Capítulo 11 - Continuação

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— Naquele dia em que você nos viu juntos na praia, não era um encontro. Eu estava te esperando.

— Me esperando? Como assim? - Ramon estava se sentindo perdidinho na conversa.

— Na noite anterior, o Edu me ligou se passando por você e marcou um encontro comigo na praia. Eu fui. - Keylli deu uma pausa, puxou o ar e continuou. — Nos encontramos, ficamos conversando, e eu achando que aquele encontro era por acaso. Depois de um tempo, ele me disse a verdade e eu... Me revoltei, tive vontade de matar aquele cara. – explicou ressentida.

— Mas... Você não reconheceu que não era eu no telefone?

— Eu achei a voz diferente sim, mas ele conseguiu me enrolar e eu caí. - Keylli lamentou cabisbaixa.

— Tudo bem, mas o que aconteceu depois? - Ramon a encarou querendo saber o final da história.

— Depois eu voltei pra casa e te encontrei visivelmente alterado, dizendo coisa com coisa, sem nenhum interesse em escutar a verdade. - a moça se irritou ao recordar esse fato.

— Mas isso não justifica você estar com ele agora. - ele rebateu no mesmo nível de irritação.

— Eu fiquei com muita raiva de você. - Key justificou-se, continuando: — Então no dia seguinte, minha mãe me ligou dizendo que precisava pagar uma dívida de setenta mil reais ou perderíamos nossa casa. - ela disso isso com os olhos já lacrimejando. — A única saída foi aceitar uma proposta que o Edu me fez.

— Que proposta?

— Ser namorada dele durante um ano.

— Em troca de quê?

— Meio milhão de reais.

— Então você está namorando com ele por dinheiro? –Ramon franziu a testa chocado com a revelação.

— Não exatamente... Não por causa de mim. Minha família é mais importante pra mim do que eu mesma. Faria tudo por ela.

Ramon por fim a entendeu e até se comoveu com a história.

— Quer dizer que se fosse por você, não me trocaria por ele?

— Eu não te troquei por ele. Não sei se você notou, mas eu não sou como você disse... – Keylli rebateu irritada.

Ele passou a mão em seu próprio rosto e com a fisionomia arrependida, pediu: — Keylli, me perdoa? Por favor...

— Não precisa se desculpar Ramon, você já disse mesmo. – ela encolheu os ombros. — E pra ficar bem claro, eu não tinha mais nada com você quando aceitei a proposta dele.

— Isso eu entendi, mas porque ele te pagou pra ser namorada dele?

— Isso é assunto dele, não te interessa.

Uau! Ela deu um corte legal no carinha...

— Não fica assim comigo não. – pediu Ramon pegando nas mãos dela e reconhecendo: — Eu cometi um erro, fui muito injusto.

— Não esquenta, a raiva já passou. – Keylli puxou sua mão da mão dele e seguiu o caminho, andando mais rápido.

— Key! - ele deu uma corrida para alcançá-la e parou em sua frente: — Eu quero que você saiba, que eu admiro tudo em você. Cada atitude sua me surpreende, você é tão única, tão incrível... – elogiou o rapaz tentando ficar bem com a ex.

— Por que está me bajulando agora, Ramon? – ela o olhou e perguntou com menosprezo. — Acha que um dia eu vou voltar com você?

— Não é isso Keylli, estou realmente arrependido de tudo o que te disse. E também, você não tem nada sério com aquele cara.

— Engano seu. Tendo proposta ou não, acredita que eu estou sendo muito feliz com ele?

Ela disse isso num tom demasiadamente irônico. Depois, apressou o passo pra entrar no prédio e completou: — Boa noite!

Depois dessa, Ramon ficou sem graça, sem palavras. Sentiu seu coração ficar minúsculo. Se arrependeu de seu erro, e pelo que conheceu de Keylli não imaginava que seria tratado com tanta frieza pela ex. Depois disso, o que ele fez? Foi pra casa.

Após rever Ramon, Keylli comprovou o quanto estava apaixonada por ele e sentiu saudades de seus poucos instantes juntos, porém, não queria fazê-lo sofrer. Como não poderia ficar com ele no momento, mesmo sentindo um aperto no coração, preferiu deixá-lo ir, com uma imensa vontade de pedir que ficasse. 

Na manhã do dia seguinte, na casa de Giovanne...

Lá estavam ele e Edu de óculos escuros, batendo papo como sempre, tomando Sol à beira da piscina. Isso que é vida boa né gente? Ter dinheiro pra gastar a qualquer hora, sem precisar trabalhar.

Giovanne, bem humorado como de costume, nunca perdia uma chance de zoar o melhor amigo.

— E aí, como andam as coisas com a primeira namorada? Tá sabendo namorar ou precisa de uma mãozinha?

— É um horror essa ideia de ter compromisso sério.

Eles riram, e Edu comentou: — O namoro estava tranquilo, se não fosse por ontem à noite.

— O que houve?

— O tal de Ramon, o ex-namorado da Keylli, apareceu e eles foram embora juntos.

— E o que tem demais nisso? - Giovanne bebeu um pouco do suco que estava ao seu lado.

— Giovanne, se liga! Ela agora é minha namorada. - Edu esbravejou.

— De fachada. Nada é de verdade. Não vejo problemas nisso, a não ser que você esteja com ciúmes. – palpitou não dando à mínima.

— Claro que não! – o playboy negou com a cabeça. — Eu só não quero bancar o corno. Se alguém tem que colocar chifres, que seja eu.

— É você está certo. - Giovanne analisou a situação. — Então coloca um chifre nela primeiro. – aconselhou dando a maior força.

— Não sei com qual garota, já foi quase impossível encontrar essa.

— Ganhou um problemão. Mas isso é contornável, faça ela te amar.

— Impossível! Acho que ela me odeia.

— Esquece isso, seu problema maior é fazer com que ela não descubra a verdade sobre a herança. – apoiou o corpo sobre os cotovelos. — O que pensa em fazer?

— Mantê-la longe do meu pai, seria um bom começo. – disse o rapaz cauteloso.


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E AÍ, QUEM VCS PREFEREM? EDU OU RAMON??? DEIXEM A OPNIÃO DE VCS AQUI :)


Meu Conto Não é de Fadas - 2° Edição - COMPLETOWhere stories live. Discover now