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Cicatriz.
Rocinha, Rio de Janeiro.

Abri os olhos incomodado com a porra da claridade mais não foi por causa da claridade que eu acordei e sim pelo corpo que se mexia em baixo de mim tentando se livrar dos meus braços.

Só de ver aquele cabelão loiro espalhado pelo meu braço eu sabia bem quem era.

– fica quieta carai.

Isis: eu quero ir no banheiro Cicatriz, me solta, por favor cara.

Respirei fundo tirando o braço de cima dela e senti a cama se esvaziando, puxei o travesseiro que ela tava deitada e agarrei ele sentindo o cheiro dela impregnado ali.

– porra....

Murmurei depois de alguns minutos que se passaram e levantei indo atrás dela que tava se olhando no espelho, ou melhor, olhando pras marcas que eu deixei nela.

Isis: você é um desgraçado, tenho almoço de família hoje e como que eu vou aparecer lá assim?

– aparecendo ué, ta gatona com a minha marca aí, tuas tia vão ficar com inveja.

Ela me olhou indignada e eu ri entrando dentro do chuveiro.

– vem tomar um banho comigo po, ir cheirosinha ver seus parente.

Isis: meu querido, você já me comeu né? Já passou da hora de você me expulsar da sua casa e começar a ser um escroto comigo.

– ta malucona loirinha? lembro de tu me falando que não era qualquer uma pra ser tratada igual vagabunda.

Isis: poisé, mais você é homem e bandido, vai me dizer que se importa com o que eu falo?

Olhei pra ela sentindo a água descendo pelo meu corpo e percebi o olhar dela passar por tudo que era parte.

– geralmente eu não me importo mermo não, mais tu é diferente, ainda não sei que porra que cê tem mais uma hora eu descubro.

Isis: uma hora cê descobre? então nois vai ficar se envolvendo? achei que ia ser só um pente e rala.

Ela entrou dentro do box e eu sorri deixando ela ficar em baixo do chuveiro.

Isis: cê não vai me comer aqui não? eu só entrei de baixo desse chuveiro pra isso, até porque aqui não tem nenhum shampoo ou condicionador pra desembaraçar essa obra de arte que você fez.

Olhei pro cabelo dela que tava todo bagunçado e não evitei de dar risada

– tu reclama agora mais na hora gosta né safada?!

Dei um tapa na bunda dela e vi ela sorrir mostrando a língua.

Peguei ela pelo pescoço e encostei ela na parede escutando o início de um suspiro que eu abafei com um beijo.

Isis: vai Cicatriz, mete em mim logo.

Falou manhosa deitando a cabeça no meu ombro e eu só passei a cabeça da minh pica pela entrada da buceta dela.

Isis: me come Cicatriz, por favor.

Desgraçada sabia atiçar.

– tu vai entrar na minha mente e não vai dar bom essa porra.

Enfiei meu pau dentro da buceta dela vendo ela encostar os braços na parede se inclinando.

Cena do caralho essa.

Terra de Ninguém.Onde histórias criam vida. Descubra agora