capítulo 16

4.2K 464 114
                                    

{Margareth Sullivan}

Ver Cleópatra embolada com uma modelo da empresa concorrente, foi certamente uma das melhores partes, foi uma surpresa? Foi, mas eu sei que teve um bom motivo para Cleo ter batido na garota, ela não é do tipo que se rebaixar, então Natasha deve ter feito alguma coisa.

Irei perguntar depois para Nunes.

No começo, até pensei em interferir, mas a minha rainha estava batendo, arregaçando a cata dsquela lá, então sim, eu gravei, peguei uma câmera de alguém que estava dando, coloquei um ângulo ótimo, que deu pra ver todos os puxões de cabelo que são dadas na modelo concire.

Obviamente ameacei Natasha, depois da confusão com Cleópatra, não ia fazer nada, apenas ameacei, tanto processá-la, quanto acabar com a vida dela.

É loucura pensar que conheci Cleópatra por praticamente uma semana, o que essa mulher tá fazendo comigo hein?

- Quando você descobriu que se sentia atraída por mulheres? tipo... como eu... vou saber... - murmura curiosa.

Acho que alguém está finalmente se interessando por mulheres.

Parece que agora, meu plano infalível, pode finalmente me dar algum retorno, não que ele não esteja dando algum retorno.

- tem uma maneira de saber. - passo a língua por meus lábios, os umidecendo.

- qual? - seu olhar que estava fixo na garrafa de água, se volta para mim.

Esperei por essa oportunidade a semana toda.

Puxo a mulher para se sentar em meu colo, a pegando de surpresa.

- essa aqui. - aproximo nossos rostos, a ponto de conseguir sentir sua respiração.

Pressiono meus lábios contra os da mulata, deslizando minha língua em sua boca com agilidade, enquanto a mulher envolve seus braços em volta do meu pescoço. Agora sim, tenho a certeza de que, ela estava com tantan vontade desse beijo quanto eu.

Separamos o beijo por falta de ar, seu olhar imediatamente se desviou do meu, coloquei minhas mãos em sua cintura, vendo a mulher se arrepiar.

- e ai, descobriu? - sussurro em seu ouvido.

Cleópatra Nunes não se mexeu, não disse nada, espero que ela fale logo algo, eu sou ansiosa, ela recuperava seu fôlego, assim como eu.

- eu... eu não esperava beijar meu chefe. - ele murmura, passando a mão pelos cabelos. - vou ser demitida por ter retribuído o beijo?

Como segurar o riso? Não tive como. Gargalhei jogando a cabeça para trás.

- Claro que não. - respondi ainda entre risadas.

- nem por estar no seu colo? - seus olhos brilham com pura sinceridade, não acredito que ela esteja realmente preocupada com isso.

- não é para você estar na minha posição. - apoio minhas mãos nas coxas da outra.. - posso te dizer a verdade?

- pode.

- acho que você já sabe que eu quero você, e isso não é de hoje. - não consigo não ser direta nessa parte. A mais nova sai do meu colo, calmamente. - Então, se  algum dia eu passar do limite, ou algo assim, não tolere por eu ser sua chefe.

Eu necessitava dizer isso, talvez eu necessitasse falar isso amis do que do beijo. Eu já sabia que ela tem medo de mim, e não é isso que eu quero, sabendo que o antigo relacionamento da Cleo não foi um dos melhores, e eu quero mantê-la em segurança. Eu sei que nunca iria além dos meus limites com ela, a não ser se for pela segurança dela, como matando uma pessoa, batendo em alguém, coisas pequenas, mas mesmo assim, sou um ser humano, um se humano tem erros, vai que eu erre. Deus me livre errar.

Deus, se tiver me ouvindo, nunca te pedi algo com tanta sinceridade na minha vida, não me deixa errar com ela, nem fazer nenuma besteira.

Mas sei que eu também tenho que fazer a minha parte.

- Certo... - concorda. - Calma... então você nunca quis me matar?

- que? - arqueio uma sobrancelha. Ela tem uma imaginação muito forte.

- você nunca quis me matar? - repete.

- não. - falo rapidamente. - nunca.

Dizem que as mulheres mais bonitas, são também as mais loucas... Eu não acreditava, mas, nossa, Cleópatra é muito bonita, ela faz jus ao nome de rainha, porém tem alguns parafusos soltos.

Ela parecia estar concentrada em seus próprios pensamentos de novo, como se estivesse calculando uma conta, uma conta extremamente difícil, e que exigia sua maior concentração.

- oh, chata. - a voz de Eliza soou no cômodo, enquanto a mesma abria a porta.

Cleópatra, que estava em pé na minha frente, levou um leve susto com a entrada repentina da mini Sullivan.

- Queria que você soubesse que a imprensa tá toda procurando vocês, e todos estão curiosos para saber quem é Cleo. - ela se joga no sofá.

- porque? - sentou ao meu lado.

- porque a imprensa quer saber quem é a garota que bateu em Natasha Johnson, e que ainda saiu com Margaret Sullivan. - explica.

- e eles não vãonos deixarem paz, atéeles descobrirem o que querem saber. - completo.

- tipo naqueles filmes? De pessoas famosas e ricas? - a cacheada intercala seu olhar entre eu e Beth.

- é, basicamente.

- quer ir embora agora comigo? - murmuro para Cleópatra, já sei a resposta, mas preciso confirmações, é sempre bom.

- por favor. - pega sua bolsa.

- Eliza, a gente já vai, amanhã lido com esse povo maluco da cabeça. - como se eu não fosse louca da cabeça. Mas eu sou uma maluca consciente.

Nos despedimos de Elizabeth, infelizmente não consegui nem ver quem é a tal loira que ela veio. Eu estava seguindo com minha acompanhante pelo corredor minha irmã havia mencionado, para que pudéssemos sair pela entrada dos funcionários.

- perdão, por não termos ficado mais tempo. - abro a porta do automóvel pra de pele negra, dando a visão de um buquê de rosas. - pega, é teu.

Flores realmente deixam uma mulher alegre, conclui isso pelo lindo sorriso que minha rainha maravilhosa deu.

- nossa... muito obrigada... vou ficar mal acostumada se você me der outro buquê. - diz. - e que perdão que nada, graças a Deus. - entra no carro. - essas pessoas, tudo engomadinhas, com cara de rato, fingindo gostar das outras pessoas, são tudo cobra.

Ela definitivamente não gosta de festas, nem nada do tipo.

- tenho quase certeza de que Athena vai ficar orgulhosa de mim. - comenta.

- porque? - dou partida no carro.

- porque pela primeira vez bati em alguém que não fosse meu irmão. - se acomoda.

- falando nisso, o porque aquela maluca veio atrás de ti? - mantenho meu foco no trânsito.

É difícil tirar uma bugatti sem chamar muita atenção, mais tudo certo, eu consegui, até porque eu sou foda. Metade das pessoas viram, acontece né.

- porque ela é uma preconceituosa de merda. - emburra.

Era notório que Cleópatra Nunes hoje estava muito mais confortável em relação a ficar próxima de mim.

E isso é uma maravilha.

    _____________________________________________

Perdão pela demora gente, e perdão se tiver algum erro.

Girassóis à Beira-Mar Onde histórias criam vida. Descubra agora