Capítulo XVII

Začít od začátku
                                    

Akira com seu ar de segurança, e claramente determinado a não deixar que o que aconteceu com ele na missão anterior se repita. Anippe com sua irreverência, fingindo ignorar as palavras de Mederi. Aisha se esforçando para controlar seu nervosismo. Vladimir que segura a mão de Sophia para confortá-la, o que ela corresponde apertando a mão dele e sorrindo. E por fim, Bernard, concentrado em gravar todas as informações que possamos precisar. Cada um deles se tornou especial pra mim, mesmo em tão pouco tempo. Nossos poderes podem parecer a nossa maior força, mas a verdade é que nossa união nos faz fortes. Embarcamos agora rumo a nossa próxima missão e sei que tudo vai ficar bem enquanto estivermos juntos.

Bernard Sliver

Segunda vez que viajo de avião.

Estou sentado ao lado da janela e vejo tudo por onde estamos passando. Mantenho o foco apenas do lado de fora, pois não quero ver certas pessoas de namorico.

Ainda não acredito que eles possam estar namorando, mas com certeza estão, desde que vi eles se beijando em frente ao meu quarto na tarde de ontem.

Estava tranquilamente terminando de secar o Carl, que a Aisha pediu, quando ouvi uma conversa do lado de fora. Olhei pela brecha que tinha e presenciei a pior cena da minha vida. Fiquei em mais estado de choque ainda. Já não bastava outra missão com intuito de matarmos pessoas, ainda tenho que visualizar a Sophia beijando outro cara na véspera dessa missão.

Depois que os vi se separando, peguei o Carl e fui devolvê-lo a Aisha. Ela agradeceu e viu que eu não estava bem, e me perguntou o que estava acontecendo. Falei tudo, e ela me contou que desde a última missão eles estavam assim. Ela me consolou e eu fui para meu quarto.

Cá estou eu, 5 horas de vôo até agora e nenhum sinal de que estamos pousando. A metade do caminho foi só oceano, pelo que vi, fora algumas porções de terra no meio dele.

Olho ao longe e reparo que as nuvens estão se movendo rapidamente mais a oeste. Logo se forma em um redemuinho de vento. A maré está alta, logo cairá uma tempestade aqui.

Ver isso faz eu me sentir melhor. O mar me acalma.

Falo para a Aisha, que está ao meu lado, para ver o fenômeno que está para acontecer, mesmo a janela sendo pequena. Logo começa a tempestade.

- Lindo, né? - pergunto a ela, que concorda acenando a cabeça.

Ficamos observando até nos distanciarmos do local onde estava ocorrendo o fenômeno.

A voz do Ashton, o piloto, soa nos alto-falantes:

- Atenção! Pousaremos daqui a 2 minutos. Sentem-se e segurem firme.

- Não, não! Não se segurem, quero que vocês caiam. - a voz da Ashley soa no alto falante. - Por favor. - eles começam a rir. Que doidos.

Me posiciono na cadeira e coloco o cinto. Logo em seguida, todos os outros fazem o mesmo. Estamos descendo. Olho pela janela e estamos próximos a cidade. Ela é grande, mas descemos um pouco longe da mesma.

Quando pousamos, os dois irmãos pilotos gêmeos saem da cabine e aparece na nossa frente.

- Bem vindos a base de...

- Cala a boca, Ashton. Eles não precisam saber onde estão. - Ashley fala num tom irritado.

"Claro que precisamos saber onde estamos.", penso. Nesse momento, o Akira olha para mim e concorda. Falo a ele para sair da minha mente.

Ashton continua:

- Okay, okay. Bem vindos a essa base. Logo adiante vocês serão recebidos pelos agentes que ficam aqui. Comportem-se. - eles começam a gargalhar de novo.

Pego a mochila que trouxe comigo, e vejo os outros fazerem a mesma coisa.

Sou o primeiro a sair do avião e, olhando ao redor, vejo uma construção muito bonita por fora. A base é composta por um conjunto de 4 prédios baixos, construídos em forma de quadrado, facilmente camuflável entre os destroços da cidade arrasada. Há um pátio aberto e pavimentado entre os quatro prédios, onde há alguns bancos e um chafariz. Os prédios são cinzentos como cimento, o que favorece a discrição da construção. As portas são escondidas, e não há letreiros, nem absolutamente nada que denuncie a presença de uma sede da OCRV. Um observador dificilmente perceberia a presença do complexo ali. Não parece haver ninguém morando num raio de muitos quilômetros.

É diferente da base onde estávamos, onde os prédios são altos e cercados de área verde. É um oásis de vegetação numa planície praticamente desértica. A única semelhança entre as duas bases é que não sei em que países estão.

Chegando lá, somos recebidos por guardas que estão do lado de fora. São dois, e um deles nos leva para dentro.

Lá dentro é parecido com a outra base da OCRV. Entramos em um elevador e, no quarto andar, somos levados a sala de um homem careca, de físico atleta e alto.

- Olá, garotos. Me chamem de Coronel John Miller. Sou o diretor dessa unidade e, pelo que me falaram, vocês vão ajudar a parar os rebeldes que irão tentar invadir a unidade. - ele pragueja. - Vou mostrar o resto do local a vocês e onde ficarão instalados durante a estadia. Deixa só eu tomar mais um gole do meu café enquanto está quente.

- Aqui é muito grande, Sr. Coronel? - pergunta a Sophia.

- Não. - fala ele depois de terminar seu café. - Vamos primeiro visitar seus aposentos.

Entramos no elevador novamente. Vamos ao quinto andar.

- Serão dois quartos. Um ficará para as garotas e o outro ficará para os garotos. Cada um tem um banheiro. Creio que não irão ficar muito tempo aqui, então se divirtam o quanto podem. - Ironiza.

Depois do tour pela base, vou ao quarto onde ficarei. Deito na cama, começo a pensar e logo estou dormindo.

Acordo com alguém me chamando. É o Akira.

- Bernard, o Coronel quer nos ver. Ele vai explicar os detalhes sobre nossa missão.

- Estarei logo atrás de você, Akira.

Vou ao banheiro e, em seguida, desço para o quarto andar. Encontro todos reunidos.

- Atrasado. Sente-se e escute. - fala o Coronel.




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