CAPÍTULO 57: ANIVERSÁRIO E LUGAR SURPRESA

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Quando voltei para o meu quarto escrevi uma mensagem dizendo que precisava conversar com o Alexander pessoalmente. Não podia ficar com uma pessoa que não amava, eu até sentia atração por ele, mas era só isso, além disso, não estávamos exatamente juntos, mas eu tinha aceitado ficar do lado dele e precisava de alguma forma resolver isso. Não achava que aquilo que sentia poderia se transformar em amor. Ele tinha feito muito pela gente e até me ajudou supostamente em vidas passadas, mas não poderia ficar insistindo mais nisso. Ele teria que entender, ficar com ele pensando em outro era errado. Então era melhor para todos assim.

Acordei cedo e tomei o café da manhã, meu pai ainda estava chateado assim como a minha mãe, então decidi não falar nada. Agora podia ficar despreocupada já que o Neythan falou que talvez o Alam estivesse bem.

— Estávamos pensando em fazer uma festa de aniversario para você, só que mudamos de ideia. Você não merece, isso pelo ocorrido da moto. — disse meu pai

— Sinto muito se decepcionei vocês, mas mesmo assim não iria querer uma festa de aniversario. O Alam não está aqui.

— Ele não esteve em seu aniversario do ano passado. — Disse minha mãe encarando-me

— Isso porque eu achei que ele estivesse chateado e também ele nem pôde ir. Agora é diferente porque ele está sumido.

— Você quis dizer morto? — Disse minha mãe

Ela manteve o olhar no meu, como se eu tivesse dificuldade em aceitar a realidade, como se eu estivesse me tornando uma louca por pensar coisas impossíveis tipo a possibilidade de o Alam estar vivo.

Preferi não insistir no assunto, tinha até esquecido que era meu aniversario, mas isso não iria fazer diferença. Peguei a minha mochila e fiquei esperando já que daquele dia em diante meu pai me levaria para a escola e na saída seria a mesma coisa.

Quando cheguei meus pais foram para o trabalho e fiquei em casa estudando, um tempo depois o Alexander chegou, Mas obviamente ele já devia saber do que eu iria falar. Percebi isso pelo olhar dele.

— Acho... que... já estava na hora.

Ele arqueou uma sobrancelha

— Não tenho tanta certeza. — Respondeu ele

— Não é fácil pra mim. Mas se não tivéssemos insistido desde o começo isso não teria acontecido. A culpa também é minha.

— Se não tivéssemos insistido, você não estaria aqui. — Ele manteve o olhar no meu, sem ao menos oscilar, eu não sabia se ele fazia isso para me constranger ou para me fazer ceder, mas eu tinha que ser forte.

Eu sabia o que ele quis dizer com aquilo.

— Eu sinto muito por isso, só que... A única coisa que sinto por você é... Só atração. Não acho que isso possa virar amor.

— E acha que está apaixonada por ele? Seu vizinho?

— O que quer dizer?

— Você não sabe a metade do passado dele. Não sabe o que ele fez, não sabe a história dele com a outra, não sabe o porquê aquele... — ele parou como se estivesse tentando lembrar alguma coisa — Lionel. Isso! Lionel está querendo machucar você por causa dele. Não sabe praticamente nada sobre o Neythan.

— Claro que eu sei. E mesmo que ele oculte parte da história, isso não tem importância. Eu aposto que tem mais coisas sobre você que eu não sei.

— Está fazendo a escolha errada.

— Não! Não estou. Porque não dá uma chance para... Para a Ambre? Ela gosta de você. E por isso que vive implicando comigo. Ela te ama. Vale a pena tentar.

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