Cicatriz.
Rocinha, Rio de Janeiro.
Madrugada tava rolando e o baile no máximo como sempre, Poze tinha acabado de descer do palco e colocaram os funkzão que treme até o chão pra tocar.
Fiquei o tempo todo colado na Isis, puxei pra sentar no meu colo e não deixei ela sair mais, o resto dos que tavam na rodinha olhavam pra gente e eu sabia que a prima dela, a Laiza, o Vinícius e talvez até mesmo o Gibi falariam mais uma vez pra ela ficar longe de mim.
Apertei a cintura dela fazendo ela virar a cabeça pra me olhar e o sorriso que ela me deu me endoidou ainda mais.
Desgraçada.
Ela pegou o copo da minha mão tomando o último gole que tinha e em um movimento só jogou o corpo pra frente me fazendo ter visão das costas que tinha uma frase tatuada, desse jeitinho que ela tava tive a mesma vista que eu teria se ela tivesse de 4, gostosa pra caralho.
Depois dela terminar de colocar o whisky e o energético no meu copo eu coloquei a mão no cabelo dela enrolando na minha palma e puxei ela pra mim novamente.
Cheguei perto do ouvido dela falando firme sabendo que ninguém mais ia escutar por causa da música alta.
– fica me provocando que eu acabo com você.
Ela encostou o corpo no meu e colocou a cabeça no meu ombro sussurrando no meu ouvido enquanto dava risada.
Isis: acaba então, quero ver conseguir.
Olhei pro resto do povinho que tava na rodinha ainda, Gibi já tinha vazado com a louca dele a algumas horas atrás, o viado do Vinícius tinha passado mal e foi embora junto com a Laiza que foi cuidar com medo de dar uma overdose e ele tar sozinho, só sobrou as duas minas que eu nem sei quem são mas que tão de papo com um vapor e pelo que da pra perceber tão querendo fazer trisal.
Já fofoquei com a Isis sobre essa cena que a gente tava assistindo dos três mais ela me falou que uma delas disse ter medo de pegar traficante porém dava pra perceber que a garota tava embriagada e bem soltinha.
– bora sumir daqui.
Ela riu pegando o pod e a latinha de Redbull de cima da mesa e eu levantei virando de uma só vez o copo que ela tinha acabado de fazer pra mim.
Peguei na cintura dela puxando ela pra andar na minha frente e na saida do camarote peguei uma arma com um dos muleque, enquanto segurava a cintura dela com uma mão levantei o fuzil pro alto com a outra.
– fica de boa que é só pros muleque se ligar que eu to vazando.
Falei no ouvido dela deixando ela sem entender do que que eu tava falando.
Atrás de mim se escutava o barulho dos muleque que fazem minha contenção descendo junto.
Agarrei mais forte a cintura da loirinha quando começamos a passar pela multidão e quando já estavamos no meio daquele tanto de gente eu atirei pro alto, Isis quase que parou de andar mais eu dei duas apertadas na cintura dela fazendo ela continuar.
Os muleques que tavam espalhados pelos cantos do baile ergueram as arma pro alto e começaram a fazer a barulheira junto com os que tavam na minha contenção atrás de mim, agora que a festa dos menor começa mermo.
Os moradores paravam pra ver a gente passando e eu analisei a postura da Isis percebendo que ela não tava nenhum pouco incomodada com tanta gente olhando pra ela.

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Terra de Ninguém.
FanfictionRocinha, Rio de Janeiro. Quando nós dois fica junto acaba os estresse, os problemas desaparece e você flutua, nós dois ficamos tão leve. Não sei se você sabe mas a gente sabe, nossa vibe combina e tu querendo ou não virei uma cena, desse filme da su...