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A casa dos Lee era enorme, mas aconchegante, decorada com detalhes clássicos e toques modernos. Han se sentia deslocado no começo — ele não estava acostumado a viver em um ambiente tão leve, tão silencioso… tão cheio de paz.
Mas o senhor Lee sempre fazia questão de mostrar que ele era bem-vindo. A cada manhã, ele chamava Han pelo apelido carinhoso que Minho lhe dera, servia o café como se já o conhecesse há anos e sorria com um orgulho sincero ao ver os dois juntos.
Han estava se adaptando aos poucos, mas ainda carregava o peso das palavras cruéis do pai. As noites eram mais difíceis. Às vezes, ele acordava em silêncio, o peito apertado, tentando controlar a respiração. Minho o abraçava por trás e sussurrava: “Tô aqui, amor... Tô com você. Sempre.”
Foi em um desses dias que Minho chegou no quarto com um sorriso diferente, os olhos brilhando.
— Minha mãe tá voltando hoje de Nova York — ele avisou, sentando-se ao lado de Han na cama. — Ela quer te conhecer.
Han congelou por um instante. O estômago revirou. Ele não estava pronto pra ser julgado de novo. Mas Minho segurou sua mão.
— Você vai ver. Ela vai amar você.
Horas depois, a porta da frente se abriu e uma mulher elegante, com um blazer bege e óculos escuros, entrou puxando uma mala de rodinhas.
— MEU FILHO! — ela exclamou, largando a mala no chão e abraçando Minho com força.
— Oi, omma — Minho riu, afundado no abraço.
Ela então olhou por cima do ombro do filho, percebendo Han parado ali, hesitante, mãos escondidas nos bolsos da calça de moletom.
— E esse é o famoso Han Jisung — ela disse, com um sorriso caloroso. Se aproximou devagar, como quem respeita o espaço do outro. — Finalmente te conheço. Já ouvi tanto sobre você que parece que somos velhos amigos.
Han sorriu pequeno, ainda desconfiado.
— Desculpa pela aparência… eu…
— Que aparência? Você é lindo, menino. — Ela deu um beijo estalado em sua bochecha e segurou suas mãos. — E Minho tá feliz. Isso é tudo o que me importa.
Foi uma tarde cheia de risadas, histórias embaraçosas da infância de Minho, e comentários exagerados da senhora Lee. Han, pela primeira vez em semanas, esqueceu da dor por algumas horas. Riu com gosto. Comeu bolo demais. E quando subiu para o quarto à noite, antes de dormir, ele olhou pra Minho e sussurrou:
— Eu acho que… eu tô conseguindo respirar melhor.
Minho se aproximou e beijou sua testa.
— Porque agora você tá exatamente onde deveria estar.
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Heirs of Hate | Minsung
FanfictionHan Jisung e Lee Minho nasceram em lados opostos da guerra silenciosa que move o submundo empresarial de Seul. Filhos únicos de dois magnatas influentes e rivais, eles cresceram ouvindo o nome um do outro como sinônimo de ameaça, perigo... e ódio. M...
