Família Reunida

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Os dias que estavam sozinhas na casa, passaram rápido. Emma e Regina se ocuparam com coisas diversas, como ir até a cidade, visitar alguns pontos turísticos e aproveitar o que podiam dentro da propriedade mesmo.

As piscinas, e até mesmo a estante de livros, foram os pontos que mais ganharam a atenção das duas. Sem contar, é claro, o corpo uma da outra. Todo o momento que podiam, estavam se tocando, beijando e explorando aquela nova liberdade.

Os dois dias que passaram ali, as aproximou muito mais do que estavam esperando que acontecesse. Sabiam que toda aquela história iria fazer a relação que já existia entre elas se fortalecer e, consequentemente, criaria uma nova. E essa nova relação, estava cada vez mais intensa e um pouco confusa.

Por conta do namoro falso, precisaram desenvolver uma intimidade que convencesse quem as vissem juntas. Mas, sem perceber, estavam agindo de fato como um casal. Acordavam abraçadas, faziam a higiene matinal juntas, passavam o dia inteiro pensando em algo que pudessem fazer e que fosse do agrado de ambas, tomavam banho juntas e na hora que iam dormir, voltavam a se abraçar.

Não percebiam as atitudes, mas sentiam as mudanças que elas estavam causando em seus corações.

Naquele momento, estavam fazendo o café da manhã para receber seus familiares, que a qualquer momento chegariam. Enquanto cozinhavam, Crazy Little Thing Called Love tocava no celular da morena. Emma se mexia ao som da música, enquanto terminava as rabanadas, enquanto a morena cortava as frutas.

Depois de tirar a última rabanada da panela, Swan puxou Regina pela mão, fazendo-a começar a dançar. Apesar da letra ser um pouco sugestiva, a melodia as fazia sorrir e se mexerem animadas. Elas sentiam o que aquele momento estava causando: os corações batendo mais forte que o normal, os sorrisos que não saiam de seus rostos e a vontade de repetir aquele momento por várias outras manhãs.

A música foi chegando ao final, junto com a dança que compartilharam, que foi finalizada com as duas abraçadas. Seus olhos se encontraram, num olhar cheio de significados e que dizia tudo o que os lábios não eram capazes de verbalizar ainda.

— Vocês são o casal falso mais romântico que eu já vi. — A voz de Renata adentrou a cozinha, quebrando o momento que compartilhavam e as fazendo olhar na direção da porta da cozinha, um pouco assustadas. — Bom dia, Gina!

— Bom dia, Nata! — O olhar de Regina dizia o quanto ela tinha se assustado com a presença da irmã.

— Fiquem tranquilas, o Dani está pegando as malas, o Henry está dormindo e mais ninguém chegou. — A legista assentiu. — Bom dia, Emma!

— Bom dia, Renata! Tudo bem? — A loira se aproximou da cunhada, deixando um beijo em seu rosto e lhe dando um leve abraço.

— Eu estou ótima! E, pelo jeito, você também está. — Cutucou.

— Realmente, não tenho do que reclamar.

A resposta de Swan foi tão espontânea, que a psicóloga se surpreendeu. Ela não estava fingindo, muito menos tentando encobrir algo. As sobrancelhas de Renata se ergueram e Regina deu de ombros, sabendo que a irmã iria questioná-la depois sobre isso.

— Fizeram uma boa viagem? — perguntou a legista.

— Fizemos, sim. O Henry dormiu assim que entramos no carro, como sempre. Daqui a pouco ele tá correndo pela casa. E vocês, como estão as coisas por aqui?

— Estão bem! A mamãe deixou tudo pronto, então tivemos que nos preocupar apenas com as refeições e aproveitar o tempo até vocês chegarem.

— Ela ainda não chegou?

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