Terra de Ninguém.

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Isis.
Barra da Tijuca.

Abri a foto que ele tinha acabado de me mandar e vi a menina arrebentada e ensanguentada, puta que pariu.

Cicatriz: te dei o papo loirinha que aqui ninguém mexe contigo.

A voz dele saiu pela ligação e eu olhei pela câmera ele acendendo um baseado enquanto eu tava em choque com a mão na boca.

– não deu nem tempo dela mexer comigo né?!

Cicatriz: teu nome tem que tar na boca de ninguém daqui não po, tu é minha mulher e da merma forma que me respeitam tem que respeitar tu também.

Senti o friozinho na barriga mais disfarcei o sorriso bobo ainda vendo o estrago que tinham feito na tal Sara.

– quem fez isso com ela?

Cicatriz: Laiza, mandei os muleque ir atrás dela pra fazer o serviço pra mim, ando sem tempo pra piranha.

Olhei bem pra ele pelo video da ligação e ele segurou o riso escondendo a cara no travesseiro.

– bom mesmo.

Cicatriz: qual foi que cê passou dia inteiro no bagulho lá?

– estudando né bebê, o que eu mais to precisando é de nota.

Cicatriz: boto fé, vai colar pra cá quando?

– não sei, acho que vou sair esse final de semana dai durante a semana não ta tendo como ir por causa da faculdade ou seja só semana que vem, eu acho.

Cicatriz: vai sair no final de semana?

– vou, resenha da universidade não fui em nenhuma esse ano.

Cicatriz: essas resenha é o que? putaria né?

Perguntou sério fechando a cara e eu revirei os olhos pegando meu pod que tava na escrivaninha.

– é uma festa Luan, festa normal, bebida e as mesmas coisas que qualquer festa tem.

Cicatriz: tu vai com quem mermo?

– minhas amigas?

Cicatriz: hm tendi.

– vai ter baile ai não?

Cicatriz: vai po, ia te chamar pra colar mais cê tem bagulho mais importante então deixa.

– ai Cicatriz, chatisse de drama eoem.

Cicatriz: te falar nada não Isis.

A ligação ficou em silêncio só um olhando pra cara do outro, ele fumando a maconha dele e eu o meu pod.

Encostei meu celular no travesseiro do lado e fiquei só observando o homem gostoso que tava com cara de puto.

Isis: minha pressão baixou, vou dormir e amanhã nois se fala.

Cicatriz: desliga não.

Suspirei passando a mão no rosto e fechei os olhos realmente sentindo meu corpo mole por causa da pressão.

Depois que passou eu olhei pra tela do celular vendo que ele ainda me olhava parecendo um louco.

– que foi?

Cicatriz: tenho que te por no meu nome logo.

– do nada isso?

Cicatriz: do nada o caralho, tu ta muito soltinha.

– ih viaja em mim não em, posso até ter alguma coisa séria contigo mais mandar em mim vai ser a ultima coisa que você vai conseguir Luan, ta maluco?

Cicatriz: nem te mostrei o maluco ainda loira.

– nem vai mostrar, se liga Cicatriz, to envolvida com você e já te falei que puta eu não sou, se eu to com você é só com você mais isso não significa que eu vou ficar presa em relacionamento, se eu não te prendo você também não vai me prender, única coisa que a gente deve um pro outro é respeito e lealdade.

Vi ele dando um trago maior na maconha e soltando a fumaça devagar jogando a cabeça pro lado no travesseiro.

– eu vou pra uma festa sábado mais você também vai pra outra e eu to confiando que tu não vai fazer gracinha, entre eu e você quem tem mais probabilidade de fazer merda?

Cicatriz: não conheço com quem cê anda pros lado dai.

– mais eu conheço com quem você anda, o vagabundo do Gibi é um exemplo, namorando e comendo minha prima, Gibi é de boa comigo mais eu sei bem quando a influência é ruim e pra ele te incentivar a pegar puta quando vocês tiverem loucos de droga é muito fácil, mais eu to aqui confiando em você.

Cicatriz: ta certa Isis, é isso ae mermo.

Vi que o beck tinha acabado e ele tava se ajeitando na cama com os olhos pequenininhos por causa da maconha.

Ele ficou quieto e eu percebi que a brisa devia ter batido já que ele foi ficando calmo e quieto.

Fechei meus olhos e aproveitei o silencio pra ir caindo no sono enquanto o maconheiro ficava me observando pelo outro lado da tela.

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