Atirei-me para o meu carro, pegando as chaves do porta-copo e apenas esperando a partida do motor antes de colocar o carro em marcha à ré e saindo da minha garagem. O parque não ficava muito longe, mas eu não sabia quanto tempo tinha passado desde que Zayn tinha deixado Harry.

Esse tal Victor já poderia estar com ele...

Bati meu punho contra o volante enquanto dirigia perigosamente rápido, desviando para a pista oposta para passar dos carros lentos. Assim que cheguei ao parque, estacionei de qualquer maneira e arranquei as chaves da ignição. Eu tropecei para fora do carro, e corri. No entanto, uma visão aterrorizadora me parou.

Uma pessoa com um casaco cinza e um gorro marrom estava subindo num carro prata. O pavor passou por mim, “Harry não!”

Mas como eu comecei a correr, o carro foi embora com o menino de gorro bronzeado dentro dele. Ele acelerou pela rua mais movimentada e desapareceu no tráfego. Eu tropecei para a entrada do parque, meus joelhos enfraquecendo.

O carro tinha levado o meu gatinho.

O menino que estava sempre sorrindo e era completamente inocente. O menino que não podia me ver estressado, triste ou magoado, e o menino que faria qualquer coisa ao seu alcance para me animar. O menino que tinha abruptamente entrado na minha vida, mas o menino que eu prometi que nunca deixaria...  Prometi que nunca iria deixar ninguém levá-lo.

O garoto que eu venho amado com todo meu coração. E agora ele se foi, e o menino tinha tomado meu coração e agora o quebrado.

Eu caí de joelhos, apertando meu rosto em minhas mãos. O cara chamado Victor, tinha o meu menino gatinho, e o que iriam fazer com ele? Algo horrível, sem dúvida, algo que iria lhe render milhões de dólares. Não foi como quando o Dr. Shell levou o garoto.

Harry não ia voltar para um lugar que conhecia, um lugar onde eu pouco sabia o que iria acontecer. Ele estava indo para estranhos, e não havia nenhuma maneira que eu possa ser capaz de tê-lo de volta.

“L-Louis?” uma voz familiar, confusa, chiou.

Minha cabeça se levantou e virei para ver Harry, meu gatinho, de pé na entrada do parque.

“Gatinho!” Exclamei, levantando e me lançando para ele.

Eu puxei o garoto, que deu um pequeno grito, em meus braços e enterrei meu rosto no topo de sua cabeça com o gorro, um soluço abafado de alívio escapando dos meus lábios.

“Louis?” Harry repetiu, se contorcendo em meus braços na tentativa de se soltar. Ele conseguiu pegar um vislumbre do meu rosto antes que eu pudesse puxá-lo de volta para os meus braços. Isso só deixou o menino em histeria. “Louis! Louis! P-por que você e-está chorando?”

Eu não tinha exatamente consciência disso, mas as lágrimas estavam escorrendo dos meus olhos e banhando meu rosto, “Eu pensei... Eu pensei que-”

“Não c-chore!” Harry pediu e me abraçou com força, parecendo prestes a chorar também. “P-por que Louis está chorando?”

Minhas mãos agarraram na sua camisa: “Eu pensei que você tinha ido com o tal Victor. Achei que você tinha me deixado.”

“M-mas...” Harry bufou. “Louis não precisa de dinheiro?”

“Por favor, gatinho.” Tomei um grande fôlego e o soltei para que eu pudesse olhar para seus grandes olhos verdes. “Você precisa entender. Eu não quero o dinheiro de ninguém. Eu não quero isso, apenas quero o meu gatinho. Quero mantê-lo comigo.”

Harry limpou suavemente uma lágrima do meu rosto com uma careta e me deu um de seus famosos beijos desajeitados. Puxei-o de volta para os meus braços com um estremecimento, “Esqueça Victor, vamos para casa.”

“Ok,” Harry sussurrou. “H-Harry está a-arrependido... L-Louis está b-bravo?”

“Não”, suspirei. “Eu não estou bravo.”

“Triste?” ele chiou.

“Não mais,” eu assegurei a ele. “Vamos, gatinho.”

“Mas...” Harry disse, hesitante, me impedindo de puxá-lo para o carro. “Victor s-sabe onde H-Harry mora... E sabe q-que Harry é real.”

Meus olhos se arregalaram. Era verdade. Victor tinha recebido uma confirmação de que Harry existe, pelo próprio Harry. Eu teria que encontrar um lugar mais seguro. Pelo menos até que Victor encontrasse uma maneira mais fácil de ganhar dinheiro. Foi então que decidi que ia visitar a minha mãe por uma semana ou algo assim.

Levaria Liam e Niall, também, porque eu tinha certeza de que Victor também sabia que Niall existia, se foi o Dr. Shell ou quem quer que o informou sobre Harry. “Nós estamos indo visitar minha mãe, gatinho, ok?”

Eu puxei o menino para o meu carro, empurrando-o suavemente para o lado do passageiro antes de correr para o lado do motorista. Eu queria ficar longe do parque o mais rápido possível.

Harry pegou minha mão no momento em que estava sentado, “H-Harry está m-muito arrependido... Ele s-só queria a-ajudar.”

“Está tudo bem, gatinho.” disse a ele suavemente, apertando sua mão e enxugando meus olhos úmidos. “Você não sabia.”

“Harry ama Louis”, ele esticou o braço com a mão que não segurava a minha e me deu um tapinha.

“E eu te amo, gatinho. Vamos levá-lo de volta para casa e fazer as malas. Você já comeu alguma coisa hoje?”

Uniquely Perfect ~ Portuguese Version [Book 1]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora