𝐅𝐈𝐆𝐇𝐓 | Sensei Wolf ✓

020

A LUZ SOLAR RASTEJOU ENTRE as brechas das janelas, as cortinas parcialmente fechadas permitindo que pequenas faixas reluzentes invadissem a quietude gelada. O silêncio era quebrado apenas pelo suave zumbido do ar condicionado.

Ela despertou, percebendo imediatamente o braço firme e musculoso envolto à sua cintura. Imediatamente ela se sentiu aquecida; apesar do ar frio do quarto, o corpo dele estava quente, colado ao seu.

As grossas cobertas os cobria, escondendo seus corpos sem roupas.

— Acordou? - ela estremeceu quando ouviu a voz rouca dele.

— Huhum. - murmurou, sentindo ele a puxar mais pra perto e esconder o rosto em seus cabelos. — Qual vai ser a programação de hoje?

— Ficar na cama. - disse rapidamente. — Não vamos sair daqui.

— Não te conheci sendo tão preguiçoso. - riu.

Ele se afastou um pouco para olhá-la, ela fez o mesmo.

— Isso é culpa sua. - deu um sorriso preguiçoso. — Não consigo me desgrudar de você.

Ela riu novamente, sentindo o rosto esquentar. Apesar do mês que passaram juntos, ela ainda não estava acostumada.

— Podemos aproveitar mais um pouco... - ele se inclinou para cima dela.

Ela estreitou os olhos, divertida.

— Ontem não foi o bastante? Estou toda dolorida.

— Está reclamando? Você quem disse para eu não me segurar. - ergueu a sobrancelha.

— Não estou reclamando. - passou os braços pelo pescoço dele. — Fique a vontade, senhor Xiao.

Ele se encaixou entre as pernas dela.

— Com você nunca é o bastante. - beijou sua bochecha. — E eu amo como fala meu nome.

Ele afundou o rosto no pescoço dela e impulsionou seu quadril.

●●●

Um mês se passou depois do cancelamento do dojô. Yujin e Wolf resolveram ir para China, longe de todos os outros.

— Não acredito que está me fazendo te carregar. - balançou a cabeça negativamente.

Os dois estavam subindo uma vasta escadaria, em direção ao templo que visitaram no passado. Wolf a carregava nas costas como uma mochila.

— De quem foi a ideia da gente subir aqui?

— Minha. - revirou os olhos.

— E quem foi que quis repetir até me deixar exausta?

— Eu. - seus lábios se erguem em um sorriso orgulhoso.

— Então também é sua a responsabilidade de me carregar. - balançou os pés. — Seu corpo é forte, veja isso como um treino.

Ele riu.

— Tá bem, senhorita. Aproveite a viajem. - a ajustou no corpo.

Ao chegar no topo, ela desceu das suas costas. Ele nem mesmo parecia cansado.

Ela aproximou-se da borda, contemplando o vasto céu ensolarado. O ar frio contrastava com o calor do sol, enquanto o suave canto dos pássaros oferecia uma calma tranquilizadora. Ela fechou os olhos, sentindo o perfume que a natureza oferecia.

Sentiu os músculos do peito dele encostarem em suas costas, e logo seus braços envolveram sua cintura.

— Você sempre reclama de subir até aqui... - descansou o queixo na cabeça dela. — Mas os seus olhos sempre brilham com a vista daqui de cima.