WEIRD - parte 2 - Jenna Ortega - G!P

Eu tô com saudade...

POV. JENNA ORTEGA

O dia tinha começado cedo, como todos os outros desde que S/N embarcou para a Flórida. Jack acordou antes das sete, pulando no berço e chamando por mim com aquele jeito impaciente e doce. Ethan, como se sentisse o movimento, começou a resmungar no berço ao lado. Era como se os dois tivessem um radar sincronizado: quando um acordava, o outro vinha logo atrás.

Preparei o café com uma mão enquanto equilibrava Ethan no colo. Jack corria pela cozinha com um carrinho azul, rindo alto. Era caótico, mas era nosso caos. E mesmo com a rotina puxada, o que mais pesava era a ausência dela.

S/N sempre foi presente. Mesmo nos dias mais cheios, ela encontrava tempo pra nós, pra mim, pros meninos, pra nossa casa. Agora, com ela longe, tudo parecia um pouco mais silencioso. Não pela falta de barulho, mas pela falta dela.

E pra completar, hoje era dia de folga da Sofia. Sem a ajuda da babá, tudo ficou ainda mais intenso. Eu me dividia entre fraldas, mamadeiras, brinquedos espalhados e choros alternados. Não tive tempo nem de sentar direito. Mas mesmo assim, em cada pausa, por menor que fosse, meu pensamento voltava pra ela. Será que conseguiu descansar? Será que está nervosa com os testes? Será que pensou em nós?

Quando o celular vibrou com a chamada de vídeo, meu coração acelerou. Atendi com um sorriso que ela conhecia bem, aquele que eu só usava quando estava com saudade.

- Oi, amor...

Falei, tentando parecer mais descansada do que realmente estava.

Jack correu até o sofá, apontando pra tela:

- Mamie!

S/N sorriu, e eu vi nos olhos dela o mesmo cansaço que eu sentia. Mas também vi força. Ela estava lá, fazendo o que precisava ser feito, e mesmo longe, continuava sendo nossa base.

- Eles estão bem!

Contei.

- Jack não parou um segundo hoje, e o Ethan, como sempre, só quer colo o tempo todo. A Sofia está de folga, então ficou tudo por minha conta. Mas estamos sobrevivendo!

Ela riu, e por alguns minutos, tudo pareceu normal. Como se estivéssemos juntas no sofá, dividindo o dia, os meninos, a vida.

Desligamos. E eu fiquei ali, encarando o celular, como se ele pudesse trazer ela de volta. A saudade pesava, mas o orgulho também crescia. Ela estava lá fora, brilhando. E eu, aqui, firme, cuidando do que é nosso.

...

Depois da chamada de vídeo com S/N, o dia seguiu no modo sobrevivência. E eu já sabia que não teria pausa. Jack estava cheio de energia, e Ethan exigia colo quase o tempo todo. Mesmo assim, entre uma troca de fralda e um brinquedo jogado no chão, eu conseguia sentir a presença dela nas pequenas coisas, nos gestos que aprendi com ela.

No fim da tarde, enquanto Jack brincava com potes plásticos na cozinha e Ethan cochilava no meu colo, meu celular vibrou com uma mensagem.

- Tivemos um avanço promissor hoje. Foi intenso, mas conseguimos o resultado desejado. O Noah está aqui, lembra dele? Estamos revisando os protocolos juntos. Te conto mais depois. Como estão os meninos?

Sorri. Ela sempre fazia questão de perguntar primeiro por eles.

- Jack continua elétrico e Ethan grudado em mim...

...

Depois do jantar, dei banho nos dois. Jack chorou porque não queria sair da água, e Ethan chorou porque não queria entrar. Coloquei pijamas limpos, li uma historinha rápida pro Jack e embalei Ethan no colo até ele apagar. Quando finalmente os dois dormiram, fiquei alguns minutos parada, observando.