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Isis Vitoria.

Amar alguém, só em pensar nisso meu corpo treme inteirinho, de pavor, mas quando eu olho pra ele, não sei explicar, tudo acalma.

Cicatriz: ta vendo essa aqui? pega pra tu ver o peso.

Ele entregou um fuzil na minha mão e eu arregalei os olhos sentindo o peso daquilo.

Minha mãe sumiu com a mãe e a madrinha dele, enquanto isso ele aproveitou pra sumir comigo também.

Me trouxe pra dentro de uma biqueira cheia de menino embalando e vendendo droga.

– não ia dar conta de atirar com isso, ou eu me concentro no peso pra não deixar cair ou em atirar, os dois ao mesmo tempo não rola.

Ele riu parando atrás de mim me abraçando e segurando na arma que tava atravessada nos meus peitos.

Cicatriz: na hora da trocação isso nem passa na mente, fica levinha.

Ele abaixou a cabeça encostando no meu ombro, levantou meus braços me ajudando a mirar em um ponto e sussurou no meu ouvido.

Cicatriz: atira.

Soltei o ar encostando minha cabeça no peito dele e comecei a atirar com a mão dele por cima da minha não deixando eu tirar o dedo do gatilho até descarregar o pente.

– caralho.

Ele riu me soltando e pegando a arma da minha mão.

Cicatriz: tu e uma arma junto é uma junção muito perigosa, to ficando maluco já.

– eu gostei.

Encostei na mesa olhando pra ele que tava andando pela salinha passando um pano no cano do fuzil, ele tava de costas sem camisa amostrando as costas fechada de tatuagem, uma tentação do caralho.

Passei a lingua pelos lábios no mesmo instante que ele virou me encarando.

Cicatriz: fica me encarando com essa carinha pra tu ver se eu não te pego aqui mermo.

Ele deu alguns passos até mim e parou na minha frente enfiando a mão no meio dos meus cabelos puxando com força.

– era meu sonho.

Suspirei beijando o pescoço dele ao mesmo tempo que minhas unhas arranhavam o abdômen dele.

– mas minha mãe ta ai né e já deve tar doida atrás de mim.

Cicatriz: minhas coroas seguram ela o tempo que for.

Mordeu o lóbulo da minha orelha devagar e eu neguei com a cabeça tentando me afastar dele porém ele pegou no meu pescoço me enforcando até chegar perto da minha boca.

Cicatriz: tu vai vir pra cá amanhã, pra dormir até domingo comigo, ta me entendendo?

Neguei com a cabeça sem força, já que tava sem ar e ele sorriu.

Cicatriz: ta entendendo não? po vou poder te deixar ir embora dessa vez não.

Ele afroxou um pouco o aperto e eu respirei o que dava até ele voltar a apertar me puxando ainda mais pra ele.

Cicatriz: vai fugir de mim não loirinha.

Senti a boca dele na minha e a mão descendo pra minha cintura me apertando com força contra o pau dele que tava duro.

Cicatriz: só uma rapidinha princesa.

– toda vez cê só quer me ver pra me comer.

Cicatriz: fala besteira não Isis Vitoria, ta maluca?

Continuou com o tom baixo sussurrando no meu ouvido.

– me deixa sair daqui, quero ir embora, outro dia a gente se tromba.

Cicatriz: to te avisando loira, se tu não brotar pra cá amanhã eu mermo vou te buscar lá pros teus lado.

– Cicatriz para, que é isso?

Cicatriz: vai fugir de mim não Isis, pode tentar mais não vai conseguir.

Engoli o seco olhando nos olhos dele, é um olhar que nem se eu quisesse eu ia conseguir explicar mais mesmo sabendo que eu deveria sentir medo, eu não sinto.

– se eu fugisse de você Luan, nem aqui eu ia tar né?! ainda mais com a minha mãe.

Cicatriz: nois vai casar loira e tu vai ser minha primeira dama, ta ligada?! mãe dos meus pivete.

– que que você fumou hoje? ta maluco homem?

Cicatriz: já te dei o papo uma vez e vou dar de novo, é você po, tudo é sobre você carai, mulher da minha vida.

Me beijou de novo e eu mesmo sem entender as noia dele me entreguei ao beijo acompanhando o ritmo que ele quisesse.

Cicatriz: vou oficializar essa porra que nois tem de uma vez, vai ser minha mulher de verdade.

– ta assim porque? desespero eoem.

Cicatriz: quero perder tempo contigo mais não, nois se amarra, tua familia ta ciente, minhas coroa tão amarrada em tu, tem nada pra impedir nois não minha loira.

– você ta louco Luan, louco.

Cicatriz: louco em você? to mermo e não nego, to te dando o papo que eu vou te assumir pra minha quebrada e daqui tu não vai sair mais.

– amanhã eu volto então, tenho que ir agora.

Cicatriz: vai voltar mesmo?

Cheirou meu pescoço apertando minha cintura e eu sorri balançando a cabeça em concordância.

– vou amor.

Cicatriz: bora então, amanhã é baile mas traz roupa pra ficar até domingo.

Saiu me puxando pela mão até a rua onde tava lotada de morador pelas calçada.

Era engraçado andar de casal com o chefe de uma facção, ainda mais quando ele é mal educado e eu sou miss simpatia.

Parava direto pra cumprimentar gente que eu nem sei quem é enquanto ele ficava do meu lado de cara fechada só me observando conversando.

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Terra de Ninguém.Onde histórias criam vida. Descubra agora