Katherine Beanchard
Dia 1.Um mês nesta prisão me faz querer enlouquecer, ainda mais sozinha, tomei a responsabilidade de ficar presa sem mais ninguém comigo, não é justo querer que Scarllet fique comigo aqui para eu não ficar sozinha, jamais iria querer minha garota aqui.
Soube que Scarllet doou um dos pulmões para Jasmine assim que saiu da delegacia, Monteiro fez um acordo conosco, se eu cometesse suicídio ele deixaria Scarllet e Jasmine em paz, o problema dele e claramente comigo, mas é nítido, tive uma parcela de culpa pela morte de Maggie.
Ele sabe que a sentença de morte não seria aprovada, mas ele quer minha morte de qualquer forma. Pela paz das duas eu faria qualquer coisa.
Scarllet mandou cartas algumas vezes, já que não pode vir devido a cirurgia de risco que fez, ela falou sobre Jasmine está quase morrendo no dia em que fomos presa e ela foi solta a noite.Não tive mais notícias sobre nenhuma delas após a doação de pulmão, mas mandei uma carta para Scarllet, pedindo para que se Jasmine acordasse ela desse a mensagem que não poderíamos ficar juntas, vai ser doloroso demais para ela perder nós duas, além de ser arriscado Monteiro tomar mais vantagens em cima disso.
— Você tem visita — A policial bate o cassetete na grade, procurando as chaves e abrindo a cela, levanto da cama de concreto, as outras presas estavam amontoada em um canto fumando — vira.
Fico de costas para ela, a moça prende minhas mãos e seguimos para a sala de visita. Scarllet esta sentada na cadeira, sorrio para ela, as algemas são retiradas, a primeira coisa que faço é abraçar minha menina, senti tanta saudades.
— Porra, é uma merda ficar sem você — Beijo o pescoço dela até scarllet ri baixinho — Você emagreceu muito, não se alimentou? — Toco nos seus cabelos curtos — Cortou meu amor?
— Muitas perguntas — Scarllet segura meu rosto e beija meus lábios — Não fazia sentido ter cabelo grande, ele só servia para você puxar — ela esfrega o nariz no meu — A cirurgia foi muito invasiva, perdi uns quilos.
— O importante é que você está bem — Beijo a testa dela — Jasmine...acordou? — Lambo os lábios, esperando a pior resposta possível.
— Acordou, ontem — Scarlett segura minha cintura — os olhos dela estão de dar dó, um azul tão gélido, sem brilho — Ela deita a cabeça no meu pescoço — Foi torturante terminar com ela daquela forma, Kath nunca mais joga essa responsabilidade pra mim, doeu tanto vê-la chorar, o que eu queria era por ela no colo e falar do seu pl-...- Cubro a boca dela no mesmo instante
— Não vamos falar disso agora — murmuro — Aqui as paredes tem ouvido — Olho para policial, seguro a mão de scarllet e me sento na cadeira a pondo no colo — Precisamos que Jasmine se mantenha afastada, Monteiro toda noite vem jogar ameaças.
— Jasmine poderia ajudar! Porra Kath a gente não é bebê, somos mulheres adultas! Pare de não querer pedir ajuda — Scarll segura minha mão — Deixa a gente te ajudar.
— Scarllet, não — Aperto de volta a mão dela — Isso é coisa minha, vocês não tem nada haver com minhas merdas.
No fundo sei que quem corre mais risco de vida agora sou eu, e quando eu morrer se scarllet é Jasmine ficarem juntas elas não vão deixar quieto.
— Não adianta discutir com você — Ela suspira — Muita gente morreu na mansão, não foi? — Scarllet olha para baixo — Alguns ainda foram enviados pra cá?
— De quase 5 mil pessoas 200 morreram, o resto fugiu e 300 foram presas, não tínhamos uma equipe tão grande nesse país — Olho para suas coxas um pouco mais finas — Scarllet, se algo acontecer comigo quero que se mude, vá para o mais longe daqui.
— Você tá maluca! — Ela levanta incrédula — Você não vai morrer, Katherine tu é a mulher mais foda que conheço — Ela pisa firme — Nada vai acontecer com nós três.
— E só loucura minha — Não quero preocupar ela ainda mais, scarllet dá a volta e põe uma bolsa na mesa — Trouxe comida pra você, um mês sem se ver foi muita coisa, grayson te trouxe todas as cartas?
— Apenas algumas conseguiram passar — Olho para a bolsa animada, a comida daqui é uma merda — Porra, meu amor você é a melhor - Estendo a mão para pegar, scarllet vira meu braço
— Fez uma tatuagem? — Ela sorri quando olha as inicias J e S tatuada — Eu amei, tá bonita para ser uma tatuagem de cadeia.
— Tinha que distrair minha mente com alguma coisa — Olho a tatuagem — Vou sentir sua falta, de vocês duas...todos os dias.
— Eu também, te amo tanto — Scarllet beija meus lábios mais uma vez, a policial abre a porta da sala avisando que o tempo de visita acabou, despeço-me de scarllet e seguro a bolsa transparente indo para cela novamente.
Porra de vida.———————
Mais um capítulo do domingo 🫦🫦
Amo ver vocês sofrendo tá ( mentira, amo vocês)Postei até mais cedo, sem poemas porque to estudando logaritmo 🙄🖕🏽

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Impuro amor profano - Trisal gl
FanfictionJasmine Volkov sempre foi uma policial exemplar, seguindo as regras à risca e dedicando sua vida ao trabalho. Criada para acreditar que o lugar de uma mulher era no lar, ela provou o contrário ao construir uma carreira sólida, mesmo que seu casament...