Tudo bem?
Carolina: Sim e com você?
Maurício: Também.
Ele fechou a porta com o pé, fazendo um pouco de barulho e foi até a cozinha, onde minha tia estava. E pude avaliar suas costas definidas e suspirei, voltando a atenção ao meu celular.
Paula: Cah, eu vou ter que dar uma saidinha, mas Maurício vai ficar aqui com você. - disse quando saiu da cozinha e parou na minha frente.
Carolina: Ahh, certo... A senhora vai demorar?
Paula: Pra falar a verdade nem sei, mas se quiser ir embora tudo bem.
Carolina: Tá, mas vou ficar aqui e espero a senhora.
Paula: Tá bom, eu nem queria sair porque ia passar a tarde juntas mas, aconteceu esse imprevisto...
Carolina: Tudo bem tia, pode ir.
Paula: Tá, eu vou me arrumar. - disse entrando no quarto e olhei para a cozinha, vendo Maurício parado me encarando mas logo, voltando a entrar na cozinha.
Respiro fundo e passo a mão no rosto. Vou ter que me controlar muito para não agarrar Maurício, porque Céus, que homem gostoso! Ele é o tipo de garoto que sempre desejei.
E a partir de agora, não faço ideia do que poderá acontecer no decorrer da tarde.
ESTÁ A LER
Extremo Desejo || História Parada
RomanceEditando história para melhor compreensão ao leitor e logo voltarei a atualizar. Maurício Dallas de 20 anos e Carolina Aguillar de 16, sentem uma atração impossível de se explicar. Maurício viu Carolina nascer e sempre foi muito apegado a ela...