Katherine Beanchard
Jasmine foi embora com um motorista de confiança, ela poderia ter ficado, mas não quis por opção dela.
Scarllet olha pela janela como uma criança abandonada, ela se apega rápido demais nas pessoas, busca ser aceita, e eu não a julgo, ela sofreu muito nessa vida.As vezes ela prefere por uma máscara e fingir ser forte, no fundo ela é apenas uma garota buscando ser amada, e eu não sei se estou falando mais de scarllet ou de Jasmine nesse sentido.
— Tá tudo bem, ela só deve ter tido um problema — consigo ver seu nervosismo — Todo mundo tem problemas, ela estava estranha, mas não tem nada haver com isso.
— Não tente se enganar novamente, você mesma assumiu sobre as atitudes dela — seguro a cintura da mesma e beijo a ponta do seu nariz antes de esfregar o meu nariz contra o dela — Eu te amo, te amo muito minha diabinha, não quero te ver infeliz.
— Eu só...não quero que tudo se repita de novo, poxa — Ela fala tristonha — Era a primeira vez que alguma garota que a gente se relacionava gostava de mim, ela sabia compartilhar o amor e não tinha favoritismo entre nós duas.
Em toda foda casual as pessoas realmente não davam atenção para scarllet, isso a deixava magoada, nem todo mundo é capaz de entender o que ela sente e o porque ela é tão amorosa.
— Eu sei minha diabinha, mas sua segurança é muito mais do que apenas pensar em sexo — A olho severamente — Jasmine vai ser a quem dará a última cartada, tudo vai depender dela agora, se a confiança for quebrada...não tem o que fazer.
Jasmine Volkov
Agradeci ao motorista assim que sai do carro, entro no delegacia usando uma calça larga de Katherine e uma blusa colada de Scarllet.
Não há ninguém aqui hoje.Olho ao redor, o cheiro habitual de sangue, algumas partes dos corredores com gotas do ocorrido recentemente apenas pelo odor.
— Nunca esperei isso de você, uma mulher tão dedicada a família — Monteiro solta a fumaça do cigarro — O que seus pais achariam disso? Ou a família do seu esposo? Que são tão amigos meu.
— Eu apenas saí da linha uma única vez, isso nem deveria ter ocorrido — Lembro-me de dormir tão bem no colo de scarllet, porque está doendo tanto falar isso? — Fui fútil.
— Que bom que sabe de seus erros, o próximo passo e muito simples — Ele sorri, como um lobo avistando a presa a frente — Diga o que sabe sobre elas, devem ter te levado para casa não é? Veio em um carro muito chique.
— Não sei de nada, nunca fui para casa das duas — menti rápido — Elas não seriam idiotas.
— Não minta para mim — Monteiro agarra repentinamente meu pescoço — essas roupas, não são seu comum, cole jamais deixaria você usar isso — Ele rosna — Até mesmo esse perfume doce feminino, não é seu!
Tento engolir minha saliva, o aperto se torna mais firme, ainda mais forte.
— Pense no seu emprego, você se dedica tanto, vai mesmo abandonar isso apenas por uma foda?! — Ele chacoalha minha cabeça — elas não te amam! Estão te usando! Elas não amariam você.
As lágrimas eu consigo engolir.
Elas podem não me amar, mas acho que gostam da minha presença, ou só sirvo para ser um brinquedo?— Como sabe disso tudo? — Sussuro — Foi pelo dia na viatura? — Perco o ar — Alguém te contou sobre nós?
— Isso não importa, o que importa é que se você não abrir essa boquinha vai perder tudo! Sua família, seu marido, seu emprego...— Ele ri — Você não ganha nada, nadinha. Acha que essa putas vão te bancar? Esse lance de roubo não dura muito tempo.
Olho para qualquer lugar, ele solta meu pescoço, esperando uma resposta, aí sim as lágrimas podem correr por minha bochecha.
— Já até imaginei, seu rosto no jornal — Ele abre as mãos — Policial Volkov é uma sapatão nojenta que transa com criminosas, isso não é incrível?!
— Chega! — Grito, seguro firme meus cabelos andando para lá e para cá — Eu vou ajudar! Mas não sei a localização delas, irei fazer o que está a meu alcance.
— Ótimo, mas só por garantia — Ele tira um pequeno rastreador do bolso e vem até mim — Abra a boca.
O olho de lábios fechados, amendrotada.
— Se você nos trair essa pequena coisinha aqui vai explodir dentro do seu estômago — Ele aperta minha bochecha, fazendo com que minha boca abra, o pequeno objeto sendo enfiado fundo na minha garganta.
Engasgo quase o pondo para fora, mas ele força com dois dedos.
O engulo, sentindo rasgar na garganta.— Tenho um pedido a fazer — Falo rouca — Apenas...não as machuque, prefiro vê-las atrás das grades do que mortas, elas não merecem morrer.
— Não merecem morrer? O que fizeram com você? Lavagem cerebral? — Ele debocha — Isso sou eu quem decido, agora volte para seu marido, ele já deve estar na cama com outra nesse momento.
Soube que elas não me perdoariam quando aquele objeto entrou em mim, ou no momento em que cheguei em casa e cole me obrigou a tirar a roupa e transar com ele.
Meu corpo ferve, de dor e angústia, porque porra ainda estou aqui? Deitada na cama com as pernas doloridas? Fingindo gemer quando na verdade só penso nas duas?
Foi tarde demais, cole não usava camisinha, gozou dentro e suponho que não tenho ao menos anticoncepcional, nem forças para comprar um.
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Capítulo depressivo hoje 🙄
Não aceito tentativas de morte e já até contratei um segurança particular.

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Impuro amor profano - Trisal gl
FanfictionJasmine Volkov sempre foi uma policial exemplar, seguindo as regras à risca e dedicando sua vida ao trabalho. Criada para acreditar que o lugar de uma mulher era no lar, ela provou o contrário ao construir uma carreira sólida, mesmo que seu casament...