EPÍLOGO

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Já lá se vai um ano e alguma coisa, quase dois anos...


Levantei-me da cama e avistei-lhe a olhar para a janela. Andei até ele de cueca e sutiã, posicionei-me por de trás dele e poisei meus braços por cima dos seus ombros e logo ouvi-lhe tossir.

Anabella: Passasse alguma coisa amor? - perguntei preocupada.
Lexus: Só não consigo apreciar-te, seria bom se me ajudasses a virar para poder ver-te melhor. - Logo que falei, senti-lhe a virar a cadeira de rodas.
Anabella: Assim está melhor? - Perguntei depois de virar a cadeira dele para mim.
Lexus: Claro, agora tenho a melhor visão de sempre e até posso tocar. - Ela sentou-se no meu colo, e as minhas mãos começaram a vaguear pelo seu corpo. Passando pelos lábios, seios, barriga até descobrirem um  sítio melhor para estarem. A minha boca foi ao encontro da sua para um beijo quente e apaixonado de ''Bom dia''. Mal começamos e já tinha alguém a bater a merda da porta, odeio essa porra dessa casa!

- CHEFE! Temos problemas. - Soou uma voz rouca por de trás da porta do nosso quarto.
- Já venho. - A Anabella respondeu e levantou logo do meu colo, vestindo umas calças que marcavam o seu rabo e uma camisa larga. Amarrou o cabelo e colocou uma arma no bolso de trás de das calças. "Porra! MINHA MULHER era a mais gostosa".

Anabella: Volto já amor. - Ela falou beijando-me.
Lexus: Tem cuidado, não esquece que os nossos filhos ainda estão na tua barriga. - Falei para ela que me deixou fazer carinho na barriga, antes de se afastar.

A verdade é que desde que aconteceu aquele acidente ou seja desde que aquele filho da puta tentou mata-la e eu não deixei, e acabei levando o tiro na conta da Anabella, tudo mudou.

Eu acabei numa cadeira de rodas, era isso ou morrer, mas eu tenho feito fisioterapia posso vir a andar a qualquer momento, minha fisioterapia é a mais intensiva possível, porque quero andar o mais rápido possível. Mas eu já dou passos largos, e faço um monte de coisas, ás vezes ando de muletas. 

Eu continuo a ser o chefe da Máfia, mas desde que fiquei aqui nessa porra de cadeira de rodas, fui substituído pela minha amada mulher, que cuida da gestão do dinheiro, dos recursos e ainda fecha negócios.

A casa foi extremamente adaptada para que eu ande nela sem problemas. A Anabella mandou colocar elevadores, portas de aço, abrir salas secretas e muito mais, parece até a casa do presidente, mas é só o nosso humilde lar de amor. Agora eu só me preocupo por ela estar grávida e ter de lidar com bandidos, investidas e o caralho.

A porta do quarto é aberta e vejo um pirralho invadir meu quarto para saltar na minha cama. Era o meu afilhado, o Tayel  atrás dele vinha o Abel.

Abel: Hey, estás bem?
Lexus: Sempre e você?
Abel: Óptimo.
Lexus: Porquê que esse pirralho não está com a mãe dele?
Abel: Porque a mãe dele saiu com a tua mulher, então ele ficou com o pai dele. Você não vai entender, não é pai ainda. - A Tay e a Anabella agora eram as responsáveis por quase tudo, o Abel só precisava ver se o que elas estavam a fazer era o certo e nada mais. O certo é que já não haviam segredos entre os casais. A Tay era responsável por nos defender em tribunais, averiguar os contratos e tudo mais que envolve-se os serviços jurídicos. A verdade é que nós casamos com as melhores mulheres do mundo e não havia nada que pagasse aquilo.
Lexus: Meu querido, de filhos eu entendo melhor que tu, mesmo numa cadeira de rodas marquei dois golos de uma só vez. 
Abel: Agora queres me ensinar como se fazem filhos?
Lexus: Não ensino, dou a receita prontinha. 

Meu telefone começou a tocar, pedi ao Abel para colocar no viva voz.
Tay: Alô Lexus!
Lexus: O quê que foi?
Tay: Você precisa vir ao hospital o mais rápido possível.
Lexus: Porquê?
Tay: Teus filhos estão a nascer.
Lexus: Como é que está a Anabella?
Tay: Ficará melhor se você aparecer.
Lexus: Okay.

Pega as minhas muletas agora. -  Falei para o Abel que me entregou o mais rápido.
Lexus: Tayel, vamos com o padrinho! - Ele seguiu-me, e fomos até a limusine, onde o motorista já se encontrava à espera.

Seguimos para o hospital, onde encontramos toda a família já à espera. Cumprimentei os meus sogros, tal como os pais da Tay e o Abel fez o mesmo, enquanto o Tayel corria para os braços dos avó. Também encarei o Rick que estava com a Layla sentado num dos sofás.

Uma enfermeira deslocou-se até nós e proferiu os seguintes dizeres:
A paciente Anabella Arnel gostaria de ver o seu marido. - Logo que ouvi aquilo acompanhei a enfermeira até a sala onde a Anabella se encontrava com Tay.

Anabella: Nasceram amor, olha como eles são bonitos. - Ela falou toda emocionada.
Lexus: São perfeitos como você, os herdeiros do trono amor. - Falei fazendo carinho na cabeça da Ana, que não parava de sorrir.
Tay: Já sabem como lhes vão chamar? 
Anabella: Já sim, Alexia e Lexus Jr. - Sorri para ela que deu os nomes sem me ter dito nada e ainda acabar por me surpreender.

A porta do quarto foi aberta denunciando a família toda por de trás dela com balões e outras coisas para comemorar o nascimento dos nossos pequeninos.

Tay: Quem pensou que fossemos acabar assim, né?
Anabella: Felizes e casadas com quem menos esperávamos.


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