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Jade

Termino de arrumar a minha bolsa, conferindo se já estava tudo certo. Fecho ela e e sento na cama, pegando o meu celular para falar com as meninas.

Dani: Vocês estão prontas?

Isa: Tô pronta, só vou comer

Dani: E tu Jade?
Daqui a meia horinha vamos sair

Jade: Oi
Tô pronta já, só esperando vcs

Isa: Jade, qnd for descer me avisa

Jade: Tá bom

Eu saio da conversa, me levantando da cama e saindo do meu quarto. Chego na sala, vendo minha mãe sentada no sofá, enquanto mexia no celular até lado de Paçoca. Ela tira q atenção do celular e me olha.

Andréa: Já vai? — eu confirmo com a cabeça, indo em direção a ela e deixando a bolsa no chão, pego Paçoca no colo e sento do lado dela.

Jade: Tô só esperando Dani pra descer lá pra casa de Isadora. — ela concorda com a cabeça — Vamo passar com tia Marlene mesmo?

Andréa: Tu ainda pergunta garota? Claro que eu vou né, Jade. — revira os olhos — Vai aproveitar, eu em. Sai do meu pé, chulé. — ergo a sobrancelha.

Jade: Quem disse que eu quero ficar no pé da senhora? — acaricio a cabeça de Paçoca — Tá muito convencida, eu que não tava muito afim de ir. Por mim eu passava aqui mesmo, mas as meninas ficaram no meu pé.

Andréa: Tudo isso por causa do Imperador? — nega com a cabeça — Tu tem mesmo que ir, jogar na cara dele que ele é insignificante na tua vida. Ai garota, tu tem que saber fazer.

Jade: Tu e os teus conselhos. — sorrio de lado — Eu sei, mãe. — sinto o meu celular vibrar e desbloqueio ele, vendo as mensagens das meninas.

Dani: Vamos sair mais cedo
Terminou de comer Isa?

Isa: Sim, só esperando vcs

Dani: Vamos sair agora

Jade: Vou descer Isadora

Isa: Beleza

Levanto do sofá, colocando Paçoca no chão e pego a bolsa do chão.

Jade: Vou descer pra Isadora. — arrumo o meu vestido no corpo.

Andréa: Tá bom. — coloca o celular de lado — Três dias, né? — concordo com a cabeça — Me avisa quando chegar, vigia na terra e juízo.

Jade: Tá bom, beijo. — ando um pouco até ela e me abaixo, deixando um beijo no tipo da sua cabeça — Te amo.

Andréa: Eu também te amo. — segura em meu rosto, deixando o beijo na minha bochecha — Vai com Deus. — sorrio, começando a ir em direção a porta.

Jade: Tchau. — abro o portão, escutando ela falar tchau de volta. Saio de casa e começo a descer a escadaria, logo parando na entrada do beco da casa de Isadora. Pego o meu celular e aviso que já estava aqui, vendo ela sair de casa logo em seguida.

Isa: Tu tá levando quantos biquínis? — pergunta assim que chega perto de mim e eu começo a andar.

Jade: Peguei quatro por precaução. — arrumo a bolsa mala roxa na mão, segurando o meu celular com a mesma mão que estava segurando ela.

Isa: Tô levando três, mas acho que dá né? — concordo com a cabeça. Vamos descendo até chegar na esquina e não demora muito para vermos o carro de Nino, junto a uma moto logo atrás dele. Vamos entrando no logo já estamos seguindo viagem.

[...]

Abro os olhos, me despertando do meu cochilo, ao ser acordada por Isadora, avisando que já tínhamos chegado. Pisco algumas vezes para raciocinar e levo meu olhar para a janela, vendo o caro parado em frente a uma casa. A casa era bem bonita, grande e toda na cerâmica. Típico praia de casa de praia. Ao redor só tinha mato, árvores, não tinha mais nenhuma casa. Tinham algumas moto na frente dela e alguns carros.

Alguém meninos estavam de fuzis na frente da casa, provavelmente fazendo a contenção. Sinto um frio na barriga, desejando e pedindo a Deus que essa viagem desse tudo certo, que não acontecesse nada com a gente. Meu maior medo era que a polícia batesse aqui do nada.

Nino: Vão descendo e entrando, vou resolver um bagulho. — pego minha bolsa que estava no chão e Nino destrava a porta do carro.

Eu dormi o caminho todo, tanto que nem senti quando chegou. Acho que quando deu umas meia hora de viagem, já peguei no sono. Saímos de lá de 13 hora da tarde, pego o meu celular e vejo que já eram 16:30 da tarde. Saio do carro junto das meninas e me viro para elas.

Isa: Vamo entrar. — não falo nada, ainda não tinha raciocinado direito, apenas acompanho as duas, que se seguiam entre si. Se Kennedy já não tiver lá dentro, aposto que esse bagulho que ele irá resolver será a chegada dele. Já que nesses 30 minutos que eu passei acordada no carro, escutei Nino falando com alguém pelo radinho. Ele perguntava como tava indo o caminho, se tava tudo certo, se tavam fazendo a contenção do carro e blá-blá-blá, deduzi que era sobre Kennedy.

Pra ser sincera, a essa altura do campeonato, saber que ele está aqui ou vai vir não está mudando em nada na minha vida Não me importo ou não dele vir, eu só quero me divertir, aproveitar esses três dias aqui em Búzios, um lugar novo, diferente, onde nunca vim.

Ao entrarmos na casa, meu olhar logo vai para as pessoas que estavam presentes lá. Pessoas que eu nunca vi na vida, mas todos eles provavelmente eram envolvidos com o crime, até porque se não fossem, nem estariam aqui. 

Os olhares deles vem até eu e as meninas, as mulheres que estavam ali, a maioria já de biquíni, andando pela casa, enquanto os homens estavam sentados no sofá. Nego com a casca e sigo o meu caminho.

Através das Grades [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora