Prólogo

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Euuuuu voltei ✌

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As sirenes da ambulância soavam furiosamente, enquanto o veículo costurava em meio ao trânsito da capital londrina, os paramédicos agiam com habilidade adquirida pela experiência ao estarem ao redor do garoto desacordado que transportavam na maca.

- O pulso se mantém, temos de iniciar a lavagem imediatamente ao chegarmos. - Um paramédico loiro avisou.

- Eu já contactei nossa unidade, eles estão com a sala pronta para fazerem o procedimento. - Um ruivo respondeu de pronto.

A ambulância assim que foi estacionada na entrada do pronto-socorro teve suas portas escancaradas, a maca foi retirada dali com pressa e o corpo do garoto foi transportado para outra maca.

- Movam-se depressa, o Dr. Tomlinson os espera para dar início ao procedimento. - Uma enfermeira disse e a maca foi levada para a sala de destino.

O paciente foi colocado sobre a mesa de metal gélido e um pequeno tubo foi direcionado para sua boca, infiltrando-se em sua garganta para que o processo de lavagem estomacal fosse iniciado.

- Ele ingeriu 16 comprimidos, foram estes os números que a família nos informou ao chegarmos ao local. - O paramédico loiro contou antes de deixar a sala.

- Monitorem os batimentos cardíacos, preciso da pressão arterial também e podem acionar a válvula. - O médico ordenou.

Um enfermeiro auxiliar acenou concordando e destravou a válvula que iria enviar jatos de água para dentro do paciente, através do tubo que já alcançava dentro de sua garganta.

O objetivo era que o garoto expelisse para fora, as várias unidades de comprimidos que haviam sido ingeridos por ele.

Os sinais vieram no momento que o peito do garoto pareceu inchar e água veio para fora de sua boca, à equipe estava conseguindo o que queria, mas o progresso durou pouco, quando o monitor cardíaco começou a apitar descontroladamente.

- O paciente está tendo uma parada cardíaca. - A enfermeira avisou com a voz rápida e se apressou em arrastar o desfibrilador cardíaco para próximo da mesa.

O peito desnudo do garoto possibilitou a eficácia de seu salvamento. O médico recebeu os eletrodos em mãos e o gel foi espalhado sobre estes, antes que ele os pressionasse sobre a parede torácica do paciente.

O envio da primeira onda de choque fez o peito do garoto saltar da mesa, mas o quadro do monitor cardíaco não estabilizava.

- Os batimentos cardíacos estão diminuindo rapidamente. - A enfermeira informou nervosa.

- Vamos, garoto. Não nos deixe na mão. - O médico falou ao aplicar novamente outra onda de choque no paciente.

A medição cardíaco zerou e uma linha reta tomou conta da tela.

- Você não vai morrer. Não no meu plantão. - O médico disse determinado e deu a última tentativa de estabilizar o garoto.

A sala se encheu de suspiros aliviados, quando o medidor voltou a apitar e os batimentos voltaram a aumentar.

- Muito bem, doutor. - Um dos enfermeiros parabenizou.

- Nada está bem, ele pode não ter morrido, mas está em coma. - O médico pressionou os lábios em uma linha fina.

Não era de seu costume demonstrar emoção, mas ali naquela mesa frívola, jazia o corpo desacordado de um jovem adolescente que poderia nunca mais acordar.

- Você fez tudo que podia, Dr. Tomlinson. - A enfermeira morena o confortou.

- Mas não foi o suficiente, Normani. - O médico disse, se virando para deixar a sala. - O transportem para um dos quartos no 5° andar, eu avisarei a família e logo irei até lá.

O médico deixou a sala e tudo que os enfermeiros puderam fazer foi olharem para o rosto pálido do garoto e para os seus fracos batimentos cardíacos.

Quando se aproximou da sala de espera, o médico avistou o que deveria ser os familiares do jovem que ele havia acabado de prestar socorro.

- Familiares do paciente... - Ele olhou para a prancheta que lhe foi entregue na recepção, para ler o nome do paciente. - Malik. Zayn Malik.

Os mais velhos do grupo se apressaram para próximo do médico.

- Somos os pais dele. - A mulher morena se pronunciou.

O médico os olhou sério, escondendo qualquer emoção, por sentir que havia falhado com o seu paciente.

- Sou o Dr. Tomlinson. - O médico se apresentou.

- Como está Zayn? - O pai do garoto perguntou.

- Eu sinto muito em informar, mas apesar de que seu filho está vivo, ele entrou em coma.

A mãe do garoto se perdeu em lágrimas, quando escutou as palavras, e logo o que o médico deduziu como as irmãs do paciente, vieram consolá-la.

- Meu menino. Meu Zayn. - A mulher dizia entre soluços.

- Nós podemos vê-lo? - O pai interveio conseguindo a atenção do médico.

- Ele está sendo transferido para um quarto, eu irei verificá-lo e assim que possível liberarei para visitas. - O médico informou.

- Obrigado, doutor. - O pai agradeceu ao se afastar e ir confortar sua esposa.

O médico olhou para a família, as duas menores pareciam confusas com o que acontecia, outra mais velha estava a par do que acontecia e seus olhos brilhavam com as lágrimas, a mãe estava inconsolável e o pai tentava sustentar sua dor firmemente. Mas o abalo estava feito, o garoto em coma e com a terrível possibilidade de nunca acordar.

O médico se negou a perder a compostura e se virou deixando a sala de espera.

O quarto 302, agora recebia a placa do nome do paciente "Zain J. Malik" e lá dentro, no quarto de aparência gélida e sem vida, deitado sobre a cama de hospital, um garoto com uma vida toda pela frente agora ressonava em um sono profundo sem data para o seu término.

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Vamos lá, tenho tantas novas histórias para vocês e espero que gostem de cada uma delas ❤

Asleep (AU! Ziam Mayne)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora