Capítulo Sete

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O restante da semana foi faculdade, casa e Wellington as sete e meia da manhã esperando café para irmos trabalhar, a presença dele em casa estava cada vez mais frequente, meu pai e ele até combinaram de fazer um churrasco um dia desses, estamos muito próximos, ainda não tive coragem de contar sobre Alberto, mas acho que ele esqueceu pois não me perguntou mais.

Hoje é quinta-feira tirei o dia de folga para sair com as minhas amigas, combinamos de ir no cinema a tarde e depois ir comprar roupas para o show de amanhã, pior que temos tanta coisa para fazer antes de pegar o ônibus para a faculdade que precisei levantar cedo da mesma forma.

Acordei as sete e quarenta mais ou menos, papai dormia o que não era comum, fui para a cozinha, coloquei a minha chaleira rosa no fogo com água e comecei a colocar a mesa para mim e papai tomarmos café.

Ele levantou e esfregando os olhos me deu um sorriso.

-Não acredito que perdi a hora, por sorte você não vai trabalhar hoje. -Fala e se senta à mesa.

-Não se preocupe fiz nosso café, e você sabe que não precisa levantar cedo fazer café para mim, pode continuar dormindo. -Digo e coloco duas torradas frescas em seu prato.

-Você sabe que gosto de fazer isso para você, e acredita que já me acostumei com a presença de Wellington, está me fazendo falta aquele grandão fazendo as piadas do café.

-Aí pai só você. -Digo e me sento com a minha xicara de café.

-Rafa, eu até pensei que vocês seriam um casal, ou que estivessem algum rolo, afinal o que vocês são?

-Pai somos amigos e só isso. -Digo e tomo um gole do meu café.

-Não sei não se esse rapaz quer só sua amizade viu. Fala.

-Não pai, é só meu amigo, ele não me olharia dessa forma também.

-Não sei não. Diz e muda de assunto, me deixando pensativa.

Organizei a casa no período da manhã, fiz almoço e deixei para papai, estava sem fome, Ana pegou o carro da mãe emprestado e como é a única habilitada nos levou para o cinema, pegamos uma seção vazia e assistimos um filme bacana, saímos já era quase quatro da tarde, fomos em umas lojas de roupas, escolhi uma calça jeans lavada e uma blusa preta soltinha, comprei uma lingerie nova e uma sandália baixa, pois vamos ficar muito tempo em pé, gosto de conforto.

Voltamos para casa era pouco mais de cinco e vinte da tarde, foi uma correria pois o ônibus sai as seis, me troquei, passei um perfume, amassei meu cabelo e segui para o ponto, chego lá, minhas amigas ainda não chegaram, estavam apenas um grupo de mulheres, dois rapazes que estudam história em outra faculdade e Alberto que chegou e está vindo em minha direção.

-Oi como você está? -Me pergunta e eu não consigo encara-lo.

-Estou bem e você? -Tento ser educada.

-Estou na medida do possível, sinto sua falta! -Me olha nos olhos nesse momento.

-Você tem namorada Alberto, a respeite. Digo inconformada por este imbecil ainda mexer comigo, mesmo depois de tanto tempo.

-Eu não consigo te esquecer Rafaela, custa me olhar?

Olho para ele que está se aproximando e eu empurro seu peito.

-Por favor Alberto, já colocamos um ponto final na nossa história.

-Mas. - Ele gagueja nas palavras e não consegue falar nada.

-Me liga, vamos marcar alguma coisa, a gente se divertia tanto. -Diz por fim.

-Não Alberto acabou.

Amizade colorida com a GGOnde as histórias ganham vida. Descobre agora