𝐅𝐈𝐆𝐇𝐓 | Sensei Wolf ✓

027

O INTERVALO PROSSEGUIA, ENQUANTO todos se preparavam para a final masculina.

Yujin, perdida em um turbilhão de pensamentos, andava distraidamente. Seu caminho foi interrompido abruptamente quando alguém chocou-se contra ela.

— Desculpe.

Ela ergueu os olhos, surpresa, foi a primeira vez que ela de fato o ouviu falar. Axel Kovacevic estava na sua frente, parecendo envergonhado.

— Peço desculpas também, eu estava distraída.

Apesar dele ter machucado Robby, ela não tinha nada contra ele, pois achava que a culpa era de Wolf.

O garoto continuou olhando pra ela, parecia inseguro se devia falar algo.

— Parabéns pela sua vitória.

Ela o olhou surpresa.

— Oh, Obrigada. - sorriu sutilmente.

Ela viu uma leve mancha no seu rosto e franziu o cenho.

— Você...

— Axel.

A voz profunda de Wolf soou atrás dela, interrompendo sua fala. Ambos, tanto o garoto quanto ela estremeceram, surpreendidos com a presença repentina.

— Vamos. - ordenou.

Ela se virou pra ele, notando seus familiares olhos frios.

Axel ia em sua direção, mas ela o impediu, colocando a mão em seu peito. Ele olhou surpreso, Wolf ergueu a sobrancelha.

— Eu estava falando com ele. Você não sabe que é falta de educação interromper uma conversa? - seus olhos perfuraram os dela.

— Axel. - deu um passo a frente, o garoto deu um passo quase imperceptível pra trás dela.

— Você manda nele agora? - falou friamente.

— Eu sou o sensei dele! - ele exclamou, finalmente falando diretamente pra ela.

— Abaixe seu tom!

Ele piscou e deu um passo pra trás.

— O que você está fazendo? - franziu o cenho.

— Eu quem deveria te perguntar. - retrucou.

— Não deveria está falando com ele.

— E porque não? - falou desafiadoramente.

— Você é do dojô rival.

— Estamos em um campeonato ou em uma guerra? - riu friamente. — Quanto drama.

— Não deveria se meter nisso.

— Ah, eu... - Axel tentou falar.

— Quieto! - Wolf falou.

— Não mande ele ficar quieto, ele não é uma criança! - exclamou.

— Algum problema aqui? - Cheng aparece.

Wolf desvia o olhar pra ele, e se olhar pudesse matar, Cheng já estaria morto.

— Não é da sua conta. - falou ríspido.

— Ah, se ela está envolvida. - apontou para Yujin. — É da minha conta sim.

— Ah, é? - se aproximou. — Por quê?

— Porque ela é minha garota. - deu um sorriso irônico.

Yujin fechou os olhos, se perguntando porquê Cheng estava provocando daquele jeito.