Impuro amor profano - Trisal gl

Capitulo 4 - J

Jasmine Volkov
Dia : 22 - Quarta-feira (chuva forte )

Sair de casa arrumada e um inferno, Cole não gosta que eu saia sem a presença dele, ou use decotes demais, até os vestidos precisam ser longos.

Observo um templo perfeito coberto pelo tecido branco, as mangas longas e o decote praticamente imperceptível, acho lindo mulheres que andam com vestidos vermelhos e decotes enormes! Mas jamais poderia usar isso.

— Essa roupa não está meio vulgar? — Cole desfaz o cinto jogando sobre a cama — posso saber pra onde vai assim? Toda arrumada

— Coisas do trabalho, preciso me camuflar entre as pessoas, quanto menos souberem quem sou melhor — tento fechar sozinha o zíper das costas, cole apenas observa mas não ajuda.

— E pra que ir tão bonita assim? Uma mulher casada só deve se arrumar para seu esposo - Fecho o zíper como se ele fosse uma faca sendo cravada nas costas de cole e subindo lentamente. — Troque isso.

— Cole, estou muito atrasada — Afasto meu corpo do dele — Prometo que será a última vez que ando assim desacompanhada — Enrolo para sair logo daquele lugar

Cole puxou-me pelo pulso com ódio, ele segura meu cabelo sussurrando baixinho

— Quando seu esposo te manda trocar de roupa você faz caladinha — Cole respira fundo e solta, logo em seguida beija minha testa —  por favor , odeio ser bruto contigo, minha linda

Mordo os lábios e concordo com a cabeça, sou dependente de cole a muito tempo, minha família ficaria aos prantos se eu o deixasse depois de dois anos casada! Uma mulher de 23 anos solteira?! Isso seria impossível na perspectiva deles.

Troco de roupa colocando um vestido preto longo, as mangas cobrindo todo meu braço, dessa vez sem fenda na perna, ao menos é um pouco colado no corpo.

Aproveito que cole foi ao banheiro e agarro minha bolsa para ir embora.
Entro no elevador e aperto para o estacionamento vazio.
Piso com os saltos enquanto o som sem vida ecoa, passo o batom vermelho que tenho escondido. Dou partida no carro.

Só posso usar um gloss fraco ou nude, isso não foi nem dito por cole, e sim por meus pais, que agradecem de joelhos ao pai de cole por ter conseguido adiantar minha formatura e arranjado um emprego para mim.

Sempre que penso em terminar com cole minha família quase me crucifica, e eles sempre estão na frente de todos meus pensamentos.
Chego no museu lotado, o diamante em exibição são apenas para pessoas da elite pura, e é claro que há também policiais no meio de forma comum.

— Nome? — o segurança pergunta, olhando uma grande lista de presença

— Jasmine Volkov — respondo baixo para não chamar muita atenção, ele olha para o homem ao lado e acena com a cabeça, o rapaz abre a porta para mim.

O salão está coberto de artes diferentes, o diamante será exposto apenas a meia noite em ponto, meu coração chega a acelerar em pensar na possibilidade delas estarem aqui.

— Licença! A senhorita poderia fazer uma pose para a foto? — Uma moça simpática abre o sorriso, a câmera enorme em sua mão — prometo que posto após a festa, sou muito fã do seu trabalho!

Não deveria tirar fotos, mas estou até com pena da coitada.

— Tudo bem, mas prometa que só posta depois hein! — abro um sorriso, ela posiciona a câmera mas faz uma careta — o que houve?

— Suas lentes...estão dando um efeito estranho, poderia tirá-las por um momento? — Ela tenta ajustar a câmera, tiro minhas lentes, puta que pariu, não enchergo merda nenhuma! E pra variar cole odeia me ver de óculos.

O flash dispara me deixando mais cega, alguém esbarra em mim e faz com que minhas lentes caiam no chão! Caralho.

— Como você é desastrada — outra voz me chama atenção, olho para cima tentando enxergar a moça — Não vai conseguir achar essas lentes por aqui, vem, eu te ajudo.

— E quem seria você? — Franzo o cenho, acho que estou como um rato cego tentando enxergar — não estou vendo mais nada!

— Uma bela moça que está tentando te ajudar — A risada dela dá arrepios — você não é aquela policial bem famosa?

— É impossível passar despercebida? — Sorrio e observo o vulto balançando a cabeça, o cabelo dela deve ser ruivo.

— Muito! Qualquer pessoa te reconhece na hora, seu cabelo é rosto são lindos - Posso estar meio turva, mas as curvas dela são...calma, o que eu to falando? — Quer um vinho?

— Não posso beber, meu marido não deixa — Nego rapidamente com a cabeça, ela estala a língua e pega a taça na mão — Mas confesso que era meu sonho no momento

— Seu marido não está aqui, você chegou sozinha pelo o que percebi — Ela me puxa pela cintura, a corrente elétrica dos meus pés até a cabeça — Vamos lá, anjinho, só um gole — a provavelmente ruiva sussurra - Abre a boca, eu coloco devagar pra você.

Nunca senti atração por outras garotas, mas faz muito tempo desde que não sinto essa tensão sexual, nem tesão por cole sinto mais, a gente não tem esses momentos de provocação de casal.

— Tá com medo de mim? — Ela ri rouca, abro a boca e ela despeja o líquido — Boa garota.

Quando ela tira o copo dos meus lábios o álcool nunca foi tão doce, ela limpa o canto melado da minha boca e segura meu quadril

— Você tá meio arrepepiada para quem é casada — Ela sorri — Ah! Acho que vi suas lentes.

Ela se afasta e volta uns segundos depois, pondo a lente na minha mão

— puta sorte, enfim, tenha uma boa noite - A moça sai, os saltos fazendo barulho no chão.

Tento encontrar o banheiro sozinha, quando finalmente acho encaixo a lente nos meus olhos, após lavá-la, óbvio!

Olho a luz no final do corredor, essas luzes só se ascendem quando alguém está lá, ando devagar e tiro a arma de dentro da bolsa, mantendo ela para frente.
Algo vem por trás e põe um pano na minha boca, escuto as últimas palavras :

—Espero que tenha gostado da mão da minha garota, vai gostar ainda mais da minha - A voz feminina sussurra baixinho no meu ouvido — Bons sonhos, anjinho.

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Katy meu tesão 🫦🫦
Ai to amando escrever isso, bateu saudades de Slyred 🥹

LEMBREM DE DAR ESTRELAS PRA EU PAGAR A FRALDA DE VCS