Volk e Edgan

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–Não quelo! –Gritou um lobinho correndo nu pela a casa. Ele tinha cabelos ruivos, pele morena, rabo e orelhas de lobo de coloração negra. O jovem parou de correr ao perceber que o seu "perseguidor" já não estava atrás de si –Ufa... –Suspirou, já tinha um olhar triunfante no rosto.

– Te peguei! –Falou o coelho mais velho pegando o filhote por trás, tinha dado volta na casa e entrando pela a cozinha para pegar seu filho de surpresa, não tinha que baixar a guarda, sabia como aquele pequeno podia ser difícil.

–Não! Papa! Eu não quelo! –Tentou espernear para escapar- A água é molhada!

–Lógico que a água é molhada! Ela nunca vai deixar de ser molhada!

–Mas...Mas...- O filhote faz carinha fofa, último recurso para escapar.

–Isso pode funcionar para o seu pai...Mas não comigo! E não tente escapar de novo! Seu papa não tem condições de ficar correndo atrás de você! –Falando isso apontou para a grande barriga indicando os últimos estágios de gravidez –Você quer me ver dodói?

–N-não...Não quelo...- As orelhas de lobo se abaixaram e a cauda ficou entre as pernas, sinalizando a culpa que o filhote sentia.

–Vai prometer se comportar e tomar banho?

– Vou...- Disse o menor.

O coelho ruivo suspirou aliviado, correr atrás do filho gravido não era fácil. Estavam naquele pega-pega já fazia uma hora!

"Ele puxou ao Volk! Só pode! Eu não era tão rebelde assim!" Pensou Edgan enquanto guiava o filhote de 2 anos e meio para o banheiro onde tinha uma grande banheira feita de madeira cheia de água.

–Entre na banheira, Aubert! –Mandou Edgan, o lobinho subiu e entrou na banheira, choramingando.

–Flia! Flia!

–Lógico que está fria! Eu tinha esquentado a água, mas um certo lobinho escapou e agora ela esfrio! – Reclamou Edgan começando a lavar o filho. Logo a água ficou de coloração marrom, indicando a sujeira advindo do filhote –Viu como você está sujo? Ficar rolando na lama do jardim... E para que?

–Mas é diveltido! –Falou o lobinho –Eu estava tleinando!

–Treinando? Para que? –Edgna não pode conter um sorriso se formar em seus lábios, seu filho podia ser muito danado, sempre se metendo em confusão, voltando sujo para casa... Mas ele o amava tanto. O coelho ruivo tinha se acostumado a não ter família, afinal como órfão e tratado de forma inferior por seus parentes não tinha noção do que era um lar... Mas agora sabia, ter alguém para cuidar, se preocupar... Ter alegrias e raivas... Aquela rotina diária, para ele tinha se tornado algo perfeito! Muito melhor do que imaginava a 3 anos atrás, na qual sonhava com a liberdade das terras além das florestas e do domínio do território dos coelhos. O que realmente procurava estava ali mesmo...Um lar.

–Quelo ser um caçadol! – Disse o menor sério –Pai disse que... Sendo folte vou conquistar muitos coelhos...

Edgan paralisou seus movimentos com aquela afirmação.

–Volk...Disse isso?- Tentou controlar a sua irritação. "O que Volk estava ensinado ao nosso filho?! Ele só tem 2 anos!" pensou.

–Aham! –Sorriu o menor contente, rabinho balançando para os lados –Mas...mas eu só quelo ser folte pala mostlar ao Erwin!

–Erwin? – Riu o coelho mais velho lavando os cabelos ruivos do menor –Por que quer mostrar que é forte para ele?

–Ele semple diz que é folte! Mas vive se machucando! Eu quelo plotege-lo! –Falou o menor fazendo biquinho. Edgan sorriu acariciando o rosto do filho, Erwin, filho de Alam, se tornara o melhor amigo de Aubert, afinal tinham quase a mesma idade e eram vizinhos... Os dois se tornaram inseparáveis, era muito fofo ver a interação entre os dois filhotes, quem sabe no futuro essa amizade desenvolvesse em algo mais?

Meu querido coelho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora