⊹°.★ Capítulo 38: Eu não sou mais virgem... ★.°⊹

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.° × SCHROEDER SCHULZ × °.

Depois de quase duas horas de puro prazer, Lucy e eu ainda estávamos deitados ali, em cima do piano, o silêncio era confortável.

Ela estava de costas pra mim, e eu a envolvia com o meu corpo. Minha mão deslizava devagar pela curva da cintura dela, traçando caminhos preguiçosos pela pele macia. Que mulher perfeita. O cheiro dela, o calor, o som da respiração lenta.

Ela virou o rosto um pouquinho, só pra olhar pra mim por cima do ombro, e soltou, com aquele sorrisinho que desmontava qualquer defesa minha:

— Ei... foi bom pra você?

Soltei uma risada baixa.

— Foi sim. Foi... surreal. Perfeito. Fantástico. Sei lá mais quais palavras eu posso usar.

Ela se virou mais um pouco e ficou me olhando com aqueles olhos cheios de brilho e travessura.

— Eu gostei muito também. Tipo… muito mesmo. E você foi… maravilhoso.

Você é maravilhosa. — falei antes que ela continuasse. — Você fez minha cabeça explodir de pensamentos indecentes. Eu não sabia nem onde eu tava por uns bons minutos. Tava tipo… flutuando. Não conseguia seguir uma linha de pensamento lógico.

Ela riu, divertida, e virou totalmente de frente, colando os corpos de novo.

— Eu imaginei. Você tava com uma cara de “tive um AVC feliz”.

— Essa é uma descrição estranha pra caralho, mas é válida. Você me deu um curto-circuito e tudo o que precisou fazer foi estar lá pra mim.

— Bom saber que eu sou capaz de desestabilizar um gênio.

— Você é capaz de acabar com qualquer raciocínio lógico que eu já tenha tido.

Ela sorriu.

— Que perigo sou eu, hein?

A gente riu, e o clima ficou levinho, gostoso. Eu continuei fazendo carinho nela, com a mão parada na lombar agora, só apreciando o toque e o jeito como ela encaixava perfeitamente em mim.

Foi então que ela ficou um pouco mais séria.

— Então... sem querer estragar o clima, mas... a gente precisa falar sobre o jantar de ontem.

— Hmm. — murmurei, já imaginando onde isso ia dar.

— Na hora que você falou sobre faculdade, que queria tentar ficar em alguma do estado… pra não ficar longe de mim. Mas é só que…

— Eu sei. — interrompi, com calma, encostando meus lábios no pescoço dela. — Você não vai ficar aqui. Relaxa. Já to sabendo de Nova York.

Ela estremeceu levemente com o beijo, mas virou o rosto pra me encarar.

— Tá, mas por que você disse aquilo então? Que procurava algo no estado e tals.

— O Linus me contou... — confessei, sem rodeios. — ... que você queria tentar NYU. Que era o seu sonho cursar direito lá. E que os seus pais ainda não sabiam. Então… eu não ia ser o idiota que solta isso do nada, na frente da sua mãe, sabe?

Ela ficou me olhando por uns segundos, surpresa.

— Você perguntou isso pro Linus e não pra mim? Podia ter me perguntado, Schroeder. Eu contaria...

— Na real, não perguntei. A gente tava só conversando, o assunto surgiu. Ele comentou. Só isso, minha princesa.

— Ah… — ela respirou fundo. — Entendi.

Peanuts 2006: Notas de Beethoven | SchrucyOnde histórias criam vida. Descubra agora