Eu desço silenciosamente para não acordar os vigilantes acordados. Os inutilizos abatendo-os pela cabeça um por um, não deveria mata-los pois servirão ao Mestre futuramente. Volto ao alto do penhasco onde estavam me esperando.

- Nebtruh - ataquem, eu ordeno.

Espero eles avançarem e vejo quando o resto dos sentinelas soam o alarme, então antes onde não havia ninguém em vista se enche de tochas e barulho de espadas em combate e vez ou outra, se escuta o grito de alguem caindo em batalha. Desço rapidamente e acerto na barriga o primeiro que investe contra mim. Um lobisomem? Mas por que eles não se transformaram?

- Uhn gah rathwe! - abram os portões!.Escuto alguém ordenar alto

Gritos e mais gritos tomam o topo da muralha e logo que a ordem é atendida, vejo Aydan com seu raro pêlo branco derrubar o primeiro e então o segundo e assim por diante. Será que ele tinha percebido? Será que alguém tinha percebido? Alguma coisa estava errada, disso eu já tinha certeza. Os inimigos revidavam, mas não se transformavam e já era notável a nossa vitória e então,por que?

Como já não tinha mais nenhum sentinela, desço as escadas que encontrei ao lado da guarita principal e chego ao pátio interno, outrora este lugar devia ter sido belo e agora foi tomado de corpos e sangue. Procuro pelo Aydan, precisávamos recuar agora.

Algo esta errado, algo está errado, algo esta errado!!

Finalmente o encontro, estava na forma humana prensando um homem contra a parede e este tentava se libertar das garras dele.Quando chego perto consigo sentir o odor. Humano.

- Fale! - Aydan parecia nervoso, não é muito inteligente provocar um lobisomem - o que está acontecendo? Onde estão os lobisomens ?

- Eu já disse tudo o que sabia - o homem choramingava ante o aperto do meu irmão, mas percebi pelo tom de voz que ele não mentia.

- Solte-o irmão, ele não está mentindo - falei

Meu irmão volta a cabeça em minha direção mas não o larga e vi que ele sabia que algo mais estava errado.

- Precisa sair daqui, agora! - havia um tom de urgência nele

- E você? - se ele estava pensando que eu iria abandona-lo,estava muito enganado.

- Eu irei ficar bem, preciso tirar os outros daqui. Mas por favor,saia daqui imediatamente! - ele grita

- O que está acontecendo Aydan?

- Só por favor, vá embora - ele suplica.

Lágrimas inundam meus olhos e fico sem palavras, o abraço fortemente e peço que tome cuidado. Viro-me rapidamente de volta ao portão e libero minhas asas. Quando estou me elevando eu sinto o cheiro. Doce.

Vampiros.

Do alto da colina, dezenas de vampiros descem a encosta e entram arrazando todos que viam pela frente. Logo estaríamos embaixa se as coisas continuasse assim, muitos dos nossos tentavam revidar para logo em seguida serem mortos.

Era uma armadilha,penso, Não posso deixar o Aydan aqui, tenho que avisa-lo.

Antes que eu pudesse concluir o pensamento, um vampiro me acertado lado esquerdo e me arremessa a mais de dez metros,escuto mais do que sinto algumas costelas quebrar.

- Ora, ora, ora, o que temos aqui ? - a voz do vampiro era lenta e marcante - um anjinho?

Ele começa a rir e antes que eu pudesse pensar, levanto num roupante erguendo a espada e corto fora sua cabeça, não era hora de pensar em meus atos e sim de achar o Aydan e de sairmos daqui. Volto ao patio principal e subo em um dos telhados das casas tentando acha- lo em meio ao fogo e ao caos e bem ao longe vejo um movimento branco, sigo naquela direção. Ele está lutando com o que seria o líder vampírico, suas garras rasgam o ar enquanto o vampiro se movimenta rapidamente; eles lutam como uma espécie de dança, com movimentos precisos e letais.

A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora