Prólogo ; Por Juliette

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Meu pai não costuma falar sobre a minha mãe. Ele diz apenas que ela partiu. A única coisa que sei é que não foi o céu o destino de sua partida. O que a levou a partir, pouco tempo após o meu nascimento, sempre havia sido uma incógnita para mim.
As freiras do meu colégio diziam que algumas mulheres apenas deixam seu instinto maternal aflorar tarde demais. Já eu nunca soube o que pensar sobre isso, apenas me conformei.

Entretanto, não pensem que me tornei alguém infeliz por causa disso. Nunca me faltou nada.

Meu pai me pôs no colégio interno quando eu era ainda bem pequena, sempre foi um homem muito ocupado e não tinha tempo para cuidar de mim. Isso nunca foi um problema, ele ia me buscar em todos os feriados possíveis, eu passava as minhas férias inteiras com ele, era o bastante.

E ainda assim quando eu voltava para o internato, sentia que uma parte de mim havia morrido. Não apenas de saudades do meu pai, e sim de ficar trancafiada de novo. Ninguém entende o quanto dói sentir o gosto da liberdade e depois só voltar a sentir a mesma sensação após meses. Quando eu era criança, era uma completa tortura. Nunca me acostumei com a sensação, mas ela apaziguou com o tempo.

Quando descobri que havia sido aceita em Yale foi como se minha vida finalmente fizesse sentido. Yale ficava em Connecticut, que era perto de Nova York, onde meu pai mora. O que poderia ser mais perfeito?

Eu não conseguia pensar em mais nada.

Cometi um erro grave. Não se deve fazer planos. Eu os fiz - Esperava ser uma menina típica de universidade. Alguém que estudasse e saísse para comer pizza nos finais de semana.

Eu fui completamente ingênua.

Assim que Jace colocou seus olhos sobre mim, não teve como correr ou me esconder.

Ele foi completamente implacável, sabia que eu seria dele, independente do que aquilo poderia nos causar.

Tão obcecado e implacável.
Meu defeito foi me apaixonar por ele.

O Homem Que Me AmaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora