CAPÍTULO 34: AMBRE NOVAMENTE

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Eu estava com medo de pensar naquele assunto.

Fui até a casa da Alycia e as garotas já estavam esperando lá. Eu tinha atrasado um pouco por causa dos pensamentos sobre Ambre e Neythan juntos, ele nunca tinha me contado que tinha algum tipo de relação com ela. Não que eu tivesse perguntado, mas era a Ambre. Uma das suspeitas de ter tentado me matar, se bem que eu não acreditava sem por cento nisso, mas isso não eliminava o fato de que era ela. Eu estava com raiva e com medo do que poderia descobrir.

— Você demorou. — Disse Maya

— Me desculpe, eu... — comecei, mas parei, não sabia como explicar.

— Já sei! Nem precisa dizer.— Falou Alycia.

Dei de ombros, parecia que isso estava meio obvio.

Elas também sabiam que as coisas entre eu e o Neythan estavam basicamente dizendo; uma bagunça.

— A Ambre estava falando com ele lá no Hotel. Ele nunca me disse que a conhecia. Apenas a mencionou hoje, perguntando se eu conhecia.

— Você acha que...

— Não! Tenho quase certeza que a Ambre não é o tipo dele. — Falei, mas na verdade estava meio insegura.

— Se for, o relacionamento de vocês está em perigo — Disse Maya

— Prefiro pensar que não é. Se é que pode chamar isso de relacionamento. Mas mudando de assunto, aonde a gente vai? Eu estou tentando não ficar pensando nos dois, isso está me deixando louca. Ou no caso, mais louca. Ainda estou tentando adivinhar meu estado atual.

— Tarde sem garotos — Disse Maya abrindo um enorme sorriso.

— Acho que por hoje é melhor assim. Cadê a Roberta?

— Já era para ela estar aqui. Está atrasada que nem você. — Falou Alycia, passando uma mão pelo cabelo.

Ficamos alguns minutos esperando a Roberta chegar e depois saímos. Eu e as garotas aproveitaríamos a noite para nos distrair, se bem que, algumas delas pretendiam fazer compras ou coisas assim, a única coisa que eu queria fazer era esquecer aquela cena do Neythan e Ambre e perguntar diretamente à ele sobre aquela ligação, eu não iria me esquecer disso.

Cheguei ao hotel quase à noite e o Neythan estava lá, sentado na cama. Como ele tinha conseguido entrar? Que eu me lembrasse, tinha trancado a porta do quarto.

— Oi — Disse ele

Ele estava com uma expressão normal, não parecia com raiva, ou sério demais ou qualquer coisa do gênero. Como se ele nunca tivesse saído daquele quarto sem me explicar o motivo da ligação ter caído no celular dele.

— Olá — Falei brevemente

Queria ter tentado disfarçar o quanto estava chateada com aquela situação, o quanto queria explicações para as ações dele e o quanto queria que ele sentasse e conversasse comigo descentemente, mas não falei nada. Só conseguia agir de maneira seca, como se estivesse com ciúmes ou algo do gênero.

— Onde você estava? — Perguntou ele, avaliando-me.

Seu olhar percorreu meu corpo de cima até em baixo, eu tentei não ficar constrangida e muito menos corar, — não que isso fosse alguma coisa que eu conseguisse controlar — isso significava que ele tinha desarmado todas as minhas defesas, então não me deixaria ser levada por aquele olhar lindo e hipnotizante.

— Por ai. — Falei, colocando o celular em cima da cômoda.

— Por ai tem um nome? — perguntou ele com uma sobrancelha arqueada.

— Vários! Se é que isso importa pra você.

— Ah! Na verdade eu já sei. — Ele falou sorrindo.

— E a Ambre? — perguntei. E ele levantou-se me observando.

Parecia que não tinha entendido a pergunta, mas a meu ver, ele apenas estava se fazendo de bobo.

— O que tem ela?

— Achei que fosse me contar.

— Contar o que?

Dei de ombros, indignada, cruzando os braços.

— Como assim o que? Muitas coisas. Primeiramente por que chegou tenso aqui aquele dia, depois por que a ligação caiu no seu celular e depois por que estava conversando com a Ambre na entrada do hotel? Nunca me disse que a conhecia. Eu fui à única ou você também percebeu que desde que a gente começou a ficarmos juntos as coisas começaram a ficar... Tensas?

— Ela...

— Desculpa estar falando tanto. Eu não queria, preferia as coisas como eram antes.

— Eu estou tentando descobrir uma coisa e quando descobrir você vai ser a primeira a saber.

— Por que a Ambre? Por que novamente ela? Perguntou-me se eu a conhecia e depois estava falando com ela.

— Ela tem mais relação nesta história do que você imagina.

— O que? A Ambre? Sério? Pode explicar melhor?

Eu já desconfiava que a Ambre pudesse ter alguma relação com alguma coisa, mas no fundo duvidava. Ela parecia ser só o tipo problemática de patricinha que queria atenção, mas eu não a conhecia bem, então não poderia julgá-la.


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