CAPÍTULO 7: A PATRICINHA

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Entrei com muita raiva em casa e fui trocar de roupa, além de quase me matar de susto ele me ameaçava, quem ele pensava que era? Eu não tinha medo dele. E qual era o problema dele? "Nunca toque em mim", claro... Ele tinha lá seus motivos, contando que a gente nem se conhecia e havia casos também que as pessoas poderiam ter aversão a toque. Era até normal se fosse isso, mas duvidava muito que esse fosse o caso.

O dia seguinte já seria quinta-feira, outro longo e tedioso dia de aula, será que não tinha nada de interessante para se fazer nessa cidade?

No dia seguinte na escola, fiquei sentada esperando o jogo começar, seria aula de educação física e iríamos jogar vôlei, eu não gostava de aula de educação física, não era muito esportista e sempre fui muito ruim nesses tipos de coisas.

— Vamos, Mhylla. Vai ficar sentada ai? — perguntou Maya enquanto ia para o centro da quadra.

— Eu não sei jogar.

— Não custa nada tentar. A maioria aqui também não sabe. — disse Alycia sorrindo

— Vem — insistiu Maya — O jogo já vai começar.

— Se eu acertar alguém, depois não diga que não avisei. — disse levantando

Fiquei ao lado das meninas para esperar o começo do jogo até que alguém passou esbarrando em mim e me derrubando no chão. Olhei irritada para a pessoa.

— Será que dá para olhar por onde anda? — disse a garota me encarando

Dei de ombros, como assim eu olhar por onde andava? Ela que tinha esbarrado em mim.

Olhei para a garota observando-a, ela tinha os cabelos loiros e cacheados e olhos turquesa, ela ficou me olhando e depois começou a rir.

— Olha quem fala, você que devia olhar por onde anda — disse eu

— Fez de propósito — disse Alycia vindo até onde eu estava e me ajudando a levantar.

— Oh! Vai defender a novata agora? Essa burra que esbarrou em mim. — Disse a garota e as meninas em volta dela começaram a rir.

— Ah, não foi não. — protestei — Eu estava parada, você que esbarrou em mim.

— Olha aqui... — começou a garota em um tom ameaçador

— Vamos, Ambre. Temos que ganhar um jogo. — disse a outra

Ela tinha o cabelo chanel e preto, ao lado dela estava outra garota de cabelos castanhos claros amarrados em um rabo de cavalo.

— Com certeza — disse a tal Ambre jogando o cabelo e seguindo as outras duas garotas

— Ambre, Charlotte e Liana. As patricinhas da escola — explicou Maya.

Olhar aquela loira me causou certa... Repulsa, de primeira já não tinha ido com a cara dela, que falsa, mentindo na cara dura que eu tinha esbarrado nela quando a culpa tinha sido toda dela. Eu não costumava julgar as pessoas sem antes conhecê-las, mas a pessoa não precisava nem ser inteligente para saber que aquela ali, não tinha caráter.

— Podem começar — disse a professora apitando para o inicio do jogo

— Vamos acabar com essas garotas, meninas. — disse Ambre soltando um sorriso de raposa

Aquela garota conseguiu me deixar com raiva, já não me importava se acertasse alguém naquele jogo contando que fosse a loira metida, não era muito de me importar com esse tipo de pessoa, mas ela estava passando dos limites.

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