Capítulo 33

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Eu estava sozinho? Não! Jessica estava comigo. Disso eu tenho certeza.
Para onde posso ir? Saí assim, sem direção, sem rumo.
Alguma opção? Certamente não.
Meus familiares mais próximos estavam do outro lado do país.
Meus amigos? Bem, não os tinha. Não passavam de interesseiros.
Minha banda? Essa seria uma boa escolha. Se eles não tivessem curtindo com as namoradas. Além de eu não querer ser um peso para eles.
E agora? Não sei...
Não tinha ninguém, nada me restava. Quase nada.
Lá estava ela, grande e verde. Nunca mudara.
Betty, a árvore das lembranças.
E deitado sobre suas raízes, pensei:
~ O que estou fazendo?! Tenho que voltar! Isso é loucura!
É, até poderia ser. Mas pouco me importa. Passei por tantas loucuras, não será agora que irei mudar.
Fiquei a encarar as estrelas, esperando o prazer de um sono profundo que parecia nunca chegar.
Eu: Ei, mana. Você pode me ouvir?
Pude sentir sua presença naquele momento.
Eu: Por favor, se você está aí, me ajude! Você sempre esteve do meu lado. Preciso de você!
Dito isso, uma folha caiu sobre minha face.
Seria isso uma mera coincidência? Talvez...
Perguntas para o qual não obtemos respostas. Quem nunca passou por isso?
É incrível como o mundo da voltas. Uma hora, você é um zé-ninguém. Outra, um astro do rock. E depois, um cego por amor. Por fim, um completo idiota.

A vida e morte de TomasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora