A maior duvida...

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Tony

Saímos do hospital e demos de cara com minha mãe. Ao me ver de mãos dadas com Jesper sua reprovação foi inegável. a forma como nos olhou me sentir algo que nunca senti por ela: raiva.

- Vamos amor. Você tem que descansar. - Jesper me olha, não percebendo o q se passava.

- Vão na frente. Quero conversar com minha mãe a sós. - todos me olham surpresos e antes que reprovassem os interrompi. - por favor. Preciso conversar com ela.- me despeço de todos e dou um beijo em Jesper- vamos mãe. Temos uma longa conversa não acha?- ela apenas concorda com a cabeça e vamos em direção ao carro em silencio. Durante o caminho não trocamos nem uma palavra, como o hospital ficava um pouco distante demoramos a chegar. Ela dirigia com olhar fixo no transito. Então decidi quebrar o silencio. Por que você não aceita? Tem vergonha de ter um filho gay?- ela continuava calada- Mãe, não teremos uma conversa se um de nos ficar mudo. Responde-me. Qual o motivo de você não aceitar minha sexualidade?

-Me desculpa.!- ditas essas palavras ela começa a chorar. As portas se travaram. Comecei a me assustar. - me desculpa! eu te amo.- ela diz com os olhos cheios de lágrimas. Sinto um grande impacto, o barulho faz minha cabeça doer mais. Tudo esta girando. Paramos de cabeça para baixo e percebo o que aconteceu. O carro derrapou e saiu da estrada, batemos no meio fio de alguma calcada e o veiculo capota. Olho para o lado tonto e com minha visão turva. Minha mãe estava desacordada, com o rosto sangrando e vários ferimentos no rosto. Escuto alguém gritar por ajuda, tento virar o rosto mais não consigo. Todo meu corpo doía. Escuto uma ultima coisa antes de apagar por completo.

- Alguém ajuda. Tem duas pessoas no carro.

Jesper

Depois de nos despedirmos de Tony, fomos direto para minha casa. O sr Eduardo foi conosco para esperar Tony. Depois de alguns minutos dentro do carro minha visão começa a se desfocar e desmaio. Acordo ja em meu quarto gritando por Tony, assustado e suando muito. Seu pai e minha irmã são os primeiros a entrar no quarto. Amanda me abraça e choro em seus braços.

- O que aconteceu? Tony já chegou?- pergunto saindo de seus braços e os encarando.

- Você desmaiou no caminho para casa- Amanda parecia estar me escondendo algo. -Tony não chegou ainda...

- Vamos lá buscá-lo agora. - digo me levantando da cama mais sou segurado por Amanda. - por que me segurou?- olho em seu rosto e depois para Eduardo, que estava sentado na cama com as mãos no rosto e os cotovelos apoiados nos joelhos. - O que estão escondendo de mim? o que aconteceu com Tony?- Comecei a me desesperar e lágrimas já caiam de meu rosto. - se aquela mulher tiver feito alguma coisa a ele eu a mato. Amanda Eduardo, fale logo cadê meu namorado?-perguntei já gritando de desespero. Amanda se levanta e me abraça

- o carro da Denise derrapou na rua e capotou... - n deixei que terminassem e sai correndo do quarto, não sabia para onde ia apenas ficava pensando que era mentira, que ele estava bem e eles só queriam me fazer de idiota. Cheguei no portão e comecei a correr com lágrimas nos olhos Amanda e Eduardo gritavam por mim.

Erick

Não agüento mais a insistência de Fred para voltarmos. Mais como posso voltar com a pessoa que mentiu para mim e me traiu. O pior e que ninguém me contou, eu mesmo o vi beijando outro. Eu estou destruído, o cara que amo não sabe o que sinto e esta com outro, meu namorado me trai e tem a cara de pau de falar que foi sem querer. Não sei o que faço. Gosto muito do Tony para atrapalhar seu namoro. Me sentiria péssimo se eles terminassem por minha culpa, mais me sinto mau por não tê-lo para mim e ver os dois se abraçando. Estou em meu quarto deitado remoendo meus sentimentos não correspondidos e lixando esse chifre após uma discussão com Fred. Quase dormindo escuto meu celular tocar e atendo sem ver quem era.

Entre Sorrisos e Lágrimas (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora