Boa leitura ;) Comentem bastante para que eu volte mais rápido. 😉
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L A L I S AOs chamados dissonantes das trompas me despedaçaram, e desabei no chão enquanto o som de cascos dos Cavaleiros Brancos tomava a cidade. Meu pai tinha morrido, e eu jamais tivera a chance de me despedir. Jamais teríamos a chance de salvar nossa relação, e eu jamais conseguiria provar que não era uma inútil.
Kook era rei. Não havia um lugar para mim no futuro de Jennie, e meu irmão me mandaria para Taegukdo como prometido. Eu poderia resistir a tudo que quisesse, mas sob as ordens do rei eu era impotente.
Fiquei deitada no piso de lajotas até começar a tremer, quando o dia já havia raiado. Quando Yeri me encontrou caída, ela me desgrudou do chão e me conduziu à cama. Só acordei quando alguém se sentou ao meu lado na cama e colocou uma mão familiar em meu ombro.
— Ei, você - Entreabri as pálpebras e tentei enxergá-lo com olhos embaçados, buscando palavras em minha mente confusa.
— Bambam! - eu disse engasgando e me sentei.
Ele me envolveu em seus braços como sempre fazia, e me embalou enquanto eu lutava contra as lágrimas. Eu me agarrei ao sentimento familiar que eu tinha por ele, sua forma sólida e seu uniforme limpo, as únicas coisas com que eu podia contar.
— Como entrou aqui? - perguntei. Bambam deu de ombros.
— Eles disseram que você não podia sair. Não disseram nada sobre eu entrar.
— Claro. Kook sempre fora meio obtuso nesse sentido. Você precisa me tirar daqui. - Eu me agarrei à manga de sua camisa.
— Não posso - ele disse, balançando a cabeça — Você sabe o motivo. Agora estou sob ordens dele. Mas o que diabos você fez para ser trancafiada em seus aposentos?
— Jungkook me pegou no quarto de Jennie hoje cedo. - As palavras saíram num atropelo. Bambam já havia me contado centenas de casos em que acordara na cama errada; eu esperava que ele me entendesse sem que eu tivesse que dar mais detalhes. Um ar de compreensão surgiu em seus olhos.
— Entendo.
— Ela disse que me amava - admiti, minha voz pouco mais alta que um sussurro. Fiquei encarando o desenho da minha colcha, percorrendo uma espiral bordada com o dedo, com medo de olhá-lo nos olhos.
— Bem, é um avanço - Aquelas palavras simples me encheram de gratidão. Agarrei a mão dele depressa. Seja lá qual fosse o motivo pelo qual os Seis Deuses haviam me abençoado com a amizade de Bambam, eu jamais poderia agradecê-los o bastante.
— Não sei o que fiz para merecer você - falei baixinho.
— Já passamos por muita coisa juntos. Você sempre me apoiou nos escândalos e nos momentos de coração partido, e agora é a minha vez de retribuir. - Levei a mão quente dele à minha bochecha e beijei delicadamente suas curvas bem conhecidas — Então ele sabe?
— Deve saber.
— Ele a pegou em uma posição comprometedora? - Ele deu um sorriso malicioso. Minhas bochechas arderam.
— Não importa. Ela se casará com ele de qualquer modo. O dever obviamente importa para ela mais do que qualquer coisa que haja entre nós. A Coroa vem em primeiro lugar.
— Você não disse nada quando ela falou que te amava?
— Bem… - falei hesitante — Eu a beijei. E então também disse que a amava.
Eu quase não queria contar aquilo a ele, porque era a única coisa que eu queria guardar comigo: a forma como ela me surpreendera e me fizera acreditar por um instante que as coisas poderiam dar certo.
Bambam ergueu as sobrancelhas.
— E o que aconteceu na noite passada?
— Eu não aguentei me separar dela depois da Cavalgada. - Belisquei meu braço para impedir que minha voz vacilasse — Contei a ela que estou pensando em me casar com Lady Beaumont. Mas ela não quis me ouvir.
— Eu também não quero - ele resfolegou.
— Mas as terras dela ficam próximas de Iridia. Talvez se eu fosse embora com ela, poderia descobrir o que está acontecendo de fato. Ou, assim que estivermos perto da fronteira, eu poderia cruzá-la. Cavalgar sozinha até Iridia para avisar a rainha que o reino dela está sendo incriminado.
— Você está desviando do assunto. Isso não tem nada a ver e você sabe disso. Não fuja de seus sentimentos. E não sei se gosto mais da ideia de você cavalgar sozinha até Iridia do que dessa história de você ir embora com Lady Beaumont.
— Que outras opções eu tenho? Mesmo se eu não for com Lady Beaumont, não posso continuar entrando de fininho pela janela de Jennie quando ela estiver dividindo o quarto com meu irmão. Tudo isso foi um erro terrível.
— Mas talvez, se não tivesse sido pega, poderia ter tido tempo de montar um caso melhor.
— Que caso? - choraminguei — Não tenho um caso. Não tenho nada a oferecer a ela. Mal sei o que farei da minha vida, o que significa que não tenho nada que possa dar a ela, principalmente nada que possa competir com ser rainha.
— Ser rainha é o que ela quer?
— É o dever dela. E o dever é a coisa mais importante para ela. - Voltei a me deitar no travesseiro — Deuses, como sou idiota! Inacreditavelmente idiota. Como fiquei assim idiota? Você devia ter arrancado a idiotice de mim na pancada quando teve a chance.
— Você não é idiota - ele disse, tocando minha cabeça com delicadeza — Você está apaixonada.
Eu o odiava e amava por estar tão certo.
— E agora… agora que meu pai… nosso tempo acabou - falei, mal conseguindo pronunciar as palavras enquanto segurava as lágrimas — Não posso mais falar disso. Pode ficar aqui e me fazer um pouco de companhia?
— Por quê? Quer que uma nova fofoca comece a circular por aí? - ele provocou.
— Não quero ficar sozinha. - Eu podia sentir o pesar esperando para me engolir novamente.
— Tudo bem. - Ele se esticou na cama, apoiado no cotovelo, segurando a cabeça com a mão. Eu me aninhei junto a ele, embora aquilo não fechasse a ferida no local em que um dia ficara meu coração.
— Conte-me histórias bobas dos vassalos. Melhor ainda, conte-me piadas idiotas dos vassalos. Eles conhecem as melhores piadas sujas.
Ele riu e acatou meu pedido, e, em algum momento, caí num sono agitado.
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Fogo E Estrelas (G!p) - Jenlisa
RandomESSA ESTÓRIA É DE TOTAL AUTORIA DE AUDREY COULTHURST, PORTANTO, TODOS OS DEVIDOS CRÉDITOS VÃO PARA ELA! Duas jovens princesas, unidas por um acordo matrimonial. A princesa Jennie sempre soube o que o futuro lhe reservava: noiva desde criança do prín...