Jadynna ✨
Abro os meus olhos, sentindo a claridade em meu rosto. Pisco algumas vezes, ainda meio zonza. Lembro da noite passada e me viro pra Kennedy, grudado em mim feito carrapato.
Odeio ser acordada pela claridade, Kennedy esqueceu de fechar a janela. Solto um suspiro, sentindo ele começar a se mexer atrás de mim. Me viro para ele, vendo os olhos dele começarem a abrir.
Ele pisca algumas vezes e nega com a cabeça, se aproximando de mim e colocando o seu rosto no meu pescoço. Me arrepio ao sentir sua respiração ali.
Jade: Eu preciso levantar, tenho que me arrumar e pegar o meu celular. — ele tira o rosto dali e me olha, com os olhos pequenos de quem acabou de acordar. Ele se estica um pouco e pega o celular em cima do criado mudo — Que horas são?
Imperador: Onze. — resmunga, a voz rouca — Vai agora não, pô. Bora trocar o papo que eu disse.
Jade: E tu quer falar sobre o que? — arrumo a camisa dele que estava em meu corpo, que tinha subido demais, me sentando na cama e me encostando na cabeceira dela — Já sei até sobre o que é e você sabe bem a minha resposta. — começo a falar — Se for pra começar com o papo de querer ficar comigo, enquanto tu come todas e eu tenho que ficar só contigo, sinto muito, não vai rolar.
Imperador: Porra, mano. Tu não deixa nem o cara terminar, pô. — estala a língua no céu da boca, irritado. Fico quieta, esperando ele se explicar, já que tanto queria. — Se tu tiver de acordo, nós começa a ficar de boinha, tu só comigo e eu só contigo. — assim que escuto essas palavras, ergo a sobrancelha no mesmo momento.
Parecia até que eu estava delirando. Kennedy querendo ter alguma coisa comigo, se rendendo a ficar apenas comigo para me ter só para ele.
Jade: Tu vai ficar só comigo? — ele concorda com a cabeça — Não sei não, hein...
Imperador: Não sabe o que, pô? Eu posso ser tudo, mas eu sou um homem de palavra. Se eu disse que vai ser só você, vai ser só você. — fala sério, quase ameaçador.
Jade: Não parece ser um homem de palavra, já que foi falar pra tua mãe que tu que terminou o que a gente nem tinha começado. — relembro essa situação a ele. Isso que Sônia falou para mim estava martelando na minha cabeça desde o dia que ela me falou, tava só esperando o melhor momento pra jogar na cara dele. E parece que esse momento chegou — Então quer dizer que foi tu que não quis mais continuar? — solto uma risada irônica — Eu juro que eu não sabia disso. — encaro bem a sua cara, a expressão do rosto dele muda, agora ele tira o seu olhar de mim e passa a mão no rosto.
Imperador: A coroa vai falar o que nem sabe, nem falei assim o bagulho. Ela tá viajando. — nega com a cabeça e volta a olhar pra mim, mas já está visivelmente irritado.
Jade: Não foi o que ela me disse. — dou de ombros — Você é muito sujo, cara. Mentiu na cara dura, Kennedy. Tem vergonha na cara não? Achou que eu não ia saber?
Imperador: Sujo o que, porra? Falei caralho nenhum, tu e ela que tão viajando. — começa a se fazer de vítima. Muito sonso, não dá! — O cara tá aqui falando o bagulho sério e tu já começa a fugir do assunto, mas é isso mermo, Jadynna. Se tu não quer, diz logo, porra. Fez o maior show querendo que eu ficasse só contigo e agora não tá dando a mínima. Tá certinha.
Jade: Ai depois eu que tenho problema com bipolaridade. Tu que fica fugindo do assunto, fica se vitimizando. — nego com a cabeça — Eu nunca disse que queria que tu só ficasse comigo, só disse que não iria ficar apenas contigo, enquanto tu comia meio mundo.
Imperador: Tá vendo, pô? Já entendi, precisa dizer nada mais não, é isso aí mermo. — começa a levantar da cama e eu fico olhando para ele.
Jade: Tu é maluco? Eu nem falei nada. — ele me ignora e eu vejo ele andando até a mesinha e pegando um baseado de maconha já bolado, junto do isqueiro — Eu não disse nada, doido.
Imperador: Doido o meu pau na tua buceta. Fica me chamando de doído, daqui a pouco eu te mostro o doido. — fala puto e eu abro um sorriso. Ta doido mesmo ele. Kennedy abre a janela e ascende o baseado com o isqueiro — Fica de graça pro meu lado. — estalo a língua no céu da boca e ponho os meus pés no chão, pegando impulso para levantar. Vou caminhando até ele e chego pós trás do seu corpo, passando minha mãos pela sua cintura.
Jade: Só não vale chorar, velhinho. — falo, provocando ele, sabendo que ele iria surtar em 1... 2... 3...
Imperador: Velhinho o meu pau, porra. Velho um caralho, tomar no cu. — tenta se afastar de mim — Me solta, caralho. — segura na minha mão, tentando tirar dali, mas eu faço força — Tô brincando não, pô.
Jade: E nem eu, insuportável. — solto ele, que volta a se posicionar com o cotovelo encostado na janela, enquanto leva o baseado até os lábios e dá um trago — A gente vai tentar, mas eu não quero que ninguém saiba, vai ser só a gente. — ele solta a fumaça e vira a cabeça para mim — Se você vacilar, eu corto o seu pau em 5 pedaços, ainda frito e faço tu comer. — sua expressão muda, ele fecha a cara de vez, mostrando que não gostou nada do que eu acabei de falar — Bom você andar na linha, porque se eu descobrir qualquer coisinha, eu não quero mais. Nunca mais. — dessa vez eu falo séria, mas ele tira o olhar de mim e voltar a olhar a vista. Kennedy continua de cara fechada e eu reviro os olhos, andando até ele e me abaixando para ficar entre o seu corpo e a janela — Tá puto é velhinho?
Imperador: Tu fica me chamando de velhinho, fica mermo. Daqui a pouco tu vai ver o velhinho. — fala puto, levando o baseado até os lábios e tragando.
Jade: Eu quero ver. — sorrio maliciosa e fico na pontas de pé, passando meu braço pelo o seu pescoço — Só não vale surtar, mô. — ele solta a fumaça para cima, pra não pegar no meu rosto e continua sem me olhar. Seguro na sua nuca e abaixo a sua cabeça para ele olhar pra mim. Ele me olha com a cara de puto, bolado pra caralho, do jeito que eu amo. Sorrio para ele, o que faz ele negar com a cabeça.
Imperador: Tu é maluca, papo reto. — sussurra, olhando nos meus olhos — Abusada, marrenta do caralho. Gosta de meter marra pra cima de mim, tu ainda tem que aprender muito, princesa.
Sinto uma coisa percorrer pelo o meu peito e uma sensação boa na minha barriga, parecendo com um cala frio. Kennedy se abaixa mais, passando a mão pela a minha bunda e me puxa para cima, fazendo eu passar minha perna pela sua cintura. Ele conseguia me pegar nos braços com apenas uma mão.
Ele me põe em cima da parede da janela e fica entre as minhas pernas, levando o baseado até os lábios novamente. Só assim pra eu ficar exatamente do tamanho dele. Ele solta a fumaça para o lado, pra que não pegasse em mim e com a outra mão fica apoiada nas minhas costas, me segurando ali. Seguro em seu rosto com as minhas duas mãos, fazendo com o que ele me olhasse.

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Através das Grades [M]
Fanfiction+16| a visita íntima era apenas um detalhe em um jogo maior, o jogo do amor.