1.1 || 'Deus, como eu a quero na minha cama'

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Ashton's pov

- Eu não gosto de taradas. – Retorqui. – E se me permites eu vou trabalhar, porque isto é uma loja e não um bordel.

***

- Não me chames isso. Tu sabes que queres. – Ela continuou a insistir. Maldita a hora que este desperdício de pele e beleza foi parido. – Não vais falar? Okay. – A Edith questionou, mas eu não respondi. – Eu também não falo mais. – Finalmente a cabra nojenta que trabalha comigo decidiu calar-se.

Agora posso insultá-la na minha mente em paz.

[...] 06:00pm

O silêncio foi a melhor forma de aturar a Edith durante o resto da tarde, o que não foi difícil pois ela cumpriu com o que disse e não falou mais. Ela falou, mas era tudo a cerca de trabalho e nada das calamidades às quais estou habituado a ouvir daquela boca.

- Vou-me embora. Já são seis. – Disse e desapareci até ao cubículo sem lhe dar tempo de responder. Peguei nas minhas coisas e aprontei-me para sair. Voltei à dita loja e encontrei Edith a mordiscar um lápis enquanto olhava para o ecrã do computador de serviço. Assim quase parece uma rapariga decente. – Adeus.

- Vais já? – Ela focou-me rapidamente e eu acenei afirmativamente com a cabeça. – Okay.

- Importas-te de fechar? – Perguntei e ela negou. Fiz o meu caminho até à porta mas entretanto virei-me para a Edith que me havia chamado.

- Bom rabo. – Ela piscou o olho e entrou no cubículo onde eu tinha estado anteriormente. Rolei os olhos e continuei o meu trajeto até carro.

Sentei-me no lugar de condutor e coloquei os meus pertences no banco ao lado. Antes de ligar o veículo verifiquei o meu telemóvel que se encontrava sem nenhuma notificação. Pensei que a Leila me tivesse mandado mensagem, mas não tinha nada.

Conduzi até à minha casa. Na verdade é um pouco estranho eu ter apenas 18 anos e morar sozinho, mas sim, é a realidade. Decidi alugar uma casa e vir viver à minha responsabilidade quando acabei a escola. O meu pai encorajou todo o processo, e apesar de já não viver com ele, gosta de me dar uma quantia de dinheiro que normalmente vai para alguma despesa da casa.

Eu gosto de viver sozinho. Não tenho obrigação de meter a mesa todos os dias, ou de fazer a minha cama. Muitas das vezes não janto e durmo no sofá, algo que não aconteceria se eu vivesse com o meu pai e com a minha irmãzinha.

A Lauren tem oito anos e eu acho que ela iria gostar de conhecer a Alexis, a prima da Leila. Felizmente, quando a minha mãe faleceu ela tinha apenas dois anos e é incapaz de ter alguma memória associada à dor e sofrimento que passaram por nós. Contudo sabe que não tem uma pessoa à qual chamar de mãe e também sabe a razão de tal coisa.

Entrei no prédio, apanhei o elevador até ao sexto andar e dirigi-me para a minha doce casa. Larguei a minha mala no pequeno hall de entrada e fui devorar o pacote de bolachas que deixara no balcão da cozinha hoje de manhã.

Quando cheguei à sala liguei a televisão e pus-me a ver 'Family Guy' e a rir. O meu telemóvel vibrou e eu estava na esperança de ser uma mensagem da Leila. Quando desbloqueei o ecrã a minha esperança caiu.

Calum: Hi :) Que fazes na sexta à noite?

Eu: Olá. Estava a pensar convidar a Leila para ir ao cinema ou assim.

Calum: Ugh. És uma seca. Eu queria ir sair a um bar ou qualquer cena.

Eu: Pois. Fica para a próxima, então.

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