Prólogo

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Meu Deus esse sorriso é matador.

O Thor é totalmente o tipo de cara que uma garota deve procurar pra se divertir. Ele é lindo, gostoso, bom de papo, engraçado e toda vez que ele sorri eu me derreto um pouco mais.

Nós nos conhecemos na festa de aniversário da minha vizinha Perséfone, que é a irmã caçula dele. Ela é a coisa mais linda dessa vida. Eu amo tanto aquela coisinha fofa. Sempre quis ter uma família pra mim e espero um dia ter uma filha tão maravilhosa quanto a Pê.

Meus pais morreram a 6 anos, quando eu tinha 18 anos e minha irmã tinha 10. Eu os tive por toda minha infância e adolescência, eles eram incríveis e me ensinaram tanto... eu só fico triste pela Malu não ter conhecido eles tão bem. Eu tive que ser mãe, pai, irmã e amiga da Malu desde então. Nossa vó Nina nos ajudou nos primeiros anos mas depois ela se casou com um velho amigo da época da escola e ficamos só nós duas.

Nessa época eu já tinha acabado a faculdade e tinha conseguido meu primeiro emprego no Hospital Central. Junto com o dinheiro da pensão dos nossos pais eu e a Malu fomos nos virando ao longo dos anos e nunca nos faltou nada. Ela é a pessoa mais importante da minha vida, nada nem ninguém vai mudar isso.

Mas eu estou perdendo o foco aqui. Quando você está com o Thor não há como ter outro foco, o homem rouba a cena.

- Sabe, eu acho muito pretensioso da sua parte chamar minha irmã de cunhada - falo e dou um gole na minha cerveja.

- Hey, eu falei por causa dela e do meu irmão - ok, ele conseguiu me deixar envergonhada agora - Não precisa ficar vermelha. O Eros é louco pela sua irmã e acho que os maiores problemas deles vão estar relacionados a isso.

- Eu concordo plenamente. Mas eles são muito novos, isso não vai dar em nada sério...

- Eu discordo - ele fala olhando no fundo dos meus olhos - Quando você encontra a pessoa certa é isso e pronto, não tem volta. Se eles se gostarem de verdade isso não vai acabar junto com a escola.

- Eu sou mais cética sobre isso garoto grande - eu tento sorrir pra ele - A vida sempre dá um jeito de acabar com as coisas boas.

- Espero que um dia eu consiga te fazer mudar de ideia sobre isso... - ele bebe um gole de sua cerveja enquanto me olha - Que tal uma dança agora?

- Ok.

A gente ta num bar com música ao vivo muito simpático. Até que pra um garoto tão grande e todo tatuado o Thor é um ótimo dançarino. Ele tem esse dom de fazer as pessoas ao seu redor se sentirem seguras e confortáveis.

E Jesus, que cara cheiroso. Nisso o mala do Rafa tem toda razão, não a nada melhor na vida que um cara cheiroso. Ele começa a dar suaves beijos no meu pescoço e eu já me derreto toda.

Nós dois sabíamos como essa noite ia terminar quando ele me chamou pra sair, e eu estou muito bem com isso. Eu não tinha tempo para relacionamentos depois que meus pais morreram mas uma garota tem que se divertir.

Eu não vou entrar em detalhes sobre como essa noite acabou, até porque eu sou uma dama...

Mas eu posso dizer que nós fizemos sexo no banheiro do bar, o que me tira da categoria 'dama' que eu me coloquei antes.

E teve outra rodada no carro.

E bom, nós também fizemos no sofá da minha casa como um tipo de saideira.

Mas resumindo, foi uma noite memorável e muito divertida.

E era isso que eu queria do Thor: diversão.

THOROnde as histórias ganham vida. Descobre agora