26. De volta pra casa (Parte II)

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Post dedicado ao meu Tay


Visão Renesmee

- Acredito que chegamos a nossa última consulta, querida. – Carlisle sorriu. – No final das contas sua gestação chegou próxima a de um humano normal.

    Meu coração saltou nervoso.

- Porque me diz isso justo quando Jake não está na cidade, vovô? Acha mesmo que está chegando a hora?

    Eu iniciava meu sétimo mês de gestação, estava sendo mais longa que a de minha mãe. O crescimento dele foi instável, lenta em alguns períodos e acelerada em outros. Jacob tinha viajado pela manhã até Seattle, em busca de uma máquina nova que precisaria para seu trabalho.

- Suponho que sim. O bebê já encaixou na bacia, se tudo ocorrer como em um nascimento habitual ele estará em seus braços em até duas semanas. Quando Jacob estará de volta?

- Até o final da tarde. Há algum risco?

- Qualquer sintoma diferente e entramos em contato com ele, mas por hora não vejo porque alarma-lo.

- Acha que Nessie poderá ter um parto normal? – perguntou Bella com preocupação, segurando minha mão.

- Se está com o temor de que repita o que aconteceu na sua Bella, penso que o corpo da Nessie está sendo forte o suficiente, ele recebeu o bebê com naturalidade até o momento. Há chances de tudo prosseguir dessa forma até o nascimento, mas claro que não temos como garantir, esse caso é inédito também. Ainda assim, não vejo motivos para se preocupar.

    O gritinho risonho de Sarah passou correndo pelo corredor, com Emmett a seguindo e fazendo teatralmente barulhos de monstros. Ela já aparentava três anos de idade agora, se desenvolvendo em um piscar de olhos exatamente como ocorreu comigo. Me perguntei pela inúmera vez como seria nosso filho em meio a toda essa junção de mundos e espécies que vinham de mim e Jacob.

    Não sabia se era egoísmo desejar que ele pertencesse também a esse lado sobrenatural que fazíamos parte. Afinal eu não teria a mesma chance que Sam, de voltar a ser um mortal. E sendo a eternidade um fato em nossas vidas, era essencial que nosso pequeno estivesse destinado a isso também.

    Almocei em uma lanchonete com Petra antes de retornar ao trabalho. Comentei com a diretora sobre minha consulta, deixando-a avisada da possibilidade do bebê chegar a qualquer instante e eu precisar me ausentar por um tempo. Dizer aquilo em voz alta, fez minha ficha cair e um nervosismo se instalou em volta do meu peito. Passei a tarde um tanto aérea, com as mãos suando e a ansiedade palpitando. Um medo gostoso do que se aproximava, eu não via a hora de conhecer seu rostinho.

    Senti falta do meu Jake ao cruzar o portão e não tê-lo me esperando na calçada, encostado em seu Rabbit. Segui sozinha para casa, tentando adivinhar como seria nosso pimpolho. Que cor teriam seus olhos, como seria seu jeitinho de ser. Se viria uma princesa ou um lindo garotinho. Nem senti o caminho passar e quanto me dei conta já estava dentro de casa, me sentindo mais tranquila e preparada.

    Agora faltava pouco.

    Tomei um banho e me joguei no sofá da sala, caindo em um cochilo com o som da televisão. Despertei com o som do carro de Jacob chegando, esvoacei até o jardim e só não pulei em seu colo porque o tamanho da minha barriga não permitia mais. O dia ficou completo ao receber seu abraço quente e ouvir sua voz me contando sobre sua viagem.

Nessie & Jacob. Ardentemente.Where stories live. Discover now