capítulo 44

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VIVIANE RODRIGUES

Especial parte 1

quatro mês atrás...

Cresci numa casa de evangélico e preconceituoso, o jeito de se vestir e incomodo para eles, as músicas que escuto, não posso falar palavrão e ainda tem uma regra ridícula que tem que casar com 18 anos com o varão da igreja.

Eu nem saio de casa direito, só da escola para casa e de casa para igreja.

Eu tenho 16 anos e não quero me casar com o Guilherme, o baterista da minha igreja filho do pastor Max, nasci para casar com esse Zinho aí.

Garoto ridículo,babaca e inútil. Pensa em um nojento e esse Guilherme. Aí me dá ódio só de pensar nele.

Nunca fui de sair de casa para outros lugares sem ser a escola ou igreja. Sempre fiz esse mesmo trajeto que eu acabei de explicar.

Até que um dia eu saí da escola com uma colega que também mora no morro, que me chamou para ir em um pagode aqui mesmo. Como eu não saio muito, pensei em negar, mas a curiosidade falou mais alto...

Ai fui eu, mandei mensagem para a minha mãe falando que ia para a minha avó que morava também no morro, e partiu para casa da colega... Chegando lá ela me emprestou um vestido bem curtinho preto.

Não me senti muito confortável, mas não tinha roupa mais comportada a não ser short jeans e top com bastante decote, ela arrumou o meu cabelo e fez uma maquiagem bem bonita em mim.

E partiu pagodeeee!!!!!

Minha colega tem moto, então não precisamos pedir nada a ninguém.

[...]

Nunca bebi nem um tipo de bebidas alcoólicas ent não tem isso na minha família a não ser vinho. Sentadinha no cantinho da mesa olhando um pessoal se divertindo e rindo atoa.

Minha colega já tinha sumido e eu fiquei sozinha na mesa. Escutei pessoas falando de um tal "Moretto" que estava na porta do pagode para entrar junto com o seus seguranças e tal...

Como não sabia quem era nem liguei. Curtindo um pagodinho e bebendo uma coquinha gelada, entrou um cara bem alto e forte todo tatuado e bonito, Parecia que era bem mais velho que eu.

Observando ele chegar falando com todos e tudes, parecia bem sério e simpático. Mas não tinha reparado quem vinha atrás dele...

Um monte de caras armados com uma expressão ruim, como se fosse matar qualquer um que encosta no cara da frente.

Ele foi até o balcão e fez o seu pedido, ele falou alguma coisa para o atendente rir e entrou para pegar o seu pedido.

Até que ele sentiu o meu olhar em cima dele e eu rapidamente desvio o fazendo dar um sorrisinho de lado, ele pegou o seu copo em um maço de cigarro, falou alguma coisa no ouvido de um homem que estava com ele.

E apontou com a cabeça para mim,já comecei a ficar nervosa e levantei indo para o banheiro...

Entrando no banheiro FEMININOOOO!!! Quem veio atrás? Quem será??? O mesmo cara que eu encarei lá fora. Entrei numa cabine e subi em cima do vaso ficando quentinha...

Desconhecido: tá se escondendo pretinha, porquê? Tá devendo ou tá com medo?— sua voz me arrepia.

Deus oque eu faço para esse homem ir embora daqui.

Desconhecido: olha eu não mordo não, só se você me pedir.— deu uma risada bem grossa e rouca.— eu sei que você está aqui preta gostosa, abre aqui!!

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