☒ Chapter XIII.

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(obs: a música citada nesse cap é "Who you love" do John Mayer e Katy Perry, se vocês quiserem escutar fiquem a vontade.)

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Harry saiu do banheiro após tomar um bom banho quente, encontrando Louis deitado de bruços em sua cama, as panturrilhas para cima, enquanto a sinuosa curva entre suas costas e traseiro era totalmente visível pela posição em que o ômega se encontrava, a pele amorenada que brilhava pela luz alaranjada do sol que se punha entrando pela janela e iluminando a figura pequenina do corpo de Louis, o que fazia a imagem dele ser ainda mais sensual para o alfa, dando a impressão de que Louis se assimilava a uma miragem ou alucinação divina, porque ele era lindo feito um verdadeiro anjo. Enquanto o traseiro fazia um curva alta, dando maior ênfase nas nádegas redondas e tão deliciosamente grandes subindo o pano de sua camiseta, expondo a pele cheirosa, macia e dourada como as areias do deserto. E Louis vestia uma camiseta surrada e comprida do Beaves e Butt-head que tinha alguns pequenos furos no pano branco desgastado, a blusa obviamente pertencia a Harry.

Louis tinha nos ouvidos os fones, enquanto ele escutava alguma música aleatória que ele sequer se dava conta, porque em suas pequenas mãozinhas estava um livro interessante de romance britânico que sua professora de literatura pediu para que lessem para a próxima prova bimestral. Os olhos pouco dilatados e num azul tiffany voltados para as letras miúdas do livro grosso, enquanto os cílios batiam lentamente e ele lia as palavras uma a uma movendo seus lábios róseos sem emitir som algum ao fazer. De alguma forma Louis era lindo executando qualquer ação, até mesmo quando lavava os pratos da cozinha Harry conseguia enxergar sua beleza insana e genuína. E honestamente, ele nunca esteve tão lindo para o alfa quanto naquele momento, com a meia luz da janela adentrando ao quarto, iluminando porções de sua pele doce e suave, enquanto o corpo sensual era agraciado com o contorno de suas curvas acentuadas, a feição de concentração e serenidade.

Harry realmente poderia listar cada minúsculo detalhe que não tinham significância alguma para outras pessoas, mas para o cacheado eram tão importantes, porque compunham a graciosidade de Louis, cada detalhe era extremamente essencial e ele guardava-os dento de sua memória e alma, como um pequeno lembrete de que tudo valeria a pena apenas porque aquela pessoa existia e estava ali sendo dele, e Harry nunca havia se sentindo assim antes. Então acreditar que podia estar total e irrevogavelmente apaixonado por Louis estava se tornando mais fácil, ele não fugia mais disso, ele não corria mais, ele não tentava negar a si mesmo todos os sentimentos sufocantes que aquele ômega fazia-o sentir, e as vezes por mais que fosse desesperador estar sentindo tudo aquilo, ainda sim o sentir era melhor que qualquer coisa antes, o calor de seu peito e a sensação de que cada uma de suas células precisavam do toque daquela pessoa, e quando não estavam juntos nada parecia fazer sentindo, mas quando estavam perto emitindo calor um para o outro o tempo não passava e o limite entre segundos, minutos, horas, não era nada, o tempo apenas congelava. Por isso qualquer risco de se machucar valeria a pena, porque se no fim das contas fosse amor puro e verdadeiro, nada abalaria aquele sentimento, nada abalaria-os ou os afastaria, porque os dois eram predestinados, Harry e Louis eram como um punhal e uma rosa, enquanto um fere o outro agracia, enquanto um é feito de fogo e ferro, o outro é feito de pureza e beleza, de alguma forma era tão equilibrado e certo, o encaixe perfeito.

Louis rolou sobre a cama ainda sem perceber Harry escorado contra o batente da porta do banheiro para o quarto, o ômega se deitou na cama, dobrando seus joelhos e erguendo os pequenos braços com o livro, para que ele continuasse sua leitura aplicada, os olhos tão lindos e profundos jamais deixando o papel gasto. Era novo e tão repentino, mas para Harry, estar ali, possivelmente afundado numa paixão sem salvação, era bom, era prazeroso, porque aquilo o levaria direto para Louis, e era só o que o cacheado queria.

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