Impuro amor profano - Trisal gl

Capítulo 35 - J

Jasmine Volkov  - cinco semanas

Minha vista está embaçada, não lembro de absolutamente nada, mas meu corpo queima por dentro, parece até que meus órgãos estão em chamas.

Não consigo falar nada, tem tubos dentro de minhas narinas, não ouso os tirar do meu nariz, porque o ar nem está entrando direito.
Na sala tem uma bolsa vermelha perto da cama aparentemente é da minha mãe, mas porque eu estou no hospital?

Levanto os olhos, minha barriga está um horror, estou seca e extremamente emendada, até pareço uma boneca de pano mal costurada.
A porta da sala se abre, Zuri entrou na sala e quase derruba o copo ao me ver acordada.

— Jasmine?! Ah meu amor você tá acordada — Zuri se emociona deixando o café de lado e vem até mim — não fala nada tá bom?! Vou chamar os médicos.

Queria perguntar onde estão as meninas, mas minha voz ainda não está saindo, será que elas me abandonaram? Não, deve ter acontecido alguma coisa.

— Isso é um milagre — O médico chama minha atenção, ele vem até mim e tira os aparelhos respiratórios, consigo sugar o ar natural de volta — Está sentindo alguma dor?

— Meu estômago dói — A voz sai fraca quase em um sussuro — Tá tudo doendo muito, minha garganta, até meus olhos!

— Bom, pelo o que parece a criminosa tentou mesmo te matar — O médico anota umas coisas no papel, criminosa? Katherine e Scarlett ?! — Que bom que ela foi presa, até recebeu pena de morte esses dias.

Arregalo os olhos, pena de morte? Porra, o que eu perdi quando estava desacordada? Tento levantar da cama e o médico da um salto me segurando

— A senhorita tem que ficar de repouso! Absoluto — Ele segura firme meus braços e me põe de volta na cama — Depois dos órgãos que perdeu e até um milagre você respirar, e por sorte uma doadora se arriscou em doar um dos pulmões, ela disse que era uma amiga muito próxima sua, deve ser como uma irmã para você.

Não conheço ninguém que seria capaz de doar o próprio pulmão para mim, até porque é uma cirurgia arriscada para ambas partes.

— Ah sim, claro — Minto, fingindo que a conheço — Será que posso vê-la? Quero olhar seu estado.

— Não é muito bom agora, mas podemos abrir uma exceção, contanto que você use máscaras e luvas e se mantenha longe dela — O médico olha para Zuri — Irei pegar uma cadeira.

— Tudo bem — Falamos ao mesmo tempo, Zuri me olha desconfiada.

— Quem é aquela garota que doou um pulmão dela para você? Nunca a vi na vida — Zuri cruza os braços — Tá escondendo alguma coisa de mim?

— O que?! Não — Respondo fraca, tentando me sentar na cama. Zuri ajuda, dou um gemido pela dor —porra, meu estômago está uma merda.

Enquanto o médico não chega fico preocupada, ele citou apenas uma criminosa, então uma delas foi presa e a outra solta? Como isso é possível?

O doutor chega e me põe em cima da cadeira de rodas, estou cheia de medicamentos na veia e ainda um aparelho cardíaco me acompanhado.

Entro na sala da doadora, abro a boca em um olhar chocado, scarllet estava pálida na cama, segurando com um olhar morto a colher.
Tinha um vidro enorme barrando meu contato.